Em jogo com cara de clássico Gaúcho - campo molhado, jogo pegado e alguns bate-bocas -, o Grêmio saiu-se vitorioso do primeiro jogo da final do Gauchão 2010, praticamente conquistando o caneco com o 2-0 de hoje, em pleno Beira-Rio.
Silas, sem nenhum lateral esquerdo disponível, optou pelo jovem zagueiro canhoto Neuton no setor. A mesma aposta fez Jorge Fossati, improvisando Juan na posição do lado vermelho.
No restante dos onzes iniciais, nada de muito diferente do que anunciava: Hugo substituiria Douglas, suspenso, e o Inter vinha completo, mesmo que o maior enfoque seja na Taça Libertadores da América.
No jogo, o primeiro tempo começou equilibrado até Borges perder um gol cara a cara com Abbondanzieri. O lance parece ter acordado o colorado, que dominou a metade final do 1º tempo. Wálter obrigou Victor a fazer grande defesa. Na sequência, o goleiro da seleção brasileira falhou na saída do gol e Edílson salvou o Tricolor em cima da linha fatal.
Na segunda etapa, Ferdinando deu lugar a Adílson, renovando o fôlego da marcação gremista e o lado azul tomou conta do jogo. D'Alessandro voltou a esconder-se na ponta direita, esquecendo de armar os vermelhos, enquanto Borges e Jonas tripudiavam em cima de um apático Juan.
Em escanteio da direita, Sorondo não alcançou a bola, Rodrigo ganhou de Sandro na velocidade e cabeceou pro gol: Grêmio 1-0.
A vantagem gremista obrigou Fossati a abrir o time colorado, tirando Sandro para a entrada de Edu. Com isso, um paciente Grêmio manteve a posse da bola e, no final, matou o confronto: falta da direita e o matador Borges cabeceou livre no segundo poste para ampliar: Grêmio 2-0.
O confronto - em consequência, o título - está definido. A vantagem construída pelo time de Silas é muito grande e permite ao Grêmio jogar como mais gosta historicamente: com o regulamento debaixo do braço.
Agora, mudança de foco para a dupla: no meio de semana, o desafio vale muito mais que a conquista regional.
-x- Bruno Cassali
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Gre-Nal 380
O Inter de Fossati
Me recusando a falar sobre o jogo em horário de balada de ontem (hoje?), me foquei em analisar os esquemas das equipes em campo, sem me preocupar com o que e quem fazia as coisas acontecerem no gramado.
Na Libertadores, o Inter joga com sua força máxima disposta pelo treinador, Jorge Fossati, em seu esquema favorito: 3-6-1. Mesmo com Edu, atacante do origem, em campo, a disposição das peças não muda nem por decreto.
O goleiro, Pato Abbondanzieri, foi contratado por dois motivos primordiais para o time/grupo: primeiramente por ser uma liderança nata, uma pessoa acostumada a ganhar, principalmente nos torneios continentais. "Segundamente" por ter uma saída de bola rápida e qualificada, capaz de armar contra-ataques ou se tornar a principal arma ofensiva (:O) da equipe - como foi agora há pouco, no Equador.
O trio de zagueiros está presente para dar segurança a zaga. Um é mais lento (Sorondo contra o Deportivo Quito, mas Bolívar é o titular da posição), sobra na marcação dos atacantes e é a segurança nas bolas aéreas. Os outros dois jogam um de cada lado e serviriam, na teoria, para desafogar a saída de jogo pelas laterais quando os espaços rarearem. No Equador, Juan foi muito bem defensivamente e Índio não comprometeu o sistema de retaguarda. Mas a parte da ajuda com a bola nos pés... Bem, esquece. A altitude não pode ser desafiada, dizem por aí.
A dupla de volantes também ajuda, no papel, a armar a equipe com a bola nos pés. Porém, a marcação é o forte real de Sandro e Guiñazú. Um é o #5 clássico, jogando com o estilo esguio de um #8 tradicional. O outro é o #8 pelo lado esquerdo, apesar da camiseta levar o #5 nas costas.
Nas laterais, o equilíbrio teórico de um esquema com 3 zagueiros faria com que, ordenadamente, sempre um deles tivesse no apoio. Bruno Silva já mostrou ter fortes limitações na questão ofensiva. Marcar é a dele, passando assim a obrigação de municiar os homens mais avançados do time para Kléber. Mas este tem a Síndrome de Riquelme: longíquos e frequentes sumiços em campo, como se o plug da tomada fosse desligado repentinamente e as pessoas demorassem a perceber o ocorrido.
Com esse excesso de gente na metade defensiva do gramado, o atque fica abandonado, com três almas penadas vagando sem sentido e rumo, como invasores em terras alheias.
Giuliano, centralizado ou mais à direita do campo, atua(ria) como elo criativo, realizados da função original de um #10. Seu porte físico e a marcação dos adversários o fazem sucumbir em meio a imensidão da intermediária adversária povoada por volantes inimigos. Criar, só se for dentro da área ou tocando a bola para trás, pois em progresso - sem nenhuma ajuda - só em lampejos de genialidade.
Edu é um novo Ronaldinho. Mais velho, tão experiente quanto, atuando na mesma posição, da mesma forma, com a mesma vontade que o #80 milinista: NE-NHU-MA. Parece lutar contra adversários de porte de um Maicon, um Daniel Alves, quando na verdade joga diante de um zagueiro/lateral direito qualquer e insignificante.
Na centroavância, Alecsandro só não morre de fome porque é voluntarioso. Se não voltasse para os escanteios e não se dispusesse a ajudar na marcação da saída de bola, tocaria na bola menos de 5 segundos por jogo. Ontem, preso entre três zagueiros, sua obrigação ainda sim foi quase cumprida a risco quando, após o único momento lúcido/criativo da equipe no jogo, inventou um remate de primeira da entrada da área e acertou a trave do goleiro equatoriano - ou seria argentino, já que eram muitos os "hermanos" no adversário do topo do morro.
O que mudar, antes que a vaca vá para o brejo? Fossati? Não. O jeito de jogar de Fossati? Talvez. O time do uruguaio tem que jogar mais, propor disputa, arriscar-se ofensivamente. Quer jogar com três zagueiros, tire Sandro ou Guiñazú do time, colocando mais um atacante de ofício na parada. Trocar a segurança do trio defensivo por alguém de mais criatividade me parece a discórdia pontual entre o que joga e o que pode jogar a equipe alvirrubra.
Soltar-se diante do Avenida, do São Luiz, mesmo atuando em potreiros do interior do Estado, nada mais é que impor sua grandeza diante dos outros clubes. E isso pode, deve, tem que ser feito também (e principalmente) em competições continentais como a Libertadores.
Porque vence quem joga bola, não quem tem medo de jogar.
-x-
Bruno Cassali
sexta-feira, 12 de março de 2010 | Escrito por Bruno Cassali às 09:46 0 respostas
Marcadores: Esportes, Inter, Libertadores, Opinião
Grenal de Erechim, versão 2010
Assim como a nomenclatura dos turnos do Gauchão (Taças Fernando Carvalho e Fábio Koff), repetiu-se em 2010 o mando do único clássico Gre-Nal garantido por tabela no campeonato estadual. Erechim tem como palco o Colosso da Lagoa, estádio com bom aspecto geral e grande o suficiente para abrigar um evento dessa magnitude.
Fossati, no segundo jogo oficial de seus principais comandados, manteve o esquema de três zagueiros, mas colocou o veloz Taison na frente em detrimento a Andrezinho, já que D'Alessandro está fora pelo menos por um mês.
Silas, com elenco menor em quantidade e qualidade técnica que o rival, escalou o que tinha de melhor e contou até com uma boa partida de sua equipe, mas foi extremamente infeliz nas substituições e, de lambuja, ganhou um problema gigantesco para a sequência da temporada: Souza saiu de campo com um problema no joelho que deve afastá-lo do time tricolor por algum tempo.
Victor, goleiro da seleção brasileira, mais uma vez foi o nome gremista no clássico: fez grandes defesas no primeiro tempo após duas cabeçadas coloradas e uma chegada na pequena área de Alecsandro.
Pelo lado vermelho, Giuliano provou ser imprescindível ao time alvi-rubro, sendo o responsável pelo primeiro combate na meia-cancha além de armar grande parte dos ataques colorados.
No segundo tempo, na hora onde todos pensam que nada mais vai acontecer, já que o 0-0 perdurava por mais de 75 minutos, brilhou a estrela de Fossati e seu banco de reservas mais qualificado. Andrezinho, que adentrara no gramado em lugar do exausto Giuliano, fez lançamento longo para Edu, substituto de Taison, que literalmente tomou uma bola nas costas, desviando a pelota da zaga gremista e deixando-a na feição para o balaço de primeira do centroavante Alecsandro: Inter 1-0.
A perspectiva de melhora colorada deixa a impressão de que, dia 23, na estreia da Libertadores 2010, a engrenagem vai estar bem azeitada para a principal competição do ano pós-centenário.
O Grêmio fez boas contratações, manteve destaques de 2009 e apostou no comando. Se as melancias tiverem tempo para se ajeitarem no caminhão, o caminho promete ser vitorioso. Mas a continuidade do trabalho tem que ser preservada, afinal o mundo não é só Gre-nal, apesar de às vezes parecer...
-x-
Bruno Cassali
Terminar antes do fim
"Concluímos agora a negociação e o Nilmar vai jogar no Villarreal"
By Vitório Píffero, presidente do Sport Club Internacional.
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É assim, com atitudes como esta, que se termina algo antes da hora.
2009, ano do centenário colorado, acabou.
Infelizmente, só o torcedor parece ter a noção da importância do atacante na equipe.
Que venha 2010
-x- Bruno
sexta-feira, 24 de julho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 17:48 0 respostas
Gre-Nal 377
Quarto clássico no ano do centenário.
No quesito jogar bem, em 2009 tá 3x1 pro Grêmio.
No placar real: 3 vitórias vermelhas e apenas um triunfo azul.
Todos os jogos terminaram em 2-1.
Domingo, o injusto mundo do futebol fez justiça pela segunda vez no ano em clássicos Gre-Nal.
O Inter, time com medo do adversário, seja ele o Manchester United, o Grêmio ou o time do Campo da Tuca, manteve sua postura medrosa durante os 90 minutos.
Após seis meses de análise, percebe-se claramente que Tite prende o lateral Kléber com uma corda de elástico amarrada na banderinha de corner. Porém, a elasticidade dela só permite que o antigo lateral de ótima qualidade no apoio torne-se um marcador comum.
Nilmar, isolado na frente como nunca, já que Taison resolveu voltar ao normal - futebol burro e incompetente -, ainda deixou o colorado em vantagem, após ganhar de Souza e chutar na saída de Victor.
Mas o mesmo Souza, destaque ofensivo do tricolor - como sempre -, bateu falta com precisão e empatou ainda na etapa inicial. E ele também cobrou o escanteio do segundo gol, marcado por Maxi López após cabeceio de Réver.
Fábio Santos, destaque tricolor nas últimas partidas, foi discreto, fazendo o Grêmio atacar mais pelo lado do improvisado Mário Fernandes, zagueiro que jogou na lateral direita mas mostrou exelente técnica.
Maxi está cada dia mais adaptadoao estilo de jogo do futebol brasileiro. Não foi à toa que ele jogou no Barcelona, um dos maiores clubes do mundo. Será certamente destaque do certame ao final do ano.
Autuori ganha cada vez mais a confiança do grupo, principalmente após a mudança de esquema, onde todos do meio para a frente sabem jogar e se posicionar de forma a não deixar o time deveras defensivo.
Já Tite vive seu pior momento na barca colorada. Perdeu duas decisões em sequência, não demonstra bom futebol há mais de 2 meses e ainda convive com a iminente saída de sua estrela mor: Nilmar.
Mas, pelo menos nesse Gre-Nal, nada mudou drasticamente. Bom para uns, nem tanto para os outros...
-x- Bruno
quarta-feira, 22 de julho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 15:16 0 respostas
Marcadores: Brasileirão, Esportes, Grêmio, Inter, Opinião
Vontade de mudar
Não sou adepto da demissão diante das primeiras dificuldades.
Mas não tem hora melhor do que essa pra demitir o Tite.
Dois dos três melhores técnicos que trabalham no Brasil estão sem emprego, dispostos a negociar com o Inter.
O elenco colorado precisa de uma mexida nos brios, uma mudança de ares. A troca no comando técnico, ficando no Beira-Rio apenas o Masheredjan, que é TOP na preparação física.
E é a hora de colocar alguém com pulso firme pra acabar com essa pasmaceira que estão alguns dos principais jogadores do time: D'Alessandro, Taison, Índio, Magrão e Kléber, pra citar só alguns exemplos.
No Brasil, o Inter do Tite é o time que mais tem medo de jogar, propor jogo, atacar o adversário.
Nem quando é mandante dá as cartas no jogo. Sempre fica a espera do adversário fazer o primeiro movemento para tentar reagir.
Desse jeito, não dá pra seguir na luta pelo campeonato. Vai penar no meio da tabela, onde estão times com a vontade que impera no jogo colorado.
-x- Bruno
domingo, 12 de julho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 20:54 0 respostas
Fiasco no morro
LDU 3-0 Internacional [Espínola, Bieler e Vera]
________________
O desinteresse pelo jogo e a falta de vontade imperaram em Quito.
Um time de qualidade não pode subir no salto dessa forma. Não pode achar que ganha de qualquer um só no nome. Com a bolinha que tá jogando hoje, não ganha nem de times da Série D.
Não pode um time, cujas pretenções anunciadas no início do ano eram de ganhar tudo o que disputasse, jogar da forma que o Inter jogou nos primeiros tempos dos últimos 3 jogos.
O time anda, rasteja em campo. A queda física é grandiosa. E veio aliada a um fraco desempenho técnico de quem deveria decidir, o trio que ajudaria - na teoria - Nilmar: Taison, D'Alessandro e Magrão.
Não é plausível - muito menos possível - que alguém em sã consciência ache que vai decidir um título em Quito e vai deixar pra fazer o resultado no segundo tempo, como aparentava a postura do Inter nos 45 minutos iniciais.
Danny, tão elogiado enquanto reserva de Álvaro, falhou nos 3 gols, dando espaços para os atacantes equatorianos e não chegando a tempo de exercer uma pressão maior no adversário. Talvez tenha sido o que mais sentiu o ar rarefeito.
Taison e D'Alessandro dormem em campo, desfilam suas posturas de "craques diferenciados" pra cima dos adversários, mas nada de concreto é produzido a favor do time alvi-rubro.
Nilmar, coitado, passa mais isolado no ataque do que o farol de navegação no arquipelago dos Abrolhos, na Bahia.
Andrezinho pede passagem na meia-cancha. Ontem, mesmo com a desvantagem gigantesca, foi o único a tentar algo diferente, algo produtivo.
Mas pra ele entrar não tem que mudar o esquema? Sim. então se mude o esquema. Aliás, que se mexa na formatação do time, já que o Inter é o time mais previsível do mundo em termos criativos.
Guiñazú contagia o torcedor comum com sua garra e determinação. Mas ontem foi o maior responsável pela falta de posicionamento do meio-campo: inúmeras vezes os meias do adversário receberam entre a linha de volantes e a zaga colorada, com muito espaço para progredir em direção ao gol e armar as jogadas ofensivas.
O gringo fez Glaydson se perder também, já que o reserva precisava cobrir os espaços deixados pelo capitão quando esse ia dar combate a alguém que não estava na sua área de cobertura.
Danilo foi patético no primeiro gol, não conseguindo rebater uma bola que vinha fraca na sua direção e cortando a visão do goleiro Lauro no lance. No segundo, deixou Ambrossi com espaço enorme para pensar, resolver e executar o passe para Bieler. E no gol de Vera, o terceiro, tomou outro baile de Ambrossi, marcando como se jogasse um solteiro vs. casados depois do churrasco de domingo.
O todo do Inter está mal. Tite sofre muita pressão externa - muito em função de Muricy e Luxemburgo estarem desempregados - devido ao fraco desempenho do time dentro de campo. Porém, mesmo assim o time é o líder do certame nacional. Mas a exigência de torcedores e mídia é que a qualidade do espetáculo apresentado - atualmente de forma ineficiente - aumente bastante...
-x- Bruno
sexta-feira, 10 de julho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 15:27 0 respostas
Igualdade e Oportunismo
Não postei quarta. Quase fiz o mesmo hoje. Não por falta de assunto, já que ainda não comentei nem a final da Copa das Confederações, onde o Brasil fez valer o peso da sua camisa diante da aplicada seleção norte-americana.
Mas a semelhança de alguns fatos ocorridos nesses últimos dois dias de jogos à noite foi tão absurda que me obriguei a vir escrever. Em tópicos, abaixo:
- Os adversários da dupla, Corinthians e Cruzeiro, tinham vantagem de dois gols obtidas no primeiro jogo, quando atuavam diante de suas torcidas.
- A dupla Gre-Nal tomou dois gols, no jogo de volta, ainda no primeiro tempo, em um intervalo inferior a 10 minutos.
- Os gols dos adversários foram parecidos também: um de cabeça, em falha das zagas, principalmente dos zagueiros pela direita (Léo e Índio), que não estavam no seu lugar e deixaram livres os avançados (Wellington Paulista e Jorge Henrique); e o outro completando uma excelente jogada, uma de Douglas+Ronaldo e outra de Kléber Gladiador.
- A Dupla Gre-Nal foi pro intervalo precisando de 5 gols na etapa final para alcançar o objetivo da noite.
- A torcida, mesmo com o resultado negativo, não deixou de apoiar seu time do coração, cantarolando seus cânticos de apoio até o final da partida.
- No segundo tempo, os times do Rio Grande empataram o jogo com gols aos 29 minutos.
- A Dupla foi prejudicada por expulsões infantis, que ocorreram muito em função da falta de preparo psicológico de quem foi excluído.
- E para ambos ficou a sensação que o confronto foi perdido no jogo de ida, quando muitos gols foram desperdiçados e a chance de um melhor resultado foi pro lixo pela incompetência ofensiva.
No mais, futebol só no domingo a partir de agora. A igualdade foi negativa e proporcionou esse momento de oportunismo para quem aqui escreve.
Curiosidade é assim, não espera que tu tenha vontade de contar para aparecer...
-x- Bruno
sexta-feira, 3 de julho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 17:26 0 respostas
Marcadores: Copa do Brasil, Corinthians, Cruzeiro, Esportes, Grêmio, Inter, Libertadores
3 em 1
Não vi nenhum por completo, então farei um 3 em 1 clássico, como os velhos aparelhos que tocavam LP's:
- Na quarta, o Grêmio escapou do pior na TLA: tomou 3-1 do Cruzeiro no Mineirão, mas ainda volta vivo de Minas Gerais.
- Wellington Paulista, Wágner e Fabinho fizeram 3-0 pra raposa, mas Souza, em cobrança de falta descontou.
- O Grêmio perdeu 3 gols imperdíveis, dois cara-a-cara com Fábio, no primeiro tempo. Em TLA, essa perda pode ser mortal.
- Quinta que vem, o tricolor precisa do 2-0 pra avançar à final. Se tomar gol, tem que ganhar por 3 de diferença.
- A tarefa é árdua, mas mais fácil do que as duas reverções que o arqui-rival tem que realizar.
- Na quinta, o Inter jogou no lixo a recopa, ao tratá-la como treino de luxo para o jogo contra o Corinthians pela Copa do Brasil.
- Jogando no único esquema que não deu certo com Tite (o 4-2-2-2 com Guiñazú na volância), o Inter teve a posse da bola, mas não conseguiu transformar isso em gols marcados.
- O gol de Bieler, aos 11 do segundo tempo, deixou a LDU com os pés nas costas pra conquistar o título, já que agora joga com a vantagem do empate na altitude de Quito.
- Mais uma missão impossível para o time de Tite, que afundou-se de vez no mês de junho (6 jogos, 4 derrotas e dois empates).
- Único ponto positivo desse jogo: Danny parece ter sido efetivado como titular no lugar de Álvaro.
- Mais um problema: Sandro saiu tropicando de campo, puxando a perna direita em função de um estiramento muscular. Não deve jogar na próxima quarta contra o Corinthians.
- E para terminar, em Johannesburg, Daniel Alves foi testado na lateral esquerda por 10 minutos. E fez o gol da vitória brasileira por 1-0 contra os Bafana-Bafana.
- O Brasil jogou mal, não soube passar pela marcação do time de Joel Santana, mas achou um gol no final e jogará domingo contra os EUA.
- PS.: Michael Jackson morreu. Sim, eu sei. Mas não tenho opinião formada sobre o músico, já que pouco o escutei, e não tenho a menor simpatia pela pessoa, por tudo o que já aprontou. Então, nada mais do que 4 frases pra ele.
-x- Bruno
sexta-feira, 26 de junho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 17:55 0 respostas
Marcadores: Esportes, Grêmio, Inter, Libertadores, Seleção Brasileira
Decisões de quarta e quinta
Hoje tem início a disputa pela vaga brasileira na final da Taça Libertadores da América. O Brasil, que desde 2005 tem pelo menos um time entre os finalistas, colocará Grêmio ou Cruzeiro em condições de ganhar o caneco, ambos pela terceira vez.
Em uma única edição de TLA esses times se enfrentaram: em 1997, foram 4 duelos. Os dois primeiros foram na primeira fase, com vitórias dos visitantes (Grêmio 2-1 no Mineirão e Cruzeiro 1-0 no Olímpico).
Nas quartas-de-final, o enfrentamento voltou a acontecer. No Mineirão, o Cruzeiro fez 2-0 (inclusive com gol de Alex Mineiro, hoje no Grêmio). No Olímpico, o Grêmio precisava reverter a vantagem, mas conseguiu apenas o 2-1 a seu favor, sendo eliminado no saldo de gols.
Hoje, duas curiosidades envolvem o enfrentamento desses clubes em relação ao mesmo confronto de 1997. O técnico cruzeirense há 12 anos era Paulo Autuori, hoje comandante gremista. O técnico do atual Cruzeiro é Adílson Baptista, zagueiro e capitão gremista na última conquista do tricolor gaúcho na TLA, em 1995, e que saiu do clube gaúcho na temporada de 97, antes dos enfrentamentos diante da Raposa.
O importante pro Cruzeiro nesse primeiro jogo é ganhar sem tomar gol. O Grêmio tem como objetivo não perder e, se possível, balançar as redes de Fábio. Aposto friamente num empate, mas pressinto uma vitória magra do time da casa.
___________________________________
Na quinta, o Inter começa a decidir a Recopa Sul-Americana contra a LDU, do Equador.
O Inter ainda não está tão forte como pode ser: Kléber e Nilmar estão na África do Sul, Magrão está lesionado e Taison ainda é dúvida.
A LDU perdeu os principais jogadores da conquista da Libertadores 2008 (Bolaños e Guerrón) e não lembra nem de longe o time de 2006, base da seleção equatoriana que fora a Copa do Mundo. Mas ainda assim é um time que inspira cuidados e que tem um grandioso aliado: a altitude de Quito no jogo de volta.
O importante para o colorado é fazer um bom resultado para garantir-se no 2º jogo. Uma vitória com dois gols de diferença seria perfeito. Mas a fase não inspira os torcedores a pensar desse jeito.
A LDU sairá deveras satisfeita caso não perca o jogo de quinta, pois assim leva a decisão totalmente em aberto para sua casa.
O palpite é uma vitória magrinha do Inter, mas tomando gol do adversário. Não seria o resultado ideal, mas pelo menos levantaria o ânimo de um time que não vence há 5 jogos.
-x- Bruno
quarta-feira, 24 de junho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 15:11 0 respostas
Marcadores: Esportes, Grêmio, Inter, Libertadores, Opinião
Flamengo 4x0 Internacional
O Imperador dentro do seu reino desfilou diante de súditos fracos e incrédulos.
O Inter, desfalcado de seu quarteto final (Magrão, D'Alessandro, Nilmar e Taison), além dos laterias Bolívar e Kléber, foi patrolado no Maracanã, em tarde inspiradíssima de Adriano.
O motivo da goleada foi, além dos desfalques colorados e o abatimento pela derrota na primeira partida da final da Copa do Brasil, o mau posicionamento da equipe de Tite no grande gramado carioca.
O Inter, acostumado a jogar no 4-3-1-2, quase um 4-3-2-1, mudou o esquema para jogar diante do Flamengo: Giuliano jogou na posição de Magrão, deixando o time mais ofensivo em um 4-2-2-2, onde Guiñazú e Sandro faziam a volância, Giuliano tinha a companhia de Andrezinho na armação e Bolaños, estreiando, atuava no ataque com Alecsandro.
Assim como na outra deplorável atuação colorada em 2009, diante do Rondonópolis, na primeira fase da Copa do Brasil, o Inter foi patético e perdido em campo.
Guiñazú, que marca sempre quem está com a bola, não importando onde esse alguém está, não pode jogar em um esquema de dois volantes pois não guarda posição. Sandro fica sobrecarregado e a marcação na meia cancha não funciona.
Outra coisa: Marcelo Cordeiro não apoia, assim como Kléber faz quando é o #6. Mas como explicar dois gols nas costas do lateral esquerdo colorado?
Mais uma: Álvaro não conseguiu deixar Adriano em impedimento no primeiro gol; foi infantilmente ultrapassado por Léo Moura no segundo e fez a falta desnecessária do terceiro gol. Se não tivesse bons reservas, nada aconteceria. Mas Danny e Sorondo estão na ponta dos cascos. Não seria a hora de mudar o #4?
Sem culpa: Glaydson fez o pênalti no quarto gol. Mas é uma importante peça do grupo colorado, não pode ser queimado. Afinal, se não joga ele, joga Maycon. Então, que se faça um busto de Glaydson no Beira-Rio.
Atacantes reservas: Alecsandro é, sem dúvida, um bom reserva pra Nilmar. Mas, quando em campo, precisa que o estilo de jogo colorado o contemple. O Inter do toque de bola não é o ideal pra Alecsandro. Mas o ideal pro atual #9 o Inter 2009 nunca teve: jogada pelas pontas. Quem sabe Bolaños possa acrescentar algo nessa mistura.
Atacantes reservas²: Onde estão Marquinhos e Léo, destaques do Sub-20 alvi-rubro? Porque Leandrão é a alternativa quando o próprio treinador diz que o time precisa de velocidade? Nessas horas, a lesão de Wálter é um baaaaaita problema.
-x- Bruno
segunda-feira, 22 de junho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 21:33 0 respostas
Marcadores: Brasileirão, Esportes, Flamengo, Inter, Opinião
Mais números da Copa do Brasil
Agora, pós o resultado final da primeira partida, onde o Corinthians ganhou do Inter por 2-0:
- Nunca, em 106 jogos à frente do Timão, o time de Mano Menezes tomou 3 gols de diferença, placar necessário pelo colorado para conquistar a taça.
- O Corinthians fez gols em todos os jogos fora de casa na Copa do Brasil 09': 2-0 em Itumbiara/GO e Misto/MS, 1-1 com o Vasco e 2-2 com o Fluminense, ambos no RJ, além da única derrota na competição: 2-3 diante do CAP na Arena.
- Duas vezes um time ganhou a primeira partida por 2-0: em 2005 o Paulista venceu o Fluminense e em 2006 o Flamengo venceu o Vasco. Os dois times vencedores foram campeões.
- Três vezes o Inter perdeu por esse resultado na Copa do Brasil: reverteu contra o Santos em 1997 (0-2 na Vila e 2-0 no Gigante, com vitória vermelha nos pênaltis) e contra o Paraná no ano passado (0-2 em Curitiba e 5-1 no Beira-Rio), mas não conseguiu superar o Atlético/MG em 2002 (0-2 no Mineirão e 3-2 no Beira-Rio).
- (INCLUSO DE ÚLTIMA HORA) No ano passado, o mesmo Corinthians abriu dois gols de vantagem na primeira partida da final da Copa do Brasil. Só que o 3-1 diante do Sport não foi suficiente, já que os pernambucanos fizeram 2-0 na volta e conquistaram a taça pelo critério dos gols fora de casa.
- Números são apenas números. Na prática, a situação é confortável demais em favor do Corinthians. Mas nada está definido, pois o Inter terá a volta de 3 grandes jogadores: Kléber, D'Alessandro e Nilmar.
-x- Bruno
quinta-feira, 18 de junho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 11:26 0 respostas
Marcadores: Copa do Brasil, Corinthians, Esportes, Inter
Melhorou e estragou
Ditos sempre fazem parte da rotina diária. O clássico "Se melhorar, estraga!" aconteceu ontem na final da Copa do Brasil, entre Inter e Corinthians.
Foi certamente uma das melhores atuações do Inter como visitante no ano. O colorado foi muito melhor tecnicamente ontem do que nos jogos contra Flamengo e Coritiba, nas fases anteriores da Copa do Brasil, e contra Cruzeiro, Goiás e Corinthians B, partidas válidas pelo Brasileirão Série A 2009.
Álvaro, Lauro, Sandro, Magrão, Guiñazú e, principalmente, Taison. Todos em grande noite de futebol, jogando o fino da bola. Era um Inter com postura mais ofensiva, propondo jogo ao adversário e correndo riscos no ataque, realmente buscando marcar gols.
Mas o tiro saiu pela culatra, como diz o ditado...
Ao propor jogo, o time de Tite mostrou-se vulnerável em dois momentos, um em cada tempo. Descuidos fatais, que resultaram na desvantagem de dois gols que o colorado buscará reverter no Beira-Rio.
No primeiro tempo, Jorge Henrique conduziu a bola desde o meio-campo e abriu a jogada na esquerda para Marcelo Oliveira. Este passou com muita facilidade por Danilo Silva e cruzou rasteiro, para trás, onde aparecia livre o mesmo Jorge Henrique: Corinthians 1-0.
Na segunda etapa, Héber Roberto Lopes - de excelente atuação técnica e disciplinar - cometeu seu único erro no jogo. A falta na esquerda realmente existiu, mas Elias cobrou a infração com a bola rolando. Ninguém da meia-cancha colorada atrapalhou o meia e a bola chegou em Ronaldo como o atacante gosta: rasteira, em projeção e no mano-a-mano com o zagueiro - no caso, Índio. O atacante deixou o zagueiro sem pai nem mãe - ditado, né (: - e fuzilou Lauro: 2-0.
Alecsandro e Andrezinho não foram os substitutos de Nilmar e D'Alessandro como costumam ser. Leandrão, que entrou no lugar de Alecsandro, mostrou vontade demais e acabou sendo expulso. Marcelo Cordeiro não comprometeu, mas não consegue ser o mesmo jogador dos tempos de Vitória, já que na Bahia jogava do meio para a frente e aqui no RS fica preso na linha de 4 zagueiros.
Enfim, como dizem, ainda dá pra reverter o resultado, já que o futebol é uma caixinha de surpresas e o jogo só acaba quando termina. Mas o time precisa estar focado e a torcida precisa jogar junto, fazer do Beira-Rio um caldeirão.
Mas o fato é que o time mudou, pra melhor, mas estragou o resultado final. Dia 1º de julho tem mais.
-x- Bruno
Escrito por Bruno Cassali às 10:58 0 respostas
Marcadores: Copa do Brasil, Corinthians, Esportes, Inter
Inter como visitante
Vi muitos dizerem que o Inter finalmente convenceu atuando como visitante após o jogo contra o Cruzeiro, ontem, no Mineirão.
Pois se levarmos essa como uma afirmação verdadeira, estamos comentendo uma gafe gigantesca ao esquecer que, no meio da semana, o Inter atuou da mesma forma contra o Coritiba.
Na Copa do Brasil, o Inter, que tinha o resultado a favor, postou-se atrás da sua intermediária, marcando com 10 de seus jogadores atrás da linha da bola.
No Brasileirão, o Inter, com um a menos e a diferença a favor de ter feito um gol logo no começo do jogo, postou-se atrás da intermediária com 9 jogadores marcando as investidas do Cruzeiro.
Formatações muito parecidas e desempenhos semelhantes, já que um empate com o Cruzeiro no Mineirão, em um campeonato de pontos corridos, é fato para se celebrar. Assim como a classificação para a final da Copa do Brasil.
Então a afirmação de que o Inter finalmente achou um jeito de jogar fora de casa contra o Cruzeiro deve ser revista prontamente.
O Inter descobriu como se joga como visitante contra o Coritiba, onde anulou o adversário que só teve uma chance de gol em 90 minutos.
Para terminar, vale lembrar que o mérito desse sucesso dee-se totalmente ao trabalho de Tite, que conscientizou o time da importância de não sofrer gols quando joga como visitante, fato que aumenta as chances de ganhar os 3 pontos na casa do adversário.
-x- Bruno
segunda-feira, 8 de junho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 15:30 0 respostas
Quando o melhor em campo está fora dele
Ontem, em suma, foi este o panorama da partida entre Coritiba e Inter no Couto Pereira.
Jogo atípico também no resultado, onde o Coritiba perdeu a classificação após ganhar o jogo. Quarta passada, no Beira-Rio, o Inter garantiu a sua classificação ao fazer 3-1 nos paranaenses.
O gol de Ariel, aos 30 do segundo tempo, deu até esperanças para os coxas brancas. Mas o Inter tinha uma determinação a cumprir.
O melhor em campo do Inter foi, desde o princípio do jogo, o técnico Tite. O treinador montou seus comandados com maestria na parte defensiva.
Todos os 10 jogadores de linha marcavam em primeiro lugar. Inclusive Alecsandro, o mais avançado dos atacantes, e D'Alessandro, estrela da companhia.
Ferrolho feito, o Coritiba não conseguia criar oportunidades de gol, mas tinha o domínio territorial e de posse de bola.
Mas o colorado resisitiu. Bravamente. Heroicamente inclusive, após a expulsão de Bolívar.
Na final, o Corinthians de Ronaldo será o adversário. Uma mudança tática deverá ser realizada, já que o Timão joga num 4-3-3 à européia. Mas o Inter tem algo que não tinha desde 2006: um ótimo comando técnico.
-x- Bruno
quinta-feira, 4 de junho de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 12:54 0 respostas
Copas do meio de semana
Com direito a fatos internacionais ;)
- O Shakhtar Donetsk venceu ontem a Copa da UEFA, torneio similar a Copa Sul-Americana realizado entre os clubes europeus.
- Na prorrogação, o time ucraniano venceu por 2-1 os alemães do Werder Bremem, jogando em Istambul, Turquia.
- Na final da Copa da UEFA, os gols foram todos de brasileiros: Luiz Adriano abriu o marcador para o Shakhtar, Naldo empatou para o Werder, e Jádson, na prorrogação, fez o gol do título.
- Luiz Adriano é ex-Internacional, Naldo ex-Juventude e Jádson iniciou a carreira no Atlético Paranaense.
- É o primeiro título de um clube ucraniano em competições internacionais entre clubes.
- Voltando ao Brasil, o Vasco confirmou a classificação para as semifinais da Copa do Brasil ao empatar com o Vitória por 1-1, fora de casa.
- Com a vantagem de 4-0 do primeiro jogo, o time cruzmaltino apenas administrou o resultado na Bahia e ficou entre os 4 semifinalistas.
- Neto Baiano, de falta, pôs fogo no jogo logo a um minuto. Mas 3 minutos depois, Élton empatou e voltou a tranquilizar a torcida carioca.
- Neto ainda foi infantilmente expulso após cospir em Ramón. Bobagem grande do maior artilheiro do Brasil na temporada, com 22 gols.
- No Maracanã, o Fluminense entrou em campo só a partir dos 20 minutos do primeiro tempo. Antes disso, o Corinthians já tinha aberto 2-0 no placar.
- Chicão, em uma perfeita cobrança de falta, e Jorge Henrique, após belo lançamento da direita. Fizeram os gols do Timão.
- Após isso, o Corinthias precisava apenas adminitrar, já que também vencera o primeiro jogo, só que por 1-0.
- Na segunda etapa, o Flu esboçou uma reação com dois gols: Alan de cabeça e Thiago Neves com o pé esquerdo - ambos em jogadas do argentino Conca.
- Mas o Timão e seu bando de loucos enfrentará o Vasco em busca de uma vaga na final.
- Na terça, o Coritiba tomou pressão da Ponte Preta por 87 minutos.
- Márcio Mixirica, Danilo Neco e companhia criaram inúmeras chances mas pararam no paredão Vanderlei.
- Então, aos 42 do segundo tempo, Marcelinho foi à linha de fundo e cruzou para a cabeçada certeira de Ariel.
- Futebol é resultado e a Ponte não foi capaz de produzir o que precisava, já que empatara em casa por 2-2. Coxa nas semifinais.
- E no Beira-Rio, tivemos o jogo do ano.
- Flamengo e Inter fizeram mais um grande duelo em alto nível técnico e, principalmente, tático.
- Cuca montou um esquema que anulava o ponto de maior qualidade colorada - a troca de passes do meio-campo com o ataque pelo centro do gramado.
- Mas o Inter também anulou o ponto forte rubro-negro: as jogadas pelas laterais.
- Com tudo congestionado, o gol que abriria espaços só poderia sair de uma falha. E Juan falhou na frente de Nilmar.
- Nilmar interceptou o passe do lateral para Aírton, avançou em velocidade pela esquerda e tocou rasteiro para Taison abrir o marcador.
- No segundo tempo, o Inter vinha até melhor postado que o Flamengo, tendo inclusive maior posse da bola.
- Mas futebol tem imprevisibilidade em todos os momentos. E jogadores da qualidade de Ibson e Kléberson têm esse QUE a mais.
- Ibson achou Kléberson com um passe genial. O pentacampeão pela seleção brasileira cruzou rasteiro para Émerson, que entrara no lugar de Zé Roberto, empatar o jogo.
- O 1-1 dava a vaga pro Flamengo, mas eis que uma cria da Gávea resolveu colocar em prática tudo que aprendeu, só que contra seu clube formador.
- Andrezinho entrou aos 40 minutos, no lugar de Sandro, e 4 minutos depois cobrou falta com precisão, sem chances para Bruno. 2-1 Colorado.
- Jogaço de bola. Mas apenas um tinha que passar. Certamente foi o melhor jogo do ano até agora. Emoção e bom futebol até o finalzinho.
- Nas semifinais, o Inter joga contra o Coritiba e o Vasco pega o Corinthians. Taças têm sempre surpresas, mas Inter e Corinthians são sim os favoritos.
-x- Bruno.
quinta-feira, 21 de maio de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 13:57 0 respostas
Marcadores: Copa do Brasil, Esportes, Inter
Herói
Todos têm seus heróis.
Homem-Aranha, Capitão Planeta, Goku, Batman, Zorro, Wolverine, pai, mãe, avós...
Hoje, um negro de tranças longas foi o herói de uma nação.
Diante de 47.738 seguidores, ele esperou os últimos minutos para se sobressair.
Chegou depois, é verdade, mas foi eficaz, preciso, genial.
Certamente não é aquele herói manjado, que todos idolatram desde sempre.
Não é certamente aquele que atrai as maiores atenções.
Mas é importante como poucos para o bom funcionamento da engrenagem.
Nem todos tem a chance de ser um herói. Nem ao menos por um dia.
Hoje, a nação vermelha e branca viu surgir do reservado um novo héroi.
Foi mais um grandioso capítulo de sua história, Internacional.
Graças a seu novo mártir: Andrezinho.
Escrito por Bruno Cassali às 00:40 0 respostas
Por que o Inter não joga bem fora de casa?
Eis no título uma questão que aflige a nação vermelha e branca do Rio Grande do Sul.
O Internacional como visitante, não só em 2009, mas desde 2007, depois do título mundial do ano anterior, parece ter desaprendido a jogar na casa de seus adversários.
Pegando os números somente da atual temporada, o colorado fez 12 jogos como visitante, venceu 8, empatou 3 e perdeu apenas para o União Rondonópolis, na primeira fase da Copa do Brasil.
Não há como negar: os números são bons. Bons não, ótimos. 75% de pontos conquistados - 3 em cada 4 disputados. Mas futebol é desempenho, como costuma dizer Tite, comandante do Inter.
Tite costuma jogar, com ou sem o mando de campo, com a mesma formação de titulares posicionada no esquema 4-3-2-1 destacado abaixo:
--------------------------------------------LAURO--------------------------------------------
BOLÍVAR--------------------ÍNDIO---------------------ÁLVARO--------------------KLÉBER
--------------------------------------------SANDRO-------------------------------------------
-------------------MAGRÃO--------------------------------------GUIÑAZÚ------------------
----------D'ALESSANDRO---------------------------------------------------TAISON----------
--------------------------------------------NILMAR-------------------------------------------
Mas o que incomoda o torcedor é a postura extremamente defensiva da equipe. Nesse esquema, como mandante, Tite solta mais os laterais Bolívar e Kléber, fazendo-os marcar o adversário no meio-campo, além de pressionar sempre a saída de bola do adversário com seus ditos volantes: Guiñazú e Magrão marcam no campo do adversário em busca da retomada de bola.
Com isso, o Inter torna-se automaticamente mais perigoso ofensivamente, já que sempre está mais perto do gol adversário. E a qualidade de seu trio ofensivo aparece mais, já que a bola fica em maior parte do tempo de posse do time colorado.
Como dito anteriormente, o esquema como visitante é o mesmo, mas a postura é totalmente oposta. Na casa do oponente, o Inter marca dentro de seu campo, postando sua linha defensiva (Bolívar, Índio, Álvaro e Kléber) dentro da área enquanto o adversário tem a posse da bola.
O trio de volantes, com a defesa postada dentro de sua própria área, obriga-se a recuar também afim de evitar a flutuação desempedida dos meio-campistas adversários entre essas duas áreas. Só que isso deixa um espaço gigantesco entra os 7 marcadores e os 3 mais avançados do time, já que D'Alessandro, Taison e Nilmar não podem voltar tanto senão não há movimentos ofensivos na equipe.
Se o ataque volta para marcar também, falta espaço para a saída de bola devido a superpopulação do campo defensivo. E assim é criado o clima de pressão por parte do adversário contra o Inter.
A questão a ser respondida é porque essa recuada em excesso ocorre. E tenho para mim que a responsabilidade é do treinador Tite. Se o meio-campo mostra-se capaz de jogar com a bola nos pés com qualidade e sabe marcar no campo do adversário para retomar mais rapidamente a posse da bola, isso não é feito como visitante por ordem do treinador.
Sim, nenhum clube aguentaria jogar todos os jogos da temporada com essa intensidade que o Inter mostrou até agora na temporada. Mas mudar a característica de maior qualidade do time não pode ser a solução. A marcação mais adiantada mostrou ser o fator fundamental para fazer o Inter jogar bem. A mudança fora do Beira-Rio tira o ímpeto vencedor desses jogadores, que preocupam-se claramente em não sofrer gols.
Ou acha-se um jeito novo de jogar na casa dos adversários ou aplica-se a maneira de atuar no Beira-Rio como padrão também para os jogos como visitante. Afinal um time que quer ser campeão vence onde tiver que vencer, seja com ou sem o apoio de seu torcedor.
-x- Bruno
sexta-feira, 15 de maio de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 14:52 0 respostas
Náutico 0x3 Inter
Quatro goleadas em cinco jogos. Sete jogos em abril e sete vitórias. 27 gols p´ro e 3 gols contra, saldo de +24.
Esse é o ritmo do embalo colorado no mês do centenário em 2009.
Ontem à noite, o Inter abdicou até de correr no "potreiro" dos Aflitos, em Recife. Toques curtos, posse de bola com qualidade, armação de jogadas por tabelas. O Inter mostrou para os pernambucanos o quão favorito chega para o Brasileirão que começa no final da semana que vem.
Três golaços marcram a noite:
No primeiro, Taison tocou para Nilmar na entrada da área. O centroavante tirou o zagueiro Asprilla do lance só com um drible de corpo e fuzilou o goleiro Eduardo.
No segundo, Magrão achou Taison livre dentro da área com uma cavadinha e o goleador colorado na temporada deslocou o goleiro para fazer 2-0.
Já no terceiro apareceu a genialidade do gringo D'Alessandro. O #10 colorado recebeu a bola na linha de fundo, pelo lado direito da área adversária, driblou o marcador com muita categoria - em um espaço limitadíssimo - e tocou para Marcelo Cordeiro fechar o baile.
Nem o péssimo gramado atrapalhou o bom futebol do Inter. Nem mesmo a ausência de Sandro - muito bem substituído por Glaydson - foi capaz de mexer com a superioridade colorada.
O Inter 2009 sobra. E muito...
-x- Bruno.
quinta-feira, 30 de abril de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 14:02 0 respostas
Marcadores: Copa do Brasil, Esportes, Inter, Náutico
Melhor vs Pior
No confronto dos gramados, é sim.
Em eleição feita pelo site globoesporte.com, ano passado, o gramado do Beira-Rio foi eleito o melhor pelos capitães dos times que disputavam a Série A do Brasileirão em 2008. Nesta mesma eleição, o pior gramado foi o do estádio dos Aflitos, casa do Náutico e palco do primeiro jogo da terceira fase da Copa do Brasil 2009 entre os alvi-rubros de Pernambuco e do Rio Grande do Sul.
O Inter, garantido após duas vitórias contra o fraco Guarani de Campinas, é apontado como um dos grandes times do Brasil no momento e pinta com favoritismo inclusive para a conquista da Copa do Brasil.
O Náutico montou um bom time, mas foi dominado amplamente, em âmbitos regionais, pelo rival Sport, ficando em segundo lugar no campeonato pernambucano. Eliminou com dificuldades o Criciúma na fase anterior, quando empatou por 2-2 fora de casa e fez 3-2 nos Aflitos, de virada e com dois gols marcados nos últimos 10 minutos de jogo.
O Inter de Tite irá a campo com Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro e Kléber; Sandro (Glaydson), Magrão, Guiñazú e D'Alessandro; Taison e Nilmar. A dúvida entre Sandro e Glaydson é justamente por causa do gramado. Sandro tem um problema na panturrilha e, a princípio, não deve jogar. Um único desfalque. Beeem diferente de quando foi ao Recife pela última vez na Copa do Brasil - derrota por 3-1 para o Sport, quartas de final da edição 2008, onde jogaram na volancia os gloriosos Pessanha (?) e Derley, hoje no adversário Náutico.
O Náutico de Valdemar Lemos irá a campo com Eduardo; Gladstone, Negretti e Asprilla; Sidny, Vágner, juliano, Carlinhos Bala e Wellington; Gilmar e Adriano Magrão. Sem dúvidas, mas com seis desfalques. Galiardo e Jhonny estão suspensos. Derley, por ser do Inter, não pode jogar. E os laterais Carlinhos e Ângelo, além do atacante Somália (siiim, ele mesmo), foram dispensados. Anderson Lessa, centroavante jovem que foi destaque na Copa SP, em janeiro, deve figurar no banco, apesar da pressão pela sua escalação por parte da torcida.
O confronto promete ser equilibrado, um dos mais equilibrados até, ao lado de Corinthians e Atlético/PR. E os destaques, Gilmar e Taison, que somam 37 gols na temporada (19 de Gilmar e 18 de Taison), podem decidir em lances individuais.
Não é o adversário ideal. Muito menos o palco ideal. Mas o Inter precisa espalhar pelo Brasil que tem um time forte para ganhar tudo que disputar.
-x- Bruno.
quarta-feira, 29 de abril de 2009 | Escrito por Bruno Cassali às 15:04 0 respostas
Marcadores: Copa do Brasil, Esportes, Inter, Náutico
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