Busca

Pesquisa personalizada
Mostrando postagens com marcador Grêmio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Grêmio. Mostrar todas as postagens

Confronto do ano

Um jogo do naipe do que tivemos nesta quarta, em Porto Alegre, certamente só daqui uns 5 anos.

Não só pelos sete gols, pelo pênalti perdido, pelas bolas na trave, pelas defesas do goleiro santista no primeiro tempo. Grêmio e Santos foi grandioso como a história desses dois clubes.

Foi magistral como Renato; foi genial como Pelé; foi preciso como Pepe; foi decisivo como Jardel.

E só fez parte do confronto do ano no país: a semifinal da Copa do Brasil.

Alguns fatores extra-campo contribuiram para isso: o Olímpico lotado, com quase 50 mil pessoas apoiando as equipes; a motivação do convocado Robinho; a gana dos não-selecionados Victor e PH Ganso.

Em campo, foram dois tempos distintos, mas com muita qualidade futebolística.

No primeiro tempo, o que se viu foi um Grêmio abatido e perdido taticamente - com a improvisação de Hugo na ala esquerda e os três zagueiros marcando a distância os rápidos avançados da Vila.

Com esse panorama criado, André foi o primeiro destaque: fez 1-0 após escanteio da esquerda - contando com uma falha anormal do goleiro gremista - e ampliou o placar na sequência, depois de passe milimétrico do #10 de branco.

Aliás, o #10 de branco não era Pelé, mas foi protagonista de um lance na primeira etapa digo de tal alcunha: Ganso recebeu na área e, com Victor saindo a seus pés, tocou levemente a bola por cima do goleiro. A esfera, caprichosamente, beijou o travessão para completar o magistral lance, como de afirmasse que o bonito não é fazer o gol e sim acertar o local mais difícil na meta.

Com 0-2 no placar, Silas buscou consertar seu torto Grêmio em campo com uma realocação de peças: Hugo voltou a ser meia, Mário Fernandes foi jogar na lateral direita e Edílson, improvisado, foi parar do lado esquerdo do campo.

As mudanças surtiram efeito ainda antes do intervalo: William Magrão fez grande jogada pela esquerda e foi derrubado por Durval dentro da área. Porém, na cobrança do pênalti, Jonas bateu mal, no meio do gol, e Felipe defendeu com os pés.

Felipe, jovem goleiro santista que não passa o mesmo encantamento futebolístico que o trio ofensivo Ganso-Neymar-André, era outro dos destauqes do tempo inicial da peleja. Adílson e Borges já haviam parado no paredão da baixada santista antes da defesa do pênalti.

A torcida reclamava no estádio, o time não conseguia impor o ritmo de pressão que costumava fazer no Olímpico e o confronto parecia definido ainda que estivesse terminado somente a primeira parte das quatro que compõem um confronto de mata-mata.

Mas o futebol adoora aprontar das suas. E os deuses que o comandam pareceram trocar a chavezinha que controla quem daria espetáculo em campo para o segundo tempo...

E outro dos personagens da partida entrou em cena: Borges, o matador inapelável.

Quando nada parecia ter mudado, o #9 tricolor aproveitou a falha da zaga santista para descontar. Em seguida, Douglas roubou a bola no meio-campo e, após passar por Jonas, a jogada terminou com o bico da chuteira de Borges empurrando a bola pras redes.

O jogo estava empatado em dois lances fatais para um jogador do Santos: Rodrigo Mancha.

O volante entrara em campo para substituir Marquinhos e dar uma força maior de marcação ao time de São Paulo. Mas com ambas falhas dos gols gremistas indo parar na sua conta, Dorival Júnior foi rápido no gatilho e tirou o centro-médio de campo, proporcionando aos espectadores do jogo pela TV uma cena engraçada, mas também triste e lamentável: Mancha, visivelmente transtornado pelos ocorridos, balbuciava palavrões e chingamentos a si próprio enquanto socava o reservado dos visitantes.

Com o 2-2 no placar, já tínhamos um grandioso espetáculo em campo. Mas se Borges marcou, o outro membro da dupla infalível tricolor não poderia ficar apra trás. E Jonas fez isso em grande estilo: um chutaço da entrada da área, no ângulo de Felipe, para colocar o Grêmio na frente.

O Santos estava atordoado em campo. A torcida enlouquecia nas arquibancadas com a virada improvável. Silas agradecia aos céus o milagre em campo. Mas a dupla mais infernal do Brasil sacudiu as estruturas do Olímpico novamente. Jonas lançou Borges em condição legal. E o camisa #9 enquadrou o corpo antes de colocar no canto esquerdo de Felipe.

O 4-2 no placar era enganoso e cruel. Enganoso porque se falássemos em 5-5 não estaríamos diante de uma falácia. Cruel pois a bola jogada pelo Santos na primeira etapa não merecia dois gols de diferença contra si no placar.

E a justiça divida resolveu colocar mais emoção ainda para os 90 minutos finais dessa disputa com outra oubra prima de Paulo Henrique Ganso. O jovem paraense dominou em frente a área, sem espaços, e lançou com primor a bola no peito de Robinho, para este estufar as redes defendidas por Victor.

Sabe aquele jogo que todo mundo estava lá vendo, que todos guardam com carinho na memória? O Grêmio 4 x 3 Santos de ontem já entrou nesse roll de partidas memoráveis do futebol.

E olha que ainda faltam outros 90 minutos...

-x- Bruno Cassali

Gre-Nal 380

Em jogo com cara de clássico Gaúcho - campo molhado, jogo pegado e alguns bate-bocas -, o Grêmio saiu-se vitorioso do primeiro jogo da final do Gauchão 2010, praticamente conquistando o caneco com o 2-0 de hoje, em pleno Beira-Rio.

Silas, sem nenhum lateral esquerdo disponível, optou pelo jovem zagueiro canhoto Neuton no setor. A mesma aposta fez Jorge Fossati, improvisando Juan na posição do lado vermelho.

No restante dos onzes iniciais, nada de muito diferente do que anunciava: Hugo substituiria Douglas, suspenso, e o Inter vinha completo, mesmo que o maior enfoque seja na Taça Libertadores da América.

No jogo, o primeiro tempo começou equilibrado até Borges perder um gol cara a cara com Abbondanzieri. O lance parece ter acordado o colorado, que dominou a metade final do 1º tempo. Wálter obrigou Victor a fazer grande defesa. Na sequência, o goleiro da seleção brasileira falhou na saída do gol e Edílson salvou o Tricolor em cima da linha fatal.

Na segunda etapa, Ferdinando deu lugar a Adílson, renovando o fôlego da marcação gremista e o lado azul tomou conta do jogo. D'Alessandro voltou a esconder-se na ponta direita, esquecendo de armar os vermelhos, enquanto Borges e Jonas tripudiavam em cima de um apático Juan.

Em escanteio da direita, Sorondo não alcançou a bola, Rodrigo ganhou de Sandro na velocidade e cabeceou pro gol: Grêmio 1-0.

A vantagem gremista obrigou Fossati a abrir o time colorado, tirando Sandro para a entrada de Edu. Com isso, um paciente Grêmio manteve a posse da bola e, no final, matou o confronto: falta da direita e o matador Borges cabeceou livre no segundo poste para ampliar: Grêmio 2-0.

O confronto - em consequência, o título - está definido. A vantagem construída pelo time de Silas é muito grande e permite ao Grêmio jogar como mais gosta historicamente: com o regulamento debaixo do braço.

Agora, mudança de foco para a dupla: no meio de semana, o desafio vale muito mais que a conquista regional.

-x- Bruno Cassali

Grenal de Erechim, versão 2010

Assim como a nomenclatura dos turnos do Gauchão (Taças Fernando Carvalho e Fábio Koff), repetiu-se em 2010 o mando do único clássico Gre-Nal garantido por tabela no campeonato estadual. Erechim tem como palco o Colosso da Lagoa, estádio com bom aspecto geral e grande o suficiente para abrigar um evento dessa magnitude.

Fossati, no segundo jogo oficial de seus principais comandados, manteve o esquema de três zagueiros, mas colocou o veloz Taison na frente em detrimento a Andrezinho, já que D'Alessandro está fora pelo menos por um mês.

Silas, com elenco menor em quantidade e qualidade técnica que o rival, escalou o que tinha de melhor e contou até com uma boa partida de sua equipe, mas foi extremamente infeliz nas substituições e, de lambuja, ganhou um problema gigantesco para a sequência da temporada: Souza saiu de campo com um problema no joelho que deve afastá-lo do time tricolor por algum tempo.

Victor, goleiro da seleção brasileira, mais uma vez foi o nome gremista no clássico: fez grandes defesas no primeiro tempo após duas cabeçadas coloradas e uma chegada na pequena área de Alecsandro.

Pelo lado vermelho, Giuliano provou ser imprescindível ao time alvi-rubro, sendo o responsável pelo primeiro combate na meia-cancha além de armar grande parte dos ataques colorados.

No segundo tempo, na hora onde todos pensam que nada mais vai acontecer, já que o 0-0 perdurava por mais de 75 minutos, brilhou a estrela de Fossati e seu banco de reservas mais qualificado. Andrezinho, que adentrara no gramado em lugar do exausto Giuliano, fez lançamento longo para Edu, substituto de Taison, que literalmente tomou uma bola nas costas, desviando a pelota da zaga gremista e deixando-a na feição para o balaço de primeira do centroavante Alecsandro: Inter 1-0.

A perspectiva de melhora colorada deixa a impressão de que, dia 23, na estreia da Libertadores 2010, a engrenagem vai estar bem azeitada para a principal competição do ano pós-centenário.

O Grêmio fez boas contratações, manteve destaques de 2009 e apostou no comando. Se as melancias tiverem tempo para se ajeitarem no caminhão, o caminho promete ser vitorioso. Mas a continuidade do trabalho tem que ser preservada, afinal o mundo não é só Gre-nal, apesar de às vezes parecer...

-x-
Bruno Cassali

Douglas vs. Douglas

Um é Douglas dos Santos, 30 anos a serem completos em 18 de fevereiro, camisa 10 clássico, formado nas categorias de base do Criciúma, onde chegou aos profissionais em 2002. Após passagens rizespor, da Turquia, São Caetao e Corinthians, acaba de trocar o Al Wasl, dos emirados Árabes Unidos, pelo Grêmio.

O outro é Douglas Costa de Souza, 19 anos, garoto sensação das categorias de base do futebol brasileiro, formado nos campos de areia do bairro Cristal em Porto Alegre. trocou o Grêmio, onde se profissionalizou em 2008, pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia no início dessa temporada.

Dois são os fatores comuns dessa comparação: os dois Douglas tem nomes bem brasileiros, mas trajetórias de carreira bem distintas. E encontram o Grêmio em situações completamente diferentes.

O garoto formado em casa foi vendido pelo clube para saldar dívidas oriundas de outras administrações. Foi embora também por não ter correspondido a expectativa de tornar-se a estrela da companhia gremista em 2009. Douglas Costa tem muito potencial, mas mostrou muito pouco futebol nos profissionais.

O meia mais velho passou quatro longos anos no Criciúma, antes de arriscar-se pela primeira vez no futebol do exterior. Após breve passagem pela Turquia, Douglas foi destaque no São Caetano vice-campeão do Paulistão em 2007. No Corinthians, foi astro da companhia na campanha vitoriosa da Série B 2008 e da Copa do Brasil 2009. Chega ao Grêmio depois de ficar milionário por seis meses, em uma breve passagem pelo futebol dos Emirados Árabes.

Na comparação de jogo, bola por bola, o mais velho leva a vantagem momentânea de ser um nome consolidado no mundo do futebol. Me parece claro, porém, que DC tem muito mais potencial de crescimento, não só pela sua juventude, mas também pela maior qualidade técnica, mesmo que ela ainda esteja um tanto quanto obscura no futebol profissional.

O Grêmio, que gastou quase metade do valor arrecadado com a promessa no meia armador de qualidade, saiu ganhando também por conseguir repor uma peça de seu grupo gastando menos do que arrecadou.

Penso que essa situação seja um exemplo bacana de transação onde todas as partes sairam ganhando alguma coisa. Inclusive o futebol...

Gre-Nal 377

Quarto clássico no ano do centenário.

No quesito jogar bem, em 2009 tá 3x1 pro Grêmio.

No placar real: 3 vitórias vermelhas e apenas um triunfo azul.

Todos os jogos terminaram em 2-1.

Domingo, o injusto mundo do futebol fez justiça pela segunda vez no ano em clássicos Gre-Nal.

O Inter, time com medo do adversário, seja ele o Manchester United, o Grêmio ou o time do Campo da Tuca, manteve sua postura medrosa durante os 90 minutos.

Após seis meses de análise, percebe-se claramente que Tite prende o lateral Kléber com uma corda de elástico amarrada na banderinha de corner. Porém, a elasticidade dela só permite que o antigo lateral de ótima qualidade no apoio torne-se um marcador comum.

Nilmar, isolado na frente como nunca, já que Taison resolveu voltar ao normal - futebol burro e incompetente -, ainda deixou o colorado em vantagem, após ganhar de Souza e chutar na saída de Victor.

Mas o mesmo Souza, destaque ofensivo do tricolor - como sempre -, bateu falta com precisão e empatou ainda na etapa inicial. E ele também cobrou o escanteio do segundo gol, marcado por Maxi López após cabeceio de Réver.

Fábio Santos, destaque tricolor nas últimas partidas, foi discreto, fazendo o Grêmio atacar mais pelo lado do improvisado Mário Fernandes, zagueiro que jogou na lateral direita mas mostrou exelente técnica.

Maxi está cada dia mais adaptadoao estilo de jogo do futebol brasileiro. Não foi à toa que ele jogou no Barcelona, um dos maiores clubes do mundo. Será certamente destaque do certame ao final do ano.

Autuori ganha cada vez mais a confiança do grupo, principalmente após a mudança de esquema, onde todos do meio para a frente sabem jogar e se posicionar de forma a não deixar o time deveras defensivo.

Já Tite vive seu pior momento na barca colorada. Perdeu duas decisões em sequência, não demonstra bom futebol há mais de 2 meses e ainda convive com a iminente saída de sua estrela mor: Nilmar.

Mas, pelo menos nesse Gre-Nal, nada mudou drasticamente. Bom para uns, nem tanto para os outros...

-x- Bruno

Igualdade e Oportunismo

Não postei quarta. Quase fiz o mesmo hoje. Não por falta de assunto, já que ainda não comentei nem a final da Copa das Confederações, onde o Brasil fez valer o peso da sua camisa diante da aplicada seleção norte-americana.

Mas a semelhança de alguns fatos ocorridos nesses últimos dois dias de jogos à noite foi tão absurda que me obriguei a vir escrever. Em tópicos, abaixo:

- Os adversários da dupla, Corinthians e Cruzeiro, tinham vantagem de dois gols obtidas no primeiro jogo, quando atuavam diante de suas torcidas.

- A dupla Gre-Nal tomou dois gols, no jogo de volta, ainda no primeiro tempo, em um intervalo inferior a 10 minutos.

- Os gols dos adversários foram parecidos também: um de cabeça, em falha das zagas, principalmente dos zagueiros pela direita (Léo e Índio), que não estavam no seu lugar e deixaram livres os avançados (Wellington Paulista e Jorge Henrique); e o outro completando uma excelente jogada, uma de Douglas+Ronaldo e outra de Kléber Gladiador.

- A Dupla Gre-Nal foi pro intervalo precisando de 5 gols na etapa final para alcançar o objetivo da noite.

- A torcida, mesmo com o resultado negativo, não deixou de apoiar seu time do coração, cantarolando seus cânticos de apoio até o final da partida.

- No segundo tempo, os times do Rio Grande empataram o jogo com gols aos 29 minutos.

- A Dupla foi prejudicada por expulsões infantis, que ocorreram muito em função da falta de preparo psicológico de quem foi excluído.

- E para ambos ficou a sensação que o confronto foi perdido no jogo de ida, quando muitos gols foram desperdiçados e a chance de um melhor resultado foi pro lixo pela incompetência ofensiva.

No mais, futebol só no domingo a partir de agora. A igualdade foi negativa e proporcionou esse momento de oportunismo para quem aqui escreve.

Curiosidade é assim, não espera que tu tenha vontade de contar para aparecer...

-x- Bruno

3 em 1

Não vi nenhum por completo, então farei um 3 em 1 clássico, como os velhos aparelhos que tocavam LP's:

FOTO: quebarato.com

- Na quarta, o Grêmio escapou do pior na TLA: tomou 3-1 do Cruzeiro no Mineirão, mas ainda volta vivo de Minas Gerais.

- Wellington Paulista, Wágner e Fabinho fizeram 3-0 pra raposa, mas Souza, em cobrança de falta descontou.

- O Grêmio perdeu 3 gols imperdíveis, dois cara-a-cara com Fábio, no primeiro tempo. Em TLA, essa perda pode ser mortal.

- Quinta que vem, o tricolor precisa do 2-0 pra avançar à final. Se tomar gol, tem que ganhar por 3 de diferença.

- A tarefa é árdua, mas mais fácil do que as duas reverções que o arqui-rival tem que realizar.

- Na quinta, o Inter jogou no lixo a recopa, ao tratá-la como treino de luxo para o jogo contra o Corinthians pela Copa do Brasil.

- Jogando no único esquema que não deu certo com Tite (o 4-2-2-2 com Guiñazú na volância), o Inter teve a posse da bola, mas não conseguiu transformar isso em gols marcados.

- O gol de Bieler, aos 11 do segundo tempo, deixou a LDU com os pés nas costas pra conquistar o título, já que agora joga com a vantagem do empate na altitude de Quito.

- Mais uma missão impossível para o time de Tite, que afundou-se de vez no mês de junho (6 jogos, 4 derrotas e dois empates).

- Único ponto positivo desse jogo: Danny parece ter sido efetivado como titular no lugar de Álvaro.

- Mais um problema: Sandro saiu tropicando de campo, puxando a perna direita em função de um estiramento muscular. Não deve jogar na próxima quarta contra o Corinthians.

- E para terminar, em Johannesburg, Daniel Alves foi testado na lateral esquerda por 10 minutos. E fez o gol da vitória brasileira por 1-0 contra os Bafana-Bafana.

- O Brasil jogou mal, não soube passar pela marcação do time de Joel Santana, mas achou um gol no final e jogará domingo contra os EUA.

- PS.: Michael Jackson morreu. Sim, eu sei. Mas não tenho opinião formada sobre o músico, já que pouco o escutei, e não tenho a menor simpatia pela pessoa, por tudo o que já aprontou. Então, nada mais do que 4 frases pra ele.

-x- Bruno

Decisões de quarta e quinta

Hoje tem início a disputa pela vaga brasileira na final da Taça Libertadores da América. O Brasil, que desde 2005 tem pelo menos um time entre os finalistas, colocará Grêmio ou Cruzeiro em condições de ganhar o caneco, ambos pela terceira vez.

Em uma única edição de TLA esses times se enfrentaram: em 1997, foram 4 duelos. Os dois primeiros foram na primeira fase, com vitórias dos visitantes (Grêmio 2-1 no Mineirão e Cruzeiro 1-0 no Olímpico).

Nas quartas-de-final, o enfrentamento voltou a acontecer. No Mineirão, o Cruzeiro fez 2-0 (inclusive com gol de Alex Mineiro, hoje no Grêmio). No Olímpico, o Grêmio precisava reverter a vantagem, mas conseguiu apenas o 2-1 a seu favor, sendo eliminado no saldo de gols.

Hoje, duas curiosidades envolvem o enfrentamento desses clubes em relação ao mesmo confronto de 1997. O técnico cruzeirense há 12 anos era Paulo Autuori, hoje comandante gremista. O técnico do atual Cruzeiro é Adílson Baptista, zagueiro e capitão gremista na última conquista do tricolor gaúcho na TLA, em 1995, e que saiu do clube gaúcho na temporada de 97, antes dos enfrentamentos diante da Raposa.

O importante pro Cruzeiro nesse primeiro jogo é ganhar sem tomar gol. O Grêmio tem como objetivo não perder e, se possível, balançar as redes de Fábio. Aposto friamente num empate, mas pressinto uma vitória magra do time da casa.
___________________________________

Na quinta, o Inter começa a decidir a Recopa Sul-Americana contra a LDU, do Equador.

O Inter ainda não está tão forte como pode ser: Kléber e Nilmar estão na África do Sul, Magrão está lesionado e Taison ainda é dúvida.

A LDU perdeu os principais jogadores da conquista da Libertadores 2008 (Bolaños e Guerrón) e não lembra nem de longe o time de 2006, base da seleção equatoriana que fora a Copa do Mundo. Mas ainda assim é um time que inspira cuidados e que tem um grandioso aliado: a altitude de Quito no jogo de volta.

O importante para o colorado é fazer um bom resultado para garantir-se no 2º jogo. Uma vitória com dois gols de diferença seria perfeito. Mas a fase não inspira os torcedores a pensar desse jeito.

A LDU sairá deveras satisfeita caso não perca o jogo de quinta, pois assim leva a decisão totalmente em aberto para sua casa.

O palpite é uma vitória magrinha do Inter, mas tomando gol do adversário. Não seria o resultado ideal, mas pelo menos levantaria o ânimo de um time que não vence há 5 jogos.

-x- Bruno

Grêmio 2x2 Goiás

Dois gols infantis e o Grêmio viu-se perdendo em dois momentos o jogo diante do Goiás.

Primeiro, assim como aconteceu com o Inter contra o Corinthians, ninguém marcou a bola na cobrança de falta. Na cobrança rápida, Júlio César cruzou e Felipe desciou pro gol: 1-0.

Depois de Tcheco empatar, de pênalti, mais uma falha da defesa tricolor. Réver dormiu no ponto, perdeu a bola para Felipe, que lançou para seu xará Menezes só cutucar pro gol na saída de Marcelo Grohe.

O Grêmio peleou até o final e Maxi López, aos trancos e barrancos, empatou o jogo de cabeça aos 47 do segundo tempo.

Em casa, foram mais dois pontos perdidos pelo tricolor, apesar de ter poupado alguns dos grandes destaques na temporada, como Souza. O Grêmio, porém, está focado na Libertadores, onde é semifinalista.

Já o Goiás não emplaca no campeonato e mantêm-se no meio da tabela. É um bom time, que une bons jovens valores, como Rafael Tolói, com atletas rodados e experientes, como Iarley e Felipe. Vai entender...

-x- Bruno

Grêmio 0x0 Caracas

Foi um sufoco? Foi.

O Caracas não deveria fazer tanta frente ao Grêmio? Não.

O Grêmio foi mal nos dois jogos e não soube se impor? Sim.

Mas o que importa não é passar de fase? Sim.

Então tá tudo certo...

PS.1: Não vi o jogo, portanto só posso dizer seriamente que vi, pelos MM's, o Grêmio perder alguns gols e o Caracas perder a chance de fazer o crime aos 40 do segundo tempo. O resto já é história.

PS.2: Hoje sai o adversário nas semifinais. Às 22h, jogam, no Morumbi, Cruzeiro e São Paulo. No primeiro jogo, 2-1 para os mineiros. Melhor adversário pro Grêmio: o que vier é pedreira, mas a má fase do São Paulo pode ser mais vantajosa para o tricolor.

-x- Bruno

À mão armada

É, Wilson Luiz Seneme...

Não foi nada boa a atuação - decisiva - do árbitro no jogo de ontem entre Grêmio e Atlético Mineiro.

O Grêmio soube controlar bem o Galo, mas sofreu dois duros golpes da arbitragem, em lances muito parecidos na teoria.

O Atlético até começou melhor, com Diego Tardelli acertando o travessão de Victor no único lande de perigo do primeiro tempo.

Na segunda etapa, antes dos gols, Júnior ainda errou o gol dentro da pequena área. Jonas, Maxi López e Tcheco também tiveram chances, mas não as concretizaram.

Então, aos 31 da etapa final, Carlos Alberto chruzou da direita, Tardelli não alcançou mas Thiago Feltri dominou na segunda trave e empurrou pro gol: Galo 1-0.

Logo em seguida, Herrera perdeu chance dentro da pequena área. Mas um minuto depois, Tcheco bateu falta e o argentino "Quase Gol" empatou de cabeça.

Até aí, a reclamação gremista era sobre um lance do início do 2º tempo, onde Maxi disputou a bola com Wélton Felipe dentro da área e a bola bateu na mão do defensor. Seneme, o juiz, ignorou os pedidos de pênalti.

Eis que, nos acréscimos, após um centro da direita, a bola resvala entre o braço esquerdo e o tórax de Joílson. Seneme, após hesitar, assinala pênalti e é cercado por todo time do Grêmio.

Tardelli, que nada tem com isso, recolocou o Galo na frente e fechou o placar em 2-1 para os mandantes.

GRÊMIO - Victor; Léo, Réver e Rafael Marques; Ruy (Joílson), Adílson, Tcheco, Souza e Fábio Santos (Jadílson); Maxi López e Jonas (Herrera). Téc.: Marcelo Rospide

ATLÉTICO/MG - Juninho; Carlos Alberto, Leandro Almeida, Wélton Felipe e Thiago Feltri (Júlio César); Renan, Jonílson (Marcos Rocha), Márcio Araújo e Júnior; Éder Luiz (Alessandro) e Diego Tardelli. Téc.: Celso Roth.

No reencontro de Roth e o Grêmio, o técnico barrou seu ex-time e saiu vitorioso. Nada preocupante pro Grêmio, mas quem quer lutar por título brasileiro não pode somar 1 ponto em 6 disputados.

Rospide, até então invicto, perdeu sua invencibilidade. Autuori chega semana que vem pronto para assumir o comando do barco e, quem sabe, levar o tricolor ao tri da América. Igual como fez quando foi campeão em duas oportunidades, ele pega o time em meio à competição (Leão começou o trabalho do São Paulo campeão em 2005 e Oscar iniciou a TLA de 1997 pelo Cruzeiro, ambos trabalhos terminados por Autuori com o título).

A torcida torce para o caso se repetir...

Grêmio 3x0 Boyacá Chicó

Souza, duas vezes, e Léo, fizeram os gols do melhor time das Américas.

Sim. Ou não. Depende muito da ótica. Mas não deixa de ser.

O Grêmio, de Roth e de Rospide, venceu 5 em 6 jogos. No único que empatou, perdeu algo em torno de 4569579052 milhões de gols, na estreia diante dos chilenos do Universidad.

Ontem, foram dois os Grêmio's do jogo.

No primeiro tempo, uma superioridade absurda, amplo domínio territorial, tático, técnico, físico e psicológico.

O Boyacá, com a pressão de ser o único time colombiano ainda com chances de passar à segunda fase da TLA 09', não sabia como postar-se em campo. "Defendemos a meta com os 11 ou partimos para o ataque com tudo?". Na dúvida, os comandados de Alberto Gamero nada fizeram.

Souza, aos 12, abriu o marcador em um lance de sorte. O meia recebeu de Adílson na esquerda, avançou até a quina da grande área e, de três dedos, mandou para o gol, encobrindo o goleiro Velásquez. Pra mim, foi sem querer. A intenção de cruzar para Jonas, que fechava pelo centro d'área é clara na minha ótica. Mas o próprio Souza admitiu que viu o goleiro adiantado e arriscou fazer o que acabou fazendo.

Quatro minutos depois, o mesmo Souza recebeu um belo lançamento de cobertura de Jonas e emendou de primeira, ampliando o placar. Aos 30, falta da direita, Réver escorou para o meio e Léo empurrou para o gol: 3-0.

Na segunda etapa, o Grêmio do primeiro tempo ficou no vestiário, poupando-se claramente para as oitavas-de-final.

Antes dos 10 minutos, o Boyacá teve um pênalti a seu favor. Na cobrança, Caneo converteu facilmente, mas o juiz uruguaio Jorge Larrionda, um dos melhores árbitros da América do Sul, mandou repetir a cobrança devido a invasão da grande área por diversos jogadores. Corretíssimo. Na segunda cobrança, Caneo manteve o canto e Victor, mudando de lado, defendeu, adiantando-se na hora da batida. Larrionda mandou seguir e o Boyacá teve que contentar-se com o escanteio. Erradíssimo.

É clara a falta de critério para anulação ou não de cobranças de pênalti. Ou se anula todos os lances e espera o goleiro realmente não se adiantar e ninguém invadir a área para validar o lance, ou se regulariza algum benefício em prol de quem fez o pênalti, como uma sub-linha, 50cm ou 1m da linha do gol, onde o goleiro teria livre ação durante a cobrança dos tiros livres da marca penal.

CLASSIFICAÇÃO: O Grêmio, no grupo mais fácil da TLA 09', garantiu o primeiro lugar com 16 pontos. E ainda tornou-se a melhor campanha na fase de grupos, o que garante ao tricolor a vantagem de decidir todos os confrontos de mata-mata no estádio Olímpico.

NÚMEROS: O que fica mesmo de comprovação da qualidade desse time são so números. Além da melhor campanha, o Grêmio tem, até agora, o melhor ataque e a melhor defesa da competição (respectivamente, 11 e 01 gols).

O OUTRO: Até os 35 da etapa final, o outro clube a passar de fase neste grupo 7 era o próprio Boyacá Chicó. Mas o Universidad de Chile, jogando na Bolívia, fez ao final do segundo tempo o gol de sua classificação diante do pior time da edição 2009 da Libertadores: o Aurora. Os chilenos terminaram com 10 pontos, contra 9 dos colombianos.

PRÓXIMO ADVERSÁRIO: O Grêmio deve pegar o Defensor, do Uruguai - que fora adversário também em 2007, última participação do tricolor na Libertadores, só que nas quartas de final (0-2 no Uruguai e 2-0 no Brasil, com vitória nos pênaltis). Existe ainda a possibilidade de jogar diante do San Luís, do México, que garantiu vaga ontem ao ganhar do Libertad, no Paraguai, fazendo o gol salvador aos 45 do segundo tempo. Só quinta teremos a definição.

E fica a pergunta, feita já em outras oportunidades: O Grêmio vai sair campeão?

-x- Bruno.

Ricardo

"Quem é Ricardo?", pensa o aflito gremista.

Resposta: Ricardo é o novo reforço para o ataque tricolor, que assinou ontem um contrato de três anos com o time de melhor campanha na TLA.

Ricardo fez 5 gols em 6 jogos pelo Londrina no campeonato paranaense de 2009, antes de lesionar-se na coxa direita.

Tinha propostas de Paraná, Coritiba e Grêmio Barueri. Preferiu o Grêmio.

Um de seus cinco gols é um golaço contra o Paraná, jogando fora de casa, no Durival de Brito, onde ele driblou quatro adversários e tocou com categoria por cima do goleiro.

Chega para ser opção caso Maxi, Herrera, Jonas e Alex Mineiro não tenham condições. Mas quem sabe não torna-se no futuro uma baita contratação.

OPINIÃO: Sinceramente, nunca vi jogar. Mas o gol contra o Paraná rodou o Brasil e foi muito bem elaborado. Classifico a contratação como uma boa aposta.

-x- Bruno.

Grêmio 3x0 Aurora + Inter 2x1 Guarani

Se os adversários da dupla Gre-Nal se enfrentassem em um hipotético Guaurora (!?), seria certamente o pior 0x0 do ano.
_____________

Maxi López finalmente "estreiou" no Grêmio e o tricolor bateu os fracos bolivianos com muito mais facilidade com que jogava pelo gauchão.

Os gols de Rafael Marques, Maxi López e Réver sairam naturalmente. O destaque positivo do jogo foi a dupla gringa no ataque tricolor.

Herrera e Maxi, contratados a peso de ouro, jogaram juntos, desde o início da partida, pela primeira vez. E, como era de se esperar, mostraram muita vontade e até uma dose de entrosamento.

Herrera jogando mais pelas pontas, abrindo muito espaço para investidas laterais, principalmente de Fábio Santos. Maxi ficou mais como centroavante aipim, fincado entre os zagueiros, mas mostrou uma combatitividade na marcação da saída de bola incomum.

Com o triunfo, o Grêmio tem 10 pontos e faltam apenas 2 jogos para acabar a 1ª fase. Pode ainda inclusive ser o melhor clube da fase inicial da TLA.

Nada mais óbivio que o melhor time do grupo mais fraco da edição 2009 seja o clube de melhor campanha...
_____________

O Inter quis complicar sua vida. E acabou conseguindo.

Sem vontade de matar o confronto no 1º jogo, o colorado jogou de forma sonolenta durante os 90 minutos, mas mesmo assim mal foi incomodado pelo fraquíssimo Guarani.

Taison, em dois brilharecos, fez os gols vermelhos. E o Inter classificava-se antecipadamente até os 44 do 2º tempo.

Mas eis que Álvaro, beque de futebol incontestável em 2008, mantém sua média de falhas graves na temporada 09' e não corta o centro da direita e Romário - nome de craque, altura de craque, feição de craque, mas futebol que é bom, quase nada - desvia para o gol.

O Inter não deve ter dificuldades ainda na Copa do Brasil. Nem na próxima fase, contra Náutico ou Criciúma. Mas que joga muito mal fora do Rio Grande, ah joga...

Terminou o calvário

Sinceramente: Celso Roth é a primeira pessoa da lista de quem eu realmente nunca gostaria de ser quando crescer.

Vejamos:

Quando apareceu pela primeira vez com grande destaque, comandava o Inter em 97, melhor campanha no Campeonato Brasileiro feita pelo Inter desde 1988.

Não era um time maravilhoso como o campeão Vasco: líder absoluto da primeira fase - mas com apenas 3 pontos de vantagem para o Inter de Roth -, que serviu de base para o time que viria a ser campeão da Libertadores no ano seguinte e contava com Edmundo em sua melhor temporada no futebol profissional.

Não era um grande time como o vice Palmeiras: que tinha ainda a base do time que fizera um Paulistão memorável um ano antes, marando mais de 100 gols em todo o torneio.

Então, nada mais justo que o Colorado, onde Fabiano e Christian se entendiam por música, fosse o terceiro colocado ao final. Afinal, era um time que tinha Ânderson, primeiro volante que faltava apenas torpeçar na bola para ser chamado de brucutu, Sandoval, um meia nanico que havia rodado por inúmeros cluber e não tinha dado certo em nenhum, Arílson, problemático meia criado no rival Grêmio, e Enciso, paraguaio que jogava ora de volande, ora de meia e ora de lateral direito.

Mas Roth era vaiado, crucificado a cada jogo. Durou mais alguns meses em 98, mas logo foi demitido.

Em 2000, apareceu no Palmeiras. Levou o time, atual campeão da Libertadores à época, novamente para a final.

Porém, pegou o melhor Boca Juniors dos tempos modernos, com Palermo e Schelotto em grande forma, contando com a segurança do colombiano Córdoba no gol.

Perdeu e foi demitido. Mesmo tendo tirando o sonho da conquista da América do maior rival, ao eliminar o Corinthians de Marcelinho Carioca nas semifinais.

Eis que, depois de uma razoável passagem pelo Vasco, Roth desembarca no Olímpico após a inexplicável demissão de Vágner Mancini.

Ele, Roth, nada tinha a ver com isso e tocou seu trabalho. Fazia grande campanha na temporada, com apensa uma derrota, e jogaria a segunda partida das quartas-de-final do Gauchão 08' em casa, contra o Juventude - freguês de carteirinha do tricolor -, após ter ganho o primeiro jogo, em Caxias, por 2-1.

Começou ali o primeiro calvário no Grêmio, talvez o pior mês para Roth.

Eis que surpreendentemente o Juventude reverte o placar do primeiro jogo e elimina o Grêmio do Campeonato Estadual.

Mas o foco do primeiro semestre era a Copa do Brasil. E as forças precisavam ser focadas somente no confronto diante do desconhecido Atlético Goianiense, que havia imposto ao Tricolor a única derrota da temporada antes do fatídico enfrentamento contra o Juventude.

No jogo, o Grêmio fez o mesmo 2-1 que tomara em Goiânia, levando a decisão para os pênaltis. Nas cobranças de tiros livres da marca penal, deu Dragão, após o erro de Perea.

E o Grêmio ficara fora das duas competições do primeiro semestre em um intervalo de 3 dias.

Celso Roth foi imensamente criticado, mas a direção o mantinha no cargo. Ele, quieto, fez todo o planejamento de inter-temporada nos quase 30 dias sem jogos oficiais que teve antes da estréia no Brasileirão, diante do São Paulo, fora de casa.

A imprensa afirmava: o técnico cai se não vencer o atual bicampeão nacional no Morumbi. A frase beira o absurdo, já que o São Paulo de Muricy tinha melhor time, melhor elenco e vinha num melhor momento que o Grêmio: não podiam cobrar do Tricolor gaúcho uma vitória.

Eis que o time de Roth venceu (0-1, Pereira), dando sobrevida ao trabalho.

E ele fopi vencendo. E foi ficando. E foi ganhando mais. Chegou na liderança do Campeonato Brasileiro. "É momento! É sorte!", bradavam inclusive os gremistas, incrédulos. Como alguém tão odiado poderia deixar seu time na liderança do Brasileirão.

E ele ainda abriu vantagem no início do returno. Como cantava a torcida: O Grêmio vai sair campeão!

Mas eis que com um returno incrível, o São Paulo venceu 12, empatou 6 e perdeu apenas um jogo dos 19 disputados no returno e passou o Grêmio de Roth.

E ele foi criticado de novo. A torcida voltava a detestá-lo. "11 pontos de vantagem e não ganha?"

Mas ele ficou. De novo. Contra tudo e todos. De novo.

Em 2009, todos clamavam em alto e bom som: "O objetivo do Grêmio é a Taça Libertadores".

E na Libertadores o Grêmio massacrou o Universidad de Chile. Mas empatou em 0x0.

E na Libertadores o Grêmio massacrou o Boyacá Chicó. Mas venceu apenas por 1x0.

E na Libertadores o Grêmio massacrou o Aurora. Mas venceu apenas por 2x1, graças a um frangaço do goleiro aos 42 do segundo tempo.

Na matemática, eram 7 em 9 pontos. Perfeito, não?

Definitivamente, não. E tudo porque havia nesse meio do caminho o Gauchão. No caso, o clássico Gre-Nal.

E foram 3 em dois meses. E foram 3 derrotas. As três por 2-1.

Na primeira, o Grêmio de Roth dominou o jogo, teve mais chances, mas tomou o gol derradeiro num contra-ataque aos 37 do segundo tempo.

Na segunda, o jogo foi amplamente dominado pelo Internacional. Mesmo assim, o empate permaneceu durante toda a primeira etapa e até os 32 do segundo tempo, quando Magrão fez o gol da vitória colorada.

Na terceira, o jogo foi parelho, mas o Grêmio de Roth perdeu 3 chances incríveis e teve um pênalti não marcado pela arbitragem. Perdeu por 2-1 com um gol aos 36 do segundo tempo.

Por merecimento, Roth deveria ter ganho dois dos três clássicos. Mas o futebol não é justo.

E Roth foi criticado. Foi insultado. Foi inclusive saudado pelos rivais, que clamavam por sua permanência. E ele caiu. De novo.

Tem gente que merece melhor sorte. Celso Roth é uma dessas pessoas...

Inter 2x1 Grêmio

Andrezinho (PEN) e Índio / Tcheco (PEN)
_________________________

Não, amigos, não é replay dos outros dois clássicos de 2009.

Mas poderia ser...

Novamente o Grêmio teve mais chances de gol, com duas bolas na trave de Lauro no segundo tempo, além de um senhor pênalti, sofrido por Léo, logo no início da primera etapa e uma chance de Fábio Santos no último lance do jogo.

O Inter teve, além dos gols, uma chance clara com Nilmar, onde o goleiro Victor fez seu milagre habitual de cada rodada, apesar do chute ter saído mascado do pé direito do #9 colorado.

Leonardo gaciba, o árbitro, ao contrário do que pensava durante o chato torcedor que acompanhou o clássico duas meses ao meu lado em um bar na Cidade Baixa, Porto Alegre, foi muito bem.

Marcou o pênalti discutível em Tcheco. Não marcou o de Léo. Mas duvido que algum árbitro tivesse marcado os dois pênaltis na mesma partida. Acertou também no pênalti de Thiego em Nilmar - muito mal cobrado, mas convertido por Andrezinho -, e nas expulsões de Taison e Rafael Marques.

A diferença do Gre-Nal foi um toque de gênio.

Tite fez uso quando podia do principal ícone de qualidade de seu elenco: D'Alessandro, que ficara no banco por estar em fase final de recuperação de uma lesão.

E o gringo, em meio a um entrevero típico de Gauchão, achou um lançamento de cavadinha para o na hora centroavante Índio. 2-1 Inter, placar final.

As bolas na trave de Jonas e Souza, e o gol sem goleiro perdido por Fábio Santos não foram culpa de Celso Roth.

Mas a entrada de D'Alessandro para a saída de um emburrado Andrezinho foi mérito total de Tite.

O Inte enfrenta a Ulbra na Semifinal e pode, ironicamente, levar Fábio Koff para sua sala de troféus.

O primeiro jogo do segundo centenário colorado teve o mesmo adversário, mas o resultado... Quanta diferença...

-x- Bruno

Times reservas

Faz certo o Grêmio quando pretere seus melhores atletas nos jogos tidos como mais fáceis em virtude de uma possível preservação física de alguns?

Faz certo o que faz o Inter quando, mesmo sem jogar a Libertadores - e assim realizar deslocamentos relativamente curtos se compararmos com os feitos pelos times que jogam a TLA -, poupa seus principais atletas para os jogos de maior dificuldade técinica?

Enfim, nunca chegaremos a um consenso sobre isso. Mas o fato é que a prática, mesmo questionada, dá resultados concretos para a dupla Gre-Nal.

O Grêmio chegou a final do 1º turno do Gauchão - perdeu pro Inter o jogo final -, tem 4 pontos em 6 disputados na Libertadores e tem uma base de time montada por Roth desde a metade de 2008: Victor; Léo e Réver; W. Magrão, Souza e Tcheco. Com os advendos de 5 reforços para a competição internacional (Ruy, Fábio Santos, Rafael Marques, Alex Mineiro e o reotrno de Jonas), a única vaga disponível é a de W. Magrão, lesionado no início do Gauchão. Adílson, Douglas Costa e Maylson tem marcado presença entre os titulares e prometem evoluir com o passar da temporada. Fora isso, Roth ainda conta com os reforços argentinos, Maxi López e Germán Herrera, que no auge da forma prometem incomodar as defesas adversárias.

O Inter de Tite também manteve a base da conquista da Copa Sul-Americana 2008: Lauro; Bolívar, Álvaro e Índio; Guiñazú, Magrão e D'Alessandro; Nilmar. Oito de 11 titulares permaneceram. Das trocas no 11 inicial, é inegável a maior qualidade de Kléber em relação à Marcão na lateral esquerda. Taison é uma grande promessa e já tem 11 gols na temporada, pode chegar a substituir Alex até na artilharia, apesar de não decidir jogos de forma individual como Alex e seus chutes de média/longa distância faziam. E Edinho tinha a liderança no grupo como fator principal, mas Sandro aparece como um volante mais moderno, que joga mais com a bola nos pés, dando mais qualidade na saída de jogo. E as opções bancárias tornam o colorado ainda mais forte: Se sobraram de 2008 jogadores como Andrezinho, Wálter, Talles Cunha, Sorondo, Danny e Danilo Silva, chegaram para reforçar ainda mais o elenco vermelho em 2009 atletas da mais alta qualidade, como Giuliano, melhor jogador da Série B 2008 pelo Paraná, Alecsandro, centroavante à moda antiga que sempre marca presença na área adversária, Marcelo Cordeiro, um dos bons destaques do Vitória no último Brasileirão, e Leandrão, que foi formado no Beira-Rio e estava sem clube.

A dupla tem grupos de grande qualidade para fazer esses rodízios. E continuará ganhando jogos e preparando o que tem de melhor para brilhar na hora decisiva.

Inacreditável

Não, não é a batalha dos Aflitos. Mas ainda é sobre o Grêmio...
____________________

Boyacá Chicó 0x1 Grêmio (Souza) foi um jogo injusto, nos mesmos moldes do Gre-Nal de Erechim.

Jonas e Herrera perderam uma interminável série de gols feitos cara a cara com o goleiro colombiano. O placar moral seria fácil fácil uns 5x0 para o tricolor gaúcho.

O Grêmio de Victor; Léo, Rafael Marques e Réver foi perfeito. O Boyacá não teve nenhuma chance clara de gol. O goleiro Victor fez uma importante defesa a três minutos do final do jogo, mas nada de muito anormal e espetacular.

O Grêmio de Ruy, Adílson, Tcheco, Souza e Fábio Santos foi combativo e organizador com o equilíbrio necessário. Do setor mais afetado pelos males da altitude saiu o autor do gol gremista: Souza, no primeiro tempo, em uma precisa cobrança de falta. E o desgaste que se pensava ser excessivo não apareceu. Sobrou sim até uma superioridade física do time de Celso Roth depois de ter um a mais a partir dos 20 da segunda etapa.

Mas o destaque mor mesmo do segundo jogo do Grêmio foi o ataque de Jonas e Alex Mineiro, substituído por Herrera na segunda etapa. Jonas conseguiu a proeza inacreditável de errar TRÊS gols no mesmo lance, sendo que duas vezes o goleiro já nem no gol estava. Fora isso, ainda acertou o travessão em um belo chute no primeiro tempo e já havia errado outro gol frente a frente com o goleiro na segunda etapa. E Herrera, comprovando a sua fama de "quase gol", não conseguiu nem chutar quando ficou frente a frente com Velásquez.

DESTAQUE: Souza foi decisivo de novo. Quando ele joga bem o time flui com uma naturalidade impressionante.

CÔMICO: Os gols perdidos de Herrera e, principalmente, Jonas. Time que quer ser campeão não pode errar tanto assim.

NOTA: Roth, com o resultado, continua no comando. Bom ou ruim? Os resultados do trabalho até agora mostram que é mais um acerto...

Gre-Nal 375

Ampliada, com méritos, a vantagem colorada na disputa histórica do MAIOR CLÁSSICO DO FUTEBOL BRASILEIRO.

Agora são 22 vitórias a mais para os vermelhos em cima dos azuis. (140x118)

Diferente do que foi em Erechim, no clássico válido pela fase de classificação, o Inter foi o time que dominou as ações durante grande parte dos 90 minutos.

No primeiro tempo, foram três grandes chances coloradas salvas pelo goleiro Victor, do Grêmio. As duas primeiras foram até no mesmo lance: Andrezinho deixou Nilmar na cara do gol e o goleiro gremista fez milagre. No rebote, a bola sobrou para Kléber, que chutou no canto e obrigou Victor a fazer mais uma grande intervenção. Dez minutos mais tarde, Kléber mostrou sua grande qualidade no apoio e cruzou na cabeça de Andrezinho, que cabeceou certo, pra baixo, mas Victor fez milagre de novo.

Enquanto isso, o ataque tricolor mostrava uma inoperância tremenda, muito em função da formação deveras defensiva montada pelo técnico Celso Roth, que tirou Jonas - o melhor jogador do Grêmio até agora em 2009 - para colocar mais um volante - Diogo - em campo, preocupando-se muito com sua defesa em função de estar atuando fora de seus domínios.

Na segunda etapa, vieram os gols e a emoção aumentou no clássico. Logo no início, o Inter fez o primero gol. Kléber cobrou falta da intermediária e Índio aproveitou a falha de Ruy na famosa "linha burra" para abrir o placar: 1-0.

O Grêmio ainda não tinha criado nada ofensivamente e, com o gol sofrido, Roth viu-se obrigado a mexer na equipe. Sacou Léo e Diogo, colocando Fábio Santos e Jonas em campo. E as mudanças deram resultado imediato. Na primeira participação de Jonas, ele escorou como um autêntico pivô de futsal para Alex Mineiro chutar com precisão a bola no ângulo esquerdo de Lauro: 1-1.

Aí o momento chave da partida: Roth, satisfeito com o empate, muda novamente o esquema, voltando para os três zagueiros com a entrada de Héverton no lugar de Jadílson. Tite não havia feito nada em seu time, e nem tinha motivos para mexer, já que o colorado, mesmo tendo sofrido o empate, continuava a ter o controle da bola no Beira-Rio.

Faltando cerca de 15 minutos para o fim da decisão, a redenção de quem jogava melhor apareceu: falta ao lado da área, pelo lado direito. Andrezinho levanta a bola com precisão e Magrão cabeceia para o fundo do gol: 2-1.

Nilmar, três minutos depois do gol de desempate, ainda chutou uma bola no poste, quase aumentando o placar.

RESUMO DA ÓPERA: O Inter foi o Campeão da Taça Fernando Carvalho, que equivale ao primeiro turno do Gauchão 2009. Com isso, o colorado está garantido na final do Gauchão, que pode ser evitada caso o mesmo Inter conquiste a Taça Fábio Koff, o segundo turno do ruralito.

CRAQUE: Dois são os grandes destaques do GreNal 375: Sandro e Andrezinho. Sandro foi impeável na marcação dos armadores gremistas (Souza e Tcheco). Desarmou e acertou passes como um grande primeiro volante. Andrezinho mostrou que pode ser de grande valia para o restante do ano. Armou o time com perfeição e ajudou muito na grande produção ofensiva colorada.

NÚMEROS: Roth enfrentou Tite em 7 clássicos e nunca venceu. O Inter está invicto há seis jogos e no ano do centenário colorado já venceu duas vezes.

Que na quarta-feira, diante do União-MT, o Inter consiga manter a produção para alçar a segunda fase da Copa do Brasil.

Tô em falta...

... eu sei. Mas tentarei me descupar...
_______________________________

Grêmio 0x0 Universidad de Chile

Miguel Pinto GÊNIO. O Grêmio foi infinitamente superior, mas não ultrapassou essa muralha.

Roth com um time ofensivo, bem escalado e motivado por ser a estreia na TLA.

Mas nada passou pelo iluminado goleiro chileno.
_______________________________

Inter 2x0 Novo Hamburgo

Mais um jogo da loooonga série "Jogos deveras chatos do Inter" em 2009.

Impressionante como não flui o jogo do Inter contra times que se preocupam apenas em se defender.

O esquema de Tite com Sandro + Magrão + Guiñazú na meia cancha não funciona contra retrancas, pois falta criatividade e rapidez na elaboração de jogadas.

A solução seria A efetivação de Giuliano ou Alecsandro no lugar de um dos volantes quando o jogo não for contra um time de mesmo garbo do colorado.

Jandson, #9 do Nóia, teve a chance do jogo em suas mãos - ou melhor, em sua cabeça - mas parou em Lauro, que sempre mostra segurança quando é exigido.
__________________________________

Grêmio 1x0 Veranópolis

Não vi nada além dos melhores momentos - que também não foram grande coisa.

Mas os reservas do Grêmio fizeram seu papel.

Douglas, Reinaldo e o menino Saimon foram os destaques de um time muito mais preocupado com a TLA de daqui há 10 dias do que com o clássico que viria a se realizar em dois dias.

Mas escolhas são escolhas...