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É hora de...

Quando saber o momento certo? Quando perceber que o ciclo acabou? Quando tomar uma decisão? A vida é cheia desses instantes únicos, pontuais, simplórios, decisivos. O restante da sua existência depende de atos assim, repentinos, onde o que se passa no instante é o que vale, onde a próxima resposta define grande parte das diretrizes. Saber o que fazer é essencial em um momento como este. Mas a dúvida persiste, instigando, questionando. O que é certo? E o que é o errado? Só se tem a certeza depois de escolher um caminho a seguir.


Estou seguindo meu caminho, a partir de agora com um rumo diferente, ainda sem um norte bem definido. Mas foi a minha escolha. Assumi os riscos e tracei o caminho a seguir. Resta saber se foi a escolha correta. O ano de 2008 promete...

Bom, mas nem tanto!

E Kaká foi eleito o melhor do mundo em 2007...

Até aí nada de novo não é. Mas, um dia depois da eleição, começam a brotar as curiosidades sobre a lista dos melhores eleitos pela FIFA.

A entidade-mor do futebol escolhe para seu prêmio máximo 50 atletas por ano entre os homens. Os nomes desses jogadores ficam disponíveis para o voto dos técnicos das seleções nacionais filiadas a FIFA e os respectivos capitães das equipes. Ou seja, não importa se você é o técnico da seleção brasileira ou o técnico do Malawi, ou se é capitão da Esquadra Azzurra ou da inexpressiva seleção da Suazilândia: os votos têm o mesmo peso.

Cada votante escolhe a ordem de colocação dos atletas (primeiro, segundo e terceiro-lugar) como desejar, sempre dentro dos 50 nomes pré-selecionados. São atribuídos 5 pontos para o primeiro lugar, 3 para o segundo e 1 para quem for colocado no terceiro posto.

Os representantes de cada nação não podem votar em jogadores dos países que são filiados. Felipão, técnico de Portugal, não pode votar em Cristiano Ronaldo por ser o técnico da seleção lusitana, mas teve o direito de escolher Kaká como Melhor do Mundo, apesar de ser compatriota do ex-São-Paulino.

Bom, passadas as regrinhas de votação, também nada de novo. “Texto chato esse, heinhô...”, deve pensar o leitor deste espaço.

Mas o que chama a atenção agora, no pós-premiação, são as peculiaridades ocorridas no processo de escolha. Como afirmado anteriormente, 50 nomes concorriam ao prêmio. Desta meia centena, 22 não foram votados. Portanto, 28 nomes foram lembrados na escolha de melhor jogador do planeta.

Que Kaká, Messi e Cristiano Ronaldo foram os três primeiros já é de conhecimento público. Entretanto, quem foi o 28º? O pior entre os melhores?

O pensamento brasileiro deu certo desta vez. “Que seja um argentino!!!”, clama a nação verde-amarela. E, no fim das contas, foi mesmo. :PPP

Carlitos Tevez. Ele mesmo, destaque do contestado título nacional do Corinthians em 2005, recebeu um mísero voto para terceiro melhor do planeta. Um ponto somente, conquistado graças ao voto do glorioso Kelvin Severino, capitão da seleção da República Dominicana. O jogador do Manchester United começa a ter um maior destaque na Europa, mas já fica com este rótulo após a premiação de ontem.

Carlitos: O pior entre os melhores!

Me corre o seguinte pensamento ao final deste texto: Mais vale receber uma lembrança e ficar marcado como o último da votação ou ser indicado e não ter nenhum voto? Que o drama argentino seja embalado por um dramático tango castelhano...

Segue abaixo a lista dos 28 votados:

1º. Kaká - 179 (1º lugar) + 42 (2º lugar) + 26 (3º lugar) = 1.047 pontos
2º. Messi - 40 (1º lugar) + 86 (2º lugar) + 46 (3º lugar) = 504
3º. Cristiano Ronaldo - 39 (1º lugar) + 58 (2º lugar) + 57 (3º lugar) = 426
4º. Didier Drogba - 20 (1º lugar ) + 25 (2º lugar) + 34 (3º lugar) = 209
5º. Ronaldinho - 7 (1º lugar) + 17 (2º lugar) + 23 (3º lugar) = 109
6º. Steven Gerard - 2 (1º lugar) + 16 (2º lugar) + 10 (3º lugar) = 68
7º. Andrea Pirlo - 2 (1º lugar5) + 11 (2º lugar) + 14 (3º lugar) = 57
8º. Thierry Henry - 3 (1º lugar) + 8 (2º lugar) + 15 (3º lugar) = 54
9º. Fabio Cannavaro - 5 (1º lugar) + 6 (2º lugar) + 4 (3º lugar) = 47
10º. Gianluigi Buffon - 0 (1º lugar) + 7 (2º lugar) + 10 (3º lugar) = 31
11º. Franck Ribery - 1 (1º lugar) + 7 (2º lugar) + 4 (3º lugar) = 30
12º. Samuel Eto'o - 3 (1º lugar) + 3 (2º lugar) + 5 (3º lugar) = 29
13º. Wayne Rooney - 2 (1º lugar) + 1 (2º lugar) + 9 (3º lugar) = 22
14º. Miroslav Klose - 2 (1º lugar) + 2 (2º lugar) + 5 (3º lugar) = 21
15º. Michael Essien - 0 (1º lugar) + 5 (2º lugar) + 5 (3º lugar) = 20
16º. Juan Román Riquelme - 2 (1º lugar) + 1 (2º lugar) + 6 (3º lugar) = 19
17º. Petr Cech - 1 (1º lugar) + 2 (2º lugar) + 7 (3º lugar) = 18
18º. Ruud van Nistelrooy - 1 (1º lugar) + 3 (2º lugar) + 4 (3º lugar) = 18
19º. Frank Lampard - 1 (1º lugar) + 1 (2º lugar) + 3 (3º lugar) = 11
20º. Deco - 0 (1º lugar) + 0 (2º lugar) + 9 (3º lugar) = 9
21º. Juninho - 0 (1º lugar) + 3 (2º lugar) + 0 (3º lugar) = 9
22º. Gennaro Gattuso - 0 (1º lugar) + 1 (2º lugar) + 5 (3º lugar) = 8
23º. John Terry - 0 (1º lugar) + 1 (2º lugar) + 3 (3º lugar) = 6
24º. Patrick Vieira - 0 (1º lugar) + 2 (2º lugar) + 0 (3º lugar) = 6
25º. Rafael Márquez - 0 (1º lugar) + 1 (2º lugar) + 2 (3º lugar) = 5
26º. Fernando Torres - 0 (1º lugar) + 1 (2º lugar) + 1 (3º lugar) = 4
27º. Alessandro Nesta - 0 (1º lugar) + 0 (2º lugar) + 2 (3º lugar) = 2

28º. Carlos Tevez - 0 (1º lugar) + 0 (2º lugar) + 1 (3º lugar) = 1

Frustação ou alegria?

Sentimentos opostos contemplam os amantes do ludopédio no Rio Grande do Sul. Após uma temporada de altos e baixos por parte da dupla Gre-Nal, coube aos vermelhos e azuis dos pampas a tarefa de encaminhar o destino de um dos gigantes clubes do futebol nacional. Na última rodada do certame, Grêmio e Internacional jogavam contra dois clubes que brigavam diretamente pela sobrevivência na elite do futebol brasileiro: Goiás e Corinthians.

O lado vermelho era para estar de sangue doce, como se diz na linguagem popular, pois nada mais lhe importava no campeonato. O lado azul ainda pleiteava uma classificação à Libertadores da América em 2008, mas após uma queda inesperada e grande de rendimento nas rodadas finais, via suas chances muito reduzidas, pois dependia de uma combinação de resultados onde o último colocado, os potiguares do América - que fizeram apenas míseros 17 pontos em todo certame -, deveria conquistar um triunfo sobre o Cruzeiro, nas Minas Gerais.

Porém, nada disso tinha maior importância diante do fato do Corinthians, um grande clube de grande torcida de um grande centro do País, estar tentando escapar da degola. Redes de televisão paga transmitiam os treinos da equipe em Porto Alegre, torcida vindo em peso de São Paulo para acompanhar o jogo, briga por vaga no maior torneio das Américas em segundo plano. O mundo parecia ter parado em torno do time do Parque São Jorge. E o futuro desse assunto de imensa importância dependia dos arqui-rivais gaúchos.

Nunca eles se uniriam de tal forma como nesse final de semana que passou. Torcedores se engajavam pelo mesmo objetivo, tal era o sentimento negativo em torno desse protecionismo, dessa atenção exagerada ao extremo que o clube paulista gerava. E o inevitável, o momento tão esperado por muitos em todo o Brasil, aconteceu.

O Corinthians não foi rebaixado ontem, não foi prejudicado por ninguém de fora, não sofreu com erros de ninguém. O Corinthians sucumbiu a ele próprio, aos erros que sua diretoria cometeu e vem cometendo durante esses últimos dois anos. Verbas mal explicadas, falta de comando, jogadores de baixa qualidade. Tudo isso contribuiu para que acontecesse o que estava desenhado desde o começo da parceria com uma multinacional cuja procedência não era de conhecimento de ninguém.

A dupla Gre-Nal só cometeu o último ato, o crime do final do filme. E os torcedores, por diversos e diferentes motivos, apreciaram a cereja do bolo.

(Sim, eu tenho planos de fazer um blog sobre esportes. Posto aqui quando o projeto for colocado no ar. :D)

Agora sim, sem mais. Bruno Cassali.