Busca

Pesquisa personalizada

Insubordinação

São muitas as vezes que um funcionário qualquer chega a ponto tal de insatisfação com o serviço a ponto de brigar de fato com seus superiores.


Casos clássicos de insubordinação são punidos com avisos prévios, multas e até mesmo a suspensão ou demissão de quem portou-se mal.

A má conduta de um funcionário pode, inclusive, gerar outros questionamentos aos que comandam, acarretando em problemas de falta de comando no futuro.

Hoje, presenciamos minuto a minuto a angustiante reunião entre a diretoria do Santos e o técnico Dorival Júnior. Tema: Caso Neymar.

E eis que um resultado inédito - pelo menos para mim - acaba de ser anunciado.

O insubordinado, tão talentoso quanto mimado, Neymar conseguiu provocar tal furor na diretoria do Santos que o treinador acaba de ser demitido do time da Vila Belmiro.

Se serve de consolo, Dorival será o único que não terá seu currículo manchado por isso.

A diretoria do Santos perdeu toda a moral que tinha ao dar razão a uma molecada de um piá de 18 anos.

Neymar, garoto de talento, cada vez mais parece partir para o lado ruim da bOlERágiH, cujo patrão mor é seu ex-parceiro de Santos, Robinho.

Júnior, o comandante, manteve sua postura e tomou uma rasteira de um dirigente que não cumpriu sua palavra.

Diria o dito de uma roda de amigos: Um homem é um homem.

E Dorival mostrou ser Homem, com "H" maiúsculo.

-x-

Bruno Cassali

O jogo de Seu Luiz

Acho que faz mais de 4 meses que não posto aqui. Não que eu tenha abandonado o espaço, mas é que ando meio desiludido com alguns rumos tomados... Então, tô trabalhando pra tentar mudar isso.

O texto abaixo vai estar na edição de setembro da Revista Doentes por Futebol, publicação on line que participo desde janeiro.

Abraços aos que lerem. Ou não. Vai saber...
____________________

O jogo de Seu Luiz - 18/08/2010

O canto era o da sorte. Do mesmo lugar, vi o São Paulo ser esmagado na primeira semifinal, em um daqueles 1x0 injustos, onde o goleiro adversário fora o melhor em campo. Faltavam três horas para o apito inicial, precisava comer alguma coisa pra ver se passava a ansiedade. Na volta do bar, meu lugar estava ocupado.

Sentei-me bem ao lado do intruso, que não demonstrava nenhum sinal de reação. O pensamento coerente dizia pra não ficar irritado com aquilo, pois éramos melhores e superstições são recursos dos mais fracos e descrentes no seu potencial. Mas eu queria o meu lugar. Escorado na pilastra, debaixo da placa do Tumelero, entre a linha da pequena e da grande área à esquerda do gol do Gigantinho.

Lá estavam duas pessoas. Que estavam ali com o mesmo propósito. Que não se conheciam. Mas compartilhavam de um mesmo sentimento: o amor pelo clube do coração.

E era óbvio que elas tinham que conversar entre si, afinal aqueles que adentravam ao gramado do Gigante da Beira-Rio eram o motivo por estarem ali. E foi justamente quando o General Bolívar, o libertador da América, pisou dentro do campo que trocamos as primeiras palavras:

- Cara, não te conheço, mas to muito nervoso... – Disse o senhor.
- Meu velho, não te preocupas. Hoje não tem como dar nada errado, olha pra esse Estádio! – argumentei, para, em seguida, cumprimenta-lo com a mão direita.

Quando os mexicanos abriram o placar, bem na nossa frente, seu Luiz me contava do seu trabalho na Polícia Civil no Partenon, um dos bairros com maior criminalidade de Porto Alegre. Ele já se apresentara contando que, para ver o jogo ao meu lado, tinha comprado ingresso para a torcida adversária. “Eu vi Falcão e os times da década de 1970, não poderia ficar de fora dessa final”, dizia ele, que não estivera no Gigante contra o São Paulo em 2006 por motivos de doença.

Debaixo de seu casaco cinza, a camisa vermelha ficava escondida dos mexicanos. Um abençoado policial que cuidava da divisória entre as torcidas foi solidário com seu drama, fazendo-o atravessar para o tão sonhado encontro com outros correligionários vermelhos.

No segundo tempo, seu Luiz era só nervosismo. “Sóbis ta mal, não segura a bola na frente. E o Nei é muito limitado, jogador só esforçado não adianta pra ser campeão!”. Quando o garoto de Erechim empatou o cotejo, seu Luiz celebrou beijando o escudo na camisa surrada, da época que Fabiano Cachaça entortava as defesas adversárias. Antes do segundo gol, ele chingara Leandro Damião.

- Esse não joga nada, nunca fez nada demais quando entrou em campo – opinou.
- Pois hoje é o dia que ele irá nos calar a boca e fazer o gol da vitória – falei sem pretensão.

Eis que, dois minutos depois, após arrancar do campo defensivo, o #21 invade a área e desempata a partida. A primeira reação do seu Luiz foi puxar o meu braço, antes da bola entrar calmamente no gol mexicano, para comemorar aos berros: “Tu disse, meu guri! Tu disse!”.

Ao final do jogo, quando Giuliano marcou seu sexto – e mais belo – gol na Libertadores, veio em nossa direção para comemorar o título colorado. Em meio a multidão enlouquecida ao ver o #11 de braços abertos no alambrado, seu Luiz não se conteve: virou para o pilar e chorou. Ao olhar para o lado, o vi no lugar onde eu deveria estar, senti-me recompensado. Nós, partes integrantes da nação alvi-rubra que marchara em direção ao Gigante durante todo o dia 18 de agosto, merecíamos aquele momento.

Talvez eu não veja mais o seu Luiz, assim como não vi o segundo gol do time de Guadalajara. Mas ambos guardaremos na memória o bicampeonato da América que vimos, lado a lado, atrás do gol do Gigantinho...

por Bruno Cassali.

Confronto do ano

Um jogo do naipe do que tivemos nesta quarta, em Porto Alegre, certamente só daqui uns 5 anos.

Não só pelos sete gols, pelo pênalti perdido, pelas bolas na trave, pelas defesas do goleiro santista no primeiro tempo. Grêmio e Santos foi grandioso como a história desses dois clubes.

Foi magistral como Renato; foi genial como Pelé; foi preciso como Pepe; foi decisivo como Jardel.

E só fez parte do confronto do ano no país: a semifinal da Copa do Brasil.

Alguns fatores extra-campo contribuiram para isso: o Olímpico lotado, com quase 50 mil pessoas apoiando as equipes; a motivação do convocado Robinho; a gana dos não-selecionados Victor e PH Ganso.

Em campo, foram dois tempos distintos, mas com muita qualidade futebolística.

No primeiro tempo, o que se viu foi um Grêmio abatido e perdido taticamente - com a improvisação de Hugo na ala esquerda e os três zagueiros marcando a distância os rápidos avançados da Vila.

Com esse panorama criado, André foi o primeiro destaque: fez 1-0 após escanteio da esquerda - contando com uma falha anormal do goleiro gremista - e ampliou o placar na sequência, depois de passe milimétrico do #10 de branco.

Aliás, o #10 de branco não era Pelé, mas foi protagonista de um lance na primeira etapa digo de tal alcunha: Ganso recebeu na área e, com Victor saindo a seus pés, tocou levemente a bola por cima do goleiro. A esfera, caprichosamente, beijou o travessão para completar o magistral lance, como de afirmasse que o bonito não é fazer o gol e sim acertar o local mais difícil na meta.

Com 0-2 no placar, Silas buscou consertar seu torto Grêmio em campo com uma realocação de peças: Hugo voltou a ser meia, Mário Fernandes foi jogar na lateral direita e Edílson, improvisado, foi parar do lado esquerdo do campo.

As mudanças surtiram efeito ainda antes do intervalo: William Magrão fez grande jogada pela esquerda e foi derrubado por Durval dentro da área. Porém, na cobrança do pênalti, Jonas bateu mal, no meio do gol, e Felipe defendeu com os pés.

Felipe, jovem goleiro santista que não passa o mesmo encantamento futebolístico que o trio ofensivo Ganso-Neymar-André, era outro dos destauqes do tempo inicial da peleja. Adílson e Borges já haviam parado no paredão da baixada santista antes da defesa do pênalti.

A torcida reclamava no estádio, o time não conseguia impor o ritmo de pressão que costumava fazer no Olímpico e o confronto parecia definido ainda que estivesse terminado somente a primeira parte das quatro que compõem um confronto de mata-mata.

Mas o futebol adoora aprontar das suas. E os deuses que o comandam pareceram trocar a chavezinha que controla quem daria espetáculo em campo para o segundo tempo...

E outro dos personagens da partida entrou em cena: Borges, o matador inapelável.

Quando nada parecia ter mudado, o #9 tricolor aproveitou a falha da zaga santista para descontar. Em seguida, Douglas roubou a bola no meio-campo e, após passar por Jonas, a jogada terminou com o bico da chuteira de Borges empurrando a bola pras redes.

O jogo estava empatado em dois lances fatais para um jogador do Santos: Rodrigo Mancha.

O volante entrara em campo para substituir Marquinhos e dar uma força maior de marcação ao time de São Paulo. Mas com ambas falhas dos gols gremistas indo parar na sua conta, Dorival Júnior foi rápido no gatilho e tirou o centro-médio de campo, proporcionando aos espectadores do jogo pela TV uma cena engraçada, mas também triste e lamentável: Mancha, visivelmente transtornado pelos ocorridos, balbuciava palavrões e chingamentos a si próprio enquanto socava o reservado dos visitantes.

Com o 2-2 no placar, já tínhamos um grandioso espetáculo em campo. Mas se Borges marcou, o outro membro da dupla infalível tricolor não poderia ficar apra trás. E Jonas fez isso em grande estilo: um chutaço da entrada da área, no ângulo de Felipe, para colocar o Grêmio na frente.

O Santos estava atordoado em campo. A torcida enlouquecia nas arquibancadas com a virada improvável. Silas agradecia aos céus o milagre em campo. Mas a dupla mais infernal do Brasil sacudiu as estruturas do Olímpico novamente. Jonas lançou Borges em condição legal. E o camisa #9 enquadrou o corpo antes de colocar no canto esquerdo de Felipe.

O 4-2 no placar era enganoso e cruel. Enganoso porque se falássemos em 5-5 não estaríamos diante de uma falácia. Cruel pois a bola jogada pelo Santos na primeira etapa não merecia dois gols de diferença contra si no placar.

E a justiça divida resolveu colocar mais emoção ainda para os 90 minutos finais dessa disputa com outra oubra prima de Paulo Henrique Ganso. O jovem paraense dominou em frente a área, sem espaços, e lançou com primor a bola no peito de Robinho, para este estufar as redes defendidas por Victor.

Sabe aquele jogo que todo mundo estava lá vendo, que todos guardam com carinho na memória? O Grêmio 4 x 3 Santos de ontem já entrou nesse roll de partidas memoráveis do futebol.

E olha que ainda faltam outros 90 minutos...

-x- Bruno Cassali

Gre-Nal 380

Em jogo com cara de clássico Gaúcho - campo molhado, jogo pegado e alguns bate-bocas -, o Grêmio saiu-se vitorioso do primeiro jogo da final do Gauchão 2010, praticamente conquistando o caneco com o 2-0 de hoje, em pleno Beira-Rio.

Silas, sem nenhum lateral esquerdo disponível, optou pelo jovem zagueiro canhoto Neuton no setor. A mesma aposta fez Jorge Fossati, improvisando Juan na posição do lado vermelho.

No restante dos onzes iniciais, nada de muito diferente do que anunciava: Hugo substituiria Douglas, suspenso, e o Inter vinha completo, mesmo que o maior enfoque seja na Taça Libertadores da América.

No jogo, o primeiro tempo começou equilibrado até Borges perder um gol cara a cara com Abbondanzieri. O lance parece ter acordado o colorado, que dominou a metade final do 1º tempo. Wálter obrigou Victor a fazer grande defesa. Na sequência, o goleiro da seleção brasileira falhou na saída do gol e Edílson salvou o Tricolor em cima da linha fatal.

Na segunda etapa, Ferdinando deu lugar a Adílson, renovando o fôlego da marcação gremista e o lado azul tomou conta do jogo. D'Alessandro voltou a esconder-se na ponta direita, esquecendo de armar os vermelhos, enquanto Borges e Jonas tripudiavam em cima de um apático Juan.

Em escanteio da direita, Sorondo não alcançou a bola, Rodrigo ganhou de Sandro na velocidade e cabeceou pro gol: Grêmio 1-0.

A vantagem gremista obrigou Fossati a abrir o time colorado, tirando Sandro para a entrada de Edu. Com isso, um paciente Grêmio manteve a posse da bola e, no final, matou o confronto: falta da direita e o matador Borges cabeceou livre no segundo poste para ampliar: Grêmio 2-0.

O confronto - em consequência, o título - está definido. A vantagem construída pelo time de Silas é muito grande e permite ao Grêmio jogar como mais gosta historicamente: com o regulamento debaixo do braço.

Agora, mudança de foco para a dupla: no meio de semana, o desafio vale muito mais que a conquista regional.

-x- Bruno Cassali

Os 23 de Dunga

O clamour popular por jogadores que não irão à Copa começou com Ronaldinho, há dois meses.

Hoje, os focos da mendigância do povo para com Dunga são Ganso e Neymar, dupla de garotos formada na Vila Belmiro que está arrebentando no início de 2010.

Mas a coerência das convocações desses quase quatro anos da Era Dunga no banco de reservas me faz crer que exite apenas uma vaga em jogo entre os 23 que irão para o Mundial da África do Sul, que começa em 11 de junho.

Júlio César, Victor e Doni serão os goleiros. Gomes, em caso de lesão de algum dos três, é a opção #4.

Os melhores laterais direitos do mundo - Dani Alves e Maicon - são, hoje, inquestionáveis.

Na esquerda, a confiabilidade não é nem de longe a mesma que na direita. Mas Gilberto e Michel Bastos parecem ter garantido a vaga nos últimos jogos. Kléber? Marcelo? André Santos? Todos parecem ter queimado o filme com o professor.

Na zaga, Thiago Silva ficou com a quarta vaga depois desse início de 2010 desastroso de Miranda. Luisão, Lúcio e Juan estão sólidos em suas posições desde 2006.

Kaká, Júlio Baptista, Elano e Ramires são os meias - mesmo apenas um deles sendo armados por natureza.

O ataque, mesmo com os problemas de Adriano e a recente má fase de Robinho - obscura hoje em dia pela sua volta ao Brasil e o excelente time do Santos -, chegaram a colocar em cheque o quarteto escolhido. Mas os dois, junto com Nilmar e Luís Fabiano, representarão o Brasil na Copa 2010.

A vaga que sobra no grupo está volância: Felipe Melo - mesmo na obscuridade na Juventus -, Josué e Gilberto Silva são imutáveis, três homens de confiança de Dunga.

A outra vaga, recentemente ocupada por Kléberson, ainda está em jogo, muito em função das possibilidades de multifuncionalidade dos laterais e meias, que jogam tanto em suas posições de origem quanto quebram um galho como #5 ou #8.

Anderson já foi chamado mas está fora dos planos. Sandro, do Inter, foi convocado recentemente e pode ser surpresa. Mas esxite grande chance dessa quarta vaga mudar de função e aparecer um quinto meia ou atacante.

E aí mora a chance de UM ÚNICO JOGADOR ir à Copa.

Quem sabe um meia, como Ganso ou Ronaldinho.

Ou será um atacante, como Neymar - ou quem sabe o rechonchudo Ronaldo.

Mas creio mesmo que irão Kléberson ou Sandro, com maiores possibilidades para o colorado.

Como dizem por aí: anotem...

-x- Bruno Cassali

Sobre escritas e elogios

Escrever sobre elogios me parece coisa de egocêntricos incuráveis. Mas quando os elogios vem de pessoas que nunca te viram na vida e das que convivem contigo em quase todos os momentos, deve ser sinal de que o trabalho está sendo bem feito.

Há pouco mais de dois meses, um novo projeto consome boa parte de meus momentos livres. Mas tá sendo tão bacana e tão lisonjeante participar desse novo mundo, mesmo que ele não seja palpável, que todo o suor vale a pena.

Ainda mais quando essa dedicação é compensada com algumas frases que prestigiam teu trabalho.

Quem elabora textos sabe o quão difícil é acertar o ponto das críticas junto com os dados da informação. O resultado de um complexo trabalho de junção de ideias nem sempre é interessante. Diria que, às vezes, mal beira o satisfatório.

Mas, chegando ao terceiro produto dessa nova jornada, recebendo alguns gloriosos toques e palavras sinceras de parabenização pelo trabalho realizado, começo a achar que valha até mais esforço esse caminho recém desbravado.

Vai dar certo, ah vai..

O Inter de Fossati

Me recusando a falar sobre o jogo em horário de balada de ontem (hoje?), me foquei em analisar os esquemas das equipes em campo, sem me preocupar com o que e quem fazia as coisas acontecerem no gramado.

Na Libertadores, o Inter joga com sua força máxima disposta pelo treinador, Jorge Fossati, em seu esquema favorito: 3-6-1. Mesmo com Edu, atacante do origem, em campo, a disposição das peças não muda nem por decreto.

O goleiro, Pato Abbondanzieri, foi contratado por dois motivos primordiais para o time/grupo: primeiramente por ser uma liderança nata, uma pessoa acostumada a ganhar, principalmente nos torneios continentais. "Segundamente" por ter uma saída de bola rápida e qualificada, capaz de armar contra-ataques ou se tornar a principal arma ofensiva (:O) da equipe - como foi agora há pouco, no Equador.

O trio de zagueiros está presente para dar segurança a zaga. Um é mais lento (Sorondo contra o Deportivo Quito, mas Bolívar é o titular da posição), sobra na marcação dos atacantes e é a segurança nas bolas aéreas. Os outros dois jogam um de cada lado e serviriam, na teoria, para desafogar a saída de jogo pelas laterais quando os espaços rarearem. No Equador, Juan foi muito bem defensivamente e Índio não comprometeu o sistema de retaguarda. Mas a parte da ajuda com a bola nos pés... Bem, esquece. A altitude não pode ser desafiada, dizem por aí.

A dupla de volantes também ajuda, no papel, a armar a equipe com a bola nos pés. Porém, a marcação é o forte real de Sandro e Guiñazú. Um é o #5 clássico, jogando com o estilo esguio de um #8 tradicional. O outro é o #8 pelo lado esquerdo, apesar da camiseta levar o #5 nas costas.

Nas laterais, o equilíbrio teórico de um esquema com 3 zagueiros faria com que, ordenadamente, sempre um deles tivesse no apoio. Bruno Silva já mostrou ter fortes limitações na questão ofensiva. Marcar é a dele, passando assim a obrigação de municiar os homens mais avançados do time para Kléber. Mas este tem a Síndrome de Riquelme: longíquos e frequentes sumiços em campo, como se o plug da tomada fosse desligado repentinamente e as pessoas demorassem a perceber o ocorrido.

Com esse excesso de gente na metade defensiva do gramado, o atque fica abandonado, com três almas penadas vagando sem sentido e rumo, como invasores em terras alheias.

Giuliano, centralizado ou mais à direita do campo, atua(ria) como elo criativo, realizados da função original de um #10. Seu porte físico e a marcação dos adversários o fazem sucumbir em meio a imensidão da intermediária adversária povoada por volantes inimigos. Criar, só se for dentro da área ou tocando a bola para trás, pois em progresso - sem nenhuma ajuda - só em lampejos de genialidade.

Edu é um novo Ronaldinho. Mais velho, tão experiente quanto, atuando na mesma posição, da mesma forma, com a mesma vontade que o #80 milinista: NE-NHU-MA. Parece lutar contra adversários de porte de um Maicon, um Daniel Alves, quando na verdade joga diante de um zagueiro/lateral direito qualquer e insignificante.

Na centroavância, Alecsandro só não morre de fome porque é voluntarioso. Se não voltasse para os escanteios e não se dispusesse a ajudar na marcação da saída de bola, tocaria na bola menos de 5 segundos por jogo. Ontem, preso entre três zagueiros, sua obrigação ainda sim foi quase cumprida a risco quando, após o único momento lúcido/criativo da equipe no jogo, inventou um remate de primeira da entrada da área e acertou a trave do goleiro equatoriano - ou seria argentino, já que eram muitos os "hermanos" no adversário do topo do morro.

O que mudar, antes que a vaca vá para o brejo? Fossati? Não. O jeito de jogar de Fossati? Talvez. O time do uruguaio tem que jogar mais, propor disputa, arriscar-se ofensivamente. Quer jogar com três zagueiros, tire Sandro ou Guiñazú do time, colocando mais um atacante de ofício na parada. Trocar a segurança do trio defensivo por alguém de mais criatividade me parece a discórdia pontual entre o que joga e o que pode jogar a equipe alvirrubra.

Soltar-se diante do Avenida, do São Luiz, mesmo atuando em potreiros do interior do Estado, nada mais é que impor sua grandeza diante dos outros clubes. E isso pode, deve, tem que ser feito também (e principalmente) em competições continentais como a Libertadores.

Porque vence quem joga bola, não quem tem medo de jogar.

-x-
Bruno Cassali

Grenal de Erechim, versão 2010

Assim como a nomenclatura dos turnos do Gauchão (Taças Fernando Carvalho e Fábio Koff), repetiu-se em 2010 o mando do único clássico Gre-Nal garantido por tabela no campeonato estadual. Erechim tem como palco o Colosso da Lagoa, estádio com bom aspecto geral e grande o suficiente para abrigar um evento dessa magnitude.

Fossati, no segundo jogo oficial de seus principais comandados, manteve o esquema de três zagueiros, mas colocou o veloz Taison na frente em detrimento a Andrezinho, já que D'Alessandro está fora pelo menos por um mês.

Silas, com elenco menor em quantidade e qualidade técnica que o rival, escalou o que tinha de melhor e contou até com uma boa partida de sua equipe, mas foi extremamente infeliz nas substituições e, de lambuja, ganhou um problema gigantesco para a sequência da temporada: Souza saiu de campo com um problema no joelho que deve afastá-lo do time tricolor por algum tempo.

Victor, goleiro da seleção brasileira, mais uma vez foi o nome gremista no clássico: fez grandes defesas no primeiro tempo após duas cabeçadas coloradas e uma chegada na pequena área de Alecsandro.

Pelo lado vermelho, Giuliano provou ser imprescindível ao time alvi-rubro, sendo o responsável pelo primeiro combate na meia-cancha além de armar grande parte dos ataques colorados.

No segundo tempo, na hora onde todos pensam que nada mais vai acontecer, já que o 0-0 perdurava por mais de 75 minutos, brilhou a estrela de Fossati e seu banco de reservas mais qualificado. Andrezinho, que adentrara no gramado em lugar do exausto Giuliano, fez lançamento longo para Edu, substituto de Taison, que literalmente tomou uma bola nas costas, desviando a pelota da zaga gremista e deixando-a na feição para o balaço de primeira do centroavante Alecsandro: Inter 1-0.

A perspectiva de melhora colorada deixa a impressão de que, dia 23, na estreia da Libertadores 2010, a engrenagem vai estar bem azeitada para a principal competição do ano pós-centenário.

O Grêmio fez boas contratações, manteve destaques de 2009 e apostou no comando. Se as melancias tiverem tempo para se ajeitarem no caminhão, o caminho promete ser vitorioso. Mas a continuidade do trabalho tem que ser preservada, afinal o mundo não é só Gre-nal, apesar de às vezes parecer...

-x-
Bruno Cassali

Douglas vs. Douglas

Um é Douglas dos Santos, 30 anos a serem completos em 18 de fevereiro, camisa 10 clássico, formado nas categorias de base do Criciúma, onde chegou aos profissionais em 2002. Após passagens rizespor, da Turquia, São Caetao e Corinthians, acaba de trocar o Al Wasl, dos emirados Árabes Unidos, pelo Grêmio.

O outro é Douglas Costa de Souza, 19 anos, garoto sensação das categorias de base do futebol brasileiro, formado nos campos de areia do bairro Cristal em Porto Alegre. trocou o Grêmio, onde se profissionalizou em 2008, pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia no início dessa temporada.

Dois são os fatores comuns dessa comparação: os dois Douglas tem nomes bem brasileiros, mas trajetórias de carreira bem distintas. E encontram o Grêmio em situações completamente diferentes.

O garoto formado em casa foi vendido pelo clube para saldar dívidas oriundas de outras administrações. Foi embora também por não ter correspondido a expectativa de tornar-se a estrela da companhia gremista em 2009. Douglas Costa tem muito potencial, mas mostrou muito pouco futebol nos profissionais.

O meia mais velho passou quatro longos anos no Criciúma, antes de arriscar-se pela primeira vez no futebol do exterior. Após breve passagem pela Turquia, Douglas foi destaque no São Caetano vice-campeão do Paulistão em 2007. No Corinthians, foi astro da companhia na campanha vitoriosa da Série B 2008 e da Copa do Brasil 2009. Chega ao Grêmio depois de ficar milionário por seis meses, em uma breve passagem pelo futebol dos Emirados Árabes.

Na comparação de jogo, bola por bola, o mais velho leva a vantagem momentânea de ser um nome consolidado no mundo do futebol. Me parece claro, porém, que DC tem muito mais potencial de crescimento, não só pela sua juventude, mas também pela maior qualidade técnica, mesmo que ela ainda esteja um tanto quanto obscura no futebol profissional.

O Grêmio, que gastou quase metade do valor arrecadado com a promessa no meia armador de qualidade, saiu ganhando também por conseguir repor uma peça de seu grupo gastando menos do que arrecadou.

Penso que essa situação seja um exemplo bacana de transação onde todas as partes sairam ganhando alguma coisa. Inclusive o futebol...

Faz tanto tempo...

Não prometo nada, mas me decepciono com meu comprometimento nulo com esse espaço.

Fim de ano, começo de outro. Tempo para reorganizar as ideias e colocar novos pensamentos em mente. Até em prática, quem sabe.

Dois mil e dez já tem 3 semanas, não começou com muitas mudanças. Mas planos existem e precisam de pensamento positivo e perseverança para que sejam colocados em prática.

Aprendi com o tempo que novidades não aparecem na virada do ano, com um simples mudar de numeral em um calendário planejado há séculos. Mudanças são planilhadas e executadas todos os dias, basta correr - e muito! - atrás disso.

E isso, tenham certeza, estou fazendo.

"Vambora que vamo, ae!", diz a introdução de uma música nem tão agradável, muito menos propícia para o momento. Mas a frase pontual encaixa de forma sublime no momento atual.

-x- Bruno

Pós Sorteio

Depois da cobertura em tempo real, uma análise mais detalhada do sorteio:

GRUPO A : ÁFRICA DO SUL, MÉXICO, URUGUAI E FRANÇA

França e México devem passar. Uruguai deve brigar muito contra o México. Difícil a África do Sul aprontar alguma coisa.

GRUPO B : ARGENTINA, NIGÉRIA, COREIA DO SUL E GRÉCIA

Argentina e Nigéria levam o favoritismo, mas Coreia do Sul e Grécia não são tão bobos assim e brigarão muito para passar às oitavas-de-final.

GRUPO C : INGLATERRA, ESTADOS UNIDOS, ARGÉLIA E ESLOVÊNIA

Inglaterra sobrará nesse grupo. EUA devem se classificar também. Eslovênia e Argélia devem fazer figuração.

GRUPO D : ALEMANHA, AUSTRÁLIA, SÉRVIA E GANA

Grupo da morte nº 01: Austrália e Sérvia tem times fisicamente muito fortes. Gana é um dos dois países da África que tem bons times. E os alemães tentarão se impor diante dos oponentes.

GRUPO E : HOLANDA, DINAMARCA, JAPÃO E CAMARÕES

Holanda e seu futebol moleque versão 2010 deve passar em primeiro. Dinamarca e Camarões brigam pelo segundo lugar, posição que o Japão sonha, mas não deve alcançar.

GRUPO F : ITÁLIA, PARAGUAI, NOVA ZELÂNDIA E ESLOVÁQUIA

Paraguai e Itália são bem superiores a Nova Zelândia e Eslováquia. A ilha da Oceania é a grande favorita a saco de pancadas do Mundial.

GRUPO G : BRASIL, COREIA DO NORTE, COSTA DO MARFIM E PORTUGAL

Grupo da Morte versão nº 02: A Coreia do Norte será a sparring de luxo, talvez decidindo as vagas à segunda fase pela quantidade de gols que levará de seus adversários. Brasileiros, portugueses e marfinenses brigarão de foice no escuro por duas vagas.

GRUPO H : ESPANHA, SUÍÇA, HONDURAS E CHILE

Espanhóis estão anos luz à frente de seus adversários do Grupo H. O Chile deve lutar contra a Suíça pela vaga nº02. Honduras não deve tomar de muito desses dois últimos adversários, por isso será a 31ª colocada no Mundial, e não a última.

-x- Bruno

Sorteio dos Grupos da Copa 2010

Em tempo real, acompanhando a definição dos grupos, que pode ser até mais emocionante do que alguns jogos da Copa.

Em tópicos, atualizando a cada novo acontecimento!

- Taça Fifa é linda demais. Não importa se é a original ou não.

- Agora rolando a apresentação das 32 seleções:
ÁFRICA: África do Sul, Argélia, Camarões, Costa do Marfim, Gana e Nigéria
EUROPA: Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, França, Sérvia, Eslováquia, Grécia, Eslovênia, Portugal, Inglaterra, Suíça e Dinamarca
AMÉRICAS: Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, México, Estados Unidos e Honduras.
ÁSIA e OCEANIA: Áustrália, Nova Zelândia, Japão, Coreia do Sul e Coreia do Norte

- Os vídeos de apresentação são longos, mas são bacanas. Primeiro as 32 seleções, agora um breve remember das edições anteriores da Copa.

- Eusébio, craque português melhor que Cristiano Ronaldo, chamado ao palco; Vídeos de futebol no telão, parece que não demorará para começarem a abrir bolinhas...

- Mais dancinhas no palco... Toda cerimônia realmente tem que ter apresentações de culturas locais mesmo?

- Ó... Bolinhas no palco! Charlize Terron também! Vai começar...

- Copas a partir de 1970 no telão... bacana a edição e a montagem, que misturam álbuns de figurinhas e vídeos!

- A nata do futebol deve estar presente no sorteio. Queria estar lá pra conhecer figuras como Eusébio, Milla e tantos outros...

- Começaram as explicações pro sorteio... Convidados subindo ao palco para decidir os grupos nas bolinhas

- Lembrando - África do Sul já é a cabeça de chave do grupo A.

- Cabeças de chave no POTE 1; Concacaf e Ásia/Oceania no POTE 2; África e Comebol no POTE 3; Europa no POTE 4.

- Levaram um anão pro palco que tem uns 30cm menos que a Charlize... AHAHAHA

- Beckham continua modelete de sempre... Contato com a bola da Copa ele só teve na apresentação dela

- Começou o sorteio!!!

- Argentina no Grupo B; Inglaterra no Grupo C; e Alemanha no grupo D;

- Holanda no Grupo E; Itália no F, Brasil no Grupo G e Espanha no Grupo H;

- México no grupo A, faz o jogo de abertura contra a África do Sul.

- Coreia do Sul com a Argentina no Grupo B.

- Estados Unidos no Grupo C com a Inglaterra.

- Austrália no Grupo D, ao lado da Alemanha, posição 2;

- Japão no grupo da Holanda, o E;

- No da Itália, caiu a Nova Zelândia; Só sobrou baba pro Brasil: Coreia do Norte ou Honduras;

- Coreia do Norte contra o Brasil no Grupo G, logo no primeiro jogo;

- Honduras contra os espanhóis no Grupo H;

- Pote 3! Vamos lá!

- Nigéria é a primeira, não pode ser do grupo A, vai pro grupo B, da Argentina;

- Costa do Marfim é a segunda sorteada, vai direto pro grupo do Brasil, pois não pdoemos enfrentar os sul-Americanos.

- Argélia vai pro grupo C, ao lado de Inglaterra e EUA;

- Uruguai deu sorte, vai pro grupo da África do Sul...

- Gana contra alemães e australianos, no grupo D.

- Camarões no grupo de Holanda e Japão, o E;

- Paraguai no grupo de italianos e da Nova Zelândia;

- Chile no último grupo, o H, ao lado de Espanha e Honduras;

- Pote 04, lá vamos nós!!

- Cantei a pedra: França no grupo da África do Sul!

- Grècia no grupo de Argentinos, sul-coreanos e nigerianos;

- Eslovenos no grupo de Inglaterra, EUA e Argélia

- Sérvia no grupo D, ao lado de Alemanha, Austrália e Gana;

- Grupo E: Dinamarca com Holanda, Japão e Camarões;

- Grupo F: Itália, Paraguai e Nova Zelândia terão a companhia da Eslováquia... Pode pintar Portgual pro Brasil;

- Portugal diante do Brasil... Grupo difícil, com a Costa do Marfim e Coreia do Norte

- Suíça ao lado de Espanha, Chile e Honduras no último grupo.

- Cristiano Ronaldo e Drogba contra Lúcio e Luisão... Belo teste pro Brasil logo de cara, na primeira fase;

- O Grupo da Morte - GRUPO D: Alemanha, Sérvia, Austrália e Gana.

- O baba: GRUPO H: Espanha, Suíça, Honduras e Chile.

- E a França com muito mais sorte que juízo... Em suma, foi cabeça de chave também

- Gostei do sorteio, chaves equilibradas e promessa de jogos bacanas como Honduras vs. Chile, Grécia vs. Coreia do Sul e Argélia vs. Eslovênia... Jabulani, a bola, é bacana também.

Abraços a todos!

-x- Bruno

Fecharam-se os 32!

A rodada de ontem pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010 definiu os 32 países que terão direito a uma vaga na fase final do torneio, a ser disputada na África do Sul na metade do ano que vem.

Emoção, transpiração, nervosismo, qualidade. Nada disso faltou nos últimos 6 confrontos de repescagem.

França 0-1 Irlanda (1-0 na prorrogação): Dois momentos distintos marcaram o confronto mais impróprio para cardíacos da repescagem.

No tempo normal, a Irlanda surpreendeu os franceses ao fazer 1-0, ainda na primeira etapa, com Robbie Keane, após grande jogada do winger esquerdo Damien Duff.

A França foi um time atabalhoado, mal organizado e sem jogadas de ataque eficientes, apesar de Raymond Domenech escalar Henry ao lado de Gignác e Anelka (Cadê o Benzema, professor?!?!).

Na prorrogação, Giovanni Trapatonni optou por colocar a Irlanda a se defender e foi castigado com o lance mais polêmico do ano futebolístico. A falta cobrada pelo lado direito atravessava a área rumo à linha de fundo. Mas henry, encoberto por inúmeros jogadores, companheiros e adversários, dominou a bola com a mão e ajeitou-a com um leve tapa para conseguir cruzá-la em direção a Gallas, que marcou o gol da classificação dos bleus para a África 2010.

A França poderia se classificar com outro gol na prorrogação, ou até nos pênaltis, mas ficará sempre na memória o gol irregular que eliminou a Irlanda da fase final do Mundial.

Argélia 1-0 Egito - O confronto extra entre os africanos do norte foi realizado em campo neutro, no Sudão, mas não teve nada de amistoso. Bombas, foguetórios, brigas e tumultos foram corriqueiros na reedição do jogo do último final de semana, onde o Egito havia vencido por 2-0 e forçara o jogo extra.

Yahia, no finalzinho do primeiro tempo, deixou o argelinos com a vantagem para retornar à Copa depois de 28 anos. Apesar da vantagem de jogar mais perto de casa, os egípcios não conseguiram superar as dificuldades e ficaram fora da Copa, apesar do bom time.

snia 0-1 Portugal - Foi menos difícil do que se esperava. Diante de um adversário nervoso, os portugueses mostraram maior tranquilidade para manter a vantagem. E ainda ampliá-la na segunda etapa, com um gol do meia Raúl Meireles, após intensa disputa de Nani e Liédson contra a zaga bósnia.

Ibisevic e Dzeko pararam em Ricardo Carvalho e Bruno Alves, que contaram com mais uma grande atuação de Pepe como primeiro volante. Liédson fechou como o #9 como ninguém desde Pedro Pauleta. E, mesmo com a vitória, ficou claro que o time depende demais de Cristiano Ronaldo.

Ucrânia 0-1 Grécia - Dois times que deixam muito a desejam e fariam figuração na Copa, qualquer um que passasse. Porém a Ucrânia tinha a vantagem de ter empatado fora de casa, jogava ao lado de sua torcida. Mas nem Shevchenko foi capaz de segurar o contra-ataque grego, que culminou a finalização cruzada de Salpingidis.

Sheva não vai a Copa, mas os campeões da Euro 2004 vão pela primeira vez em 16 anos. Nos EUA, em 1994, a Grécia fez fiasco mas marcou nome na história: foi o sparring de Maradona em seu último jogo em Copas: 4-0 Argentina, com direito a gol do gênio.

Eslovênia 1-0 Rússia - Decisivo neste confronto foi o gol esloveno no final do segundo tempo do primeiro jogo - marcado por Pecnik-, quando a Rússia caminhava tranquilamente para um 2-0 e trabalharia para sustentar essa vantagem fora de casa.

Na volta, precisando da contagem mínima para chegar a sua segunda Copa do Mundo (a primeira foi em 2002), Dedic completou cruzamento da direita e deixou a ex-colônia na frente de seus antigos colonizadores.

Guus Hiddink, que fez bom trabalho com a Coreia do Sul no último mundial e com o Chelsea no final da última temporada européia, não classificou Arshavin e sua trupe para a Copa do Mundo, na melhor geração do futebol russo desde a separação das colônias soviéticas.

Uruguai 1-1 Costa Rica - Os costarriquenhos ficaram no quase de novo. Após entregar a classificação na fase final das Eliminatórias da Concacaf, quando deixaram os EUA empatar o último jogo após estar vencendo por 2-0, permitindo assim que Honduras os ultrapassasse na tabela, não fizeram o resultado em casa e quase reverteram fora, mas faltou um tanto de competência no final.

Lugano tinha dado a vantagem no confronto após o primeiro jogo. Loco Abreu fizera 1-0 na partida de volta aos 25 do segundo tempo. Parecia tudo definido, até porque a celeste jogava com um a mais em campo.

Mas Centeno, pegando o rebote de um cruzamento, contou com a grandiosa colaboração do goleirão uruguaio e empatou o jogo, reavivando o drama no estádio Centenário. Foi assim até o final do jogo, mas ficou a certeza de que os melhores, momentânea e historicamente, passaram.
____________________

Agora temos 32 selecionados já definidos para a 19ª Copa do Mundo de futebol. Todas seleções campeãs mundiais estarão na primeira Copa a ser disputada no continente Africano (Uruguai - 30 e 50; Itália - 34, 38, 82 e 06; Alemanha - 54, 74 e 90; Brasil - 58, 62, 70, 94 e 02; Inglaterra - 66; Argentina - 78 e 86; e França - 98).

Daqui a duas semanas, dia 04/12, 15h, é o sorteio dos grupos. Vem aí, de novo, a maior competição da Terra!

-x- Bruno

A regularidade que fará o campeão

"Equílibrio", diria Tite. Se olharmos do ponto positivo, sim.

"Equílibrio", enfatizaria Tite. Também é encontrado se observarmos negativamente

O fato é que o Brasileirão mais equilibrado dos pontos corridos premiará o mais regular, constatando que o equilíbrio demonstrado na tabela é decorrente da irregularidade dos times durante o campeonato.

Vejamos, em 5 pontos de análise diferentes, os números dos 6 primeiros colocados:

São Paulo - O primeiro colocado no geral após 35 rodadas vai ser o campeão por ser o único time regular do certame.

Líder no geral com 62 pts., é o segundo melhor mandante e o terceiro melhor visitante. Depois de terminar o turno em 4º, é o 3º no returno.

Na soma, aparece no 1º lugar por ser o único regular em alto nível, apesar de não figurar em 1º em nenhuma das 4 análises parciais.

Flamengo - Em segundo lugar, o time de Adriano e Petkovic soma 60 pts. em 35 jogos.

Os cariocas pecaram no 1º turno, onde ficaram apenas com o 10º lugar. A recuperação do returno, onde é o primeiro colocado, deixou o rubo-negro na vice-liderança geral.

O quarto lugar como mandante contrasta com a sexta melhor campanha como visitante

Palmeiras - Em terceiro lugar, com 59 pontos, o time de Muricy parece estar em queda livre, sendo este o motivo pelo qual não deve lutar pelo caneco.

Após o 2º lugar no turno, o Verdão é apenas o 8º colocado no returno, muito em função das últimas 8 rodadas, onde fez 6 de 24 pontos (1 vitória, 3 empates e 4 derrotas)

Quinta campanha como mandante, os comandados de Muricy tem o quarto melhor desempenho longe da Turma do Amendoim.

Internacional - O pós-Tite é certamente fator determinante para o Colorado não estar mais disputando o título brasileiro.

Campeão do 1º turno, o Inter ocupa a gloriosa 13ª colocação no returno, campanha pífia em relação aos objetivos na temporada do centenário.

Terceiro melhor mandante, apesar de tropeços diante de Botafogo, Corinthians e Cruzeiro, o Colorado é apenas o sétimo melhor visitante, com 19 pontos.

Atlético/MG - Quinto colocado atualmente, com os mesmos 56 pts. do Colorado, o Galo Mineiro é fraco dentro de seus domínios: apenas a 11ª melhor campanha.

O resultado fraco em casa é compensado com o desempenho como visitante (2º melhor), já que as campanhas do 1º e do 2º turno são iguais em colocações - 5º lugar em ambos.

Cruzeiro - O último a chegar na briga da ponta de cima é o mais irregluar de todos seis ponteiros.

A grande campanha como visitante, melhor entre os 20 participantes, contrasta com o 5º pior desempenho como mandante - 27 pts. em 18 jogos.

Da mesma forma, o turno foi inversamente proporcional ao returno. Se na ida os mineiros ficaram em 14º, na volta tem a segunda melhor campanha.

* OBS.: Vale ressaltar que os pontos positivos do campeonato estão centralizados nesses times, exceto pelo fato do Grêmio ser o time de melhor campanha atuando ao lado de seu torcedor - 41 pts. em 17 jogos e nenhuma derrota até aqui.

-x- Bruno

Chuva

Como a chuva mexe com a rotina de todo mundo.

Foram 40 minutos de diferença em um mesmo trajeto de aproximadamente 300 km por causa da chuva.

Foram quase dois meses de troca de sala por causa das goteiras causadas pela chuva.

Foram os 5 minutos mais apavorantes que passei dentro de um carro por causa da chuva.

Antes, quando mais jovem, gostava de sair na chuva. Hoje, não é que não goste, mas gosto menos.

Espero que não chova amanhã...

-x- Bruno

A volta do Futsal competitivo

Há mais ou menos 8 anos, discutia em família o quando se tornara chato assistir um jogo de futebol de salão, o moderno futsal para os mais novos.

O jogo tornara-se uma correria desvairada, onde o importante era movimentar-se rápido e girar em torno do adversário - uma hora ia aparecer o espaço e se não aparecesse não importava, pois acabaria 0-0 e ninguém perdia.

Os jogadores técnicos e habilidosos - não os firulentos exaltados pela mídia - realmente proporcionavam um jogo bem jogado.

Mas isso havia acabado. Os tempos modernos do futebol de preparo físico também sobressairam sob os tetos dos ginásios Brasil afora.

O Futsal, um esporte genuinamente brasileiro, antes era dominado pelo selecionado tupiniquim. Mas o endurecimento em quadra havia tornado o Brasil vencível, principlamente por italianos nascidos no Brasil e espanhóis.

Mas ontem vi algo que me reanimou a voltar a assistir o futsal brasileiro.

Jaraguá e ACBF fizeram um jogo final digno do grande futsal que me apaixonou na década de 1990.

Times competitivos, jogadas coletivas e individuais. Qualidade tática, mexidas dos treinadores. Tudo parecia um momento retrô.

Os "gaúchos" venceram o primeiro jogo e tinham a vantagem do empate no segundo - algo que acontecia até 46 segundos do final do segundo tempo.

Mas os "catarinenses", através do craque Lenísio, empataram em uma jogada coletiva digna de análise em tira-teima.

Na prorrogação, o time de Carlos Barbosa, talvez melhor preparado físicamente que Jaraguá - que jogara uma partida com prorrogação 6 dias antes -, fez 1-0 com Sinoê e 2-0 com uma pintura de Lavosier, um balão de área a área faltando apenas 12 segundos pro término do tempo extra.

Quarto título do time de Clóvis Tramontina, que nunca deixou de apostar no time que virou paixão da cidade muito mais que qualquer time de futebol de campo.

Jogão. Partidaço. Espetáculo. Genial. Como na década passada. E como poderá ser na próxima década...

-x- Bruno

Incompetência ou falta de sorte?

O que pensar quando, apesar de ter todas as chances de uma coisa dar resultado positivo, ela não acontece?

A linha entre incompetência e falta de sorte é muito tênue. Quiçá inexistente em vários momentos.

Alguns esbanjam a chamada sorte, mas o pano de fundo é um trabalho sólido, contínuo e deveras eficaz.

Outros, apesar de ter um trabalho semelhante, tão sólido, contínuo, eficaz e com resultados gerais até bem parecidos, não triunfam em determinadas horas onde era esperado o resultado positivo.

Hoje, a mesma sorte que faltou ontem pode agir a favor. Ou a mesma falta de incompetência que afligiu um, pode voltar a atingir outros que buscam o mesmo objetivo.

Na soma geral, lá no fundo do pensamento, parece que o sortudo continuará o mesmo dos últimos anos...

-x- Bruno

Dunga não assiste o SporTV

Hoje pela manhã, Dunga, técnico da Seleção Brasileira, convocou 24 jogadores para os dois amistosos que fecharão o ano de 2009 para o escrete nacional: 14 de novembro, sábado, contra a Inglaterra em Doha, no Qatar, e 17 de novembro, terça-feira, contra Omã em Muscate, capital do país localizado na Península Arábica.

A lista conta só com jogadores que atuam fora do Brasil, tudo para não prejudicar os times que lutam pelo título do Brasileirão, já que Miranda, do São Paulo, Victor, do Grêmio, Sandro, do Inter, e os Diegos - Tardelli, do Galo Mineiro, e Souza, do Palmeiras - certamente seriam convocados.

São 4 novidades: o lateral-esquerdo Fábio Aurélio, do Liverpool, o meia Carlos Eduardo, do Hoffenheim, o centroavante Hulk, do Porto, e o meia-esquerda Michel Bastos, do Lyon.

O erro de Dunga é chamar Michel Bastos para a lateral-esquerda, ao lado de Fábio Aurélio. Todos sabem que o grande problema dessa seleção é jstamente a camisa #6, mas Michel joga desde os tempos de Lille sem nenhuma preocupação defensiva. O SporTV nos mostra isso há mais de duas temporadas, nas transmissões do Campeonato Francês.

Porém, no segundo tempo contra a Venezuela em Campo Grande, Alex - ex-Inter - também foi "testado" na carente posição, já que Kléber, André Santos, Marcelo e Filipe Luís não convenceram com a Amarelinha.

Outras considerações:

1- Naldo surge forte como o concorrente a quarta vaga da zaga: ou no lugar de Juan, que vem tendo lesões em sequência, ou tirando Miranda da Copa.

2- Diego, da Juventus, se não foi convocado agora, não aparece mais nas convocações. Diego Souza, Alex, Elano, Júlio Baptista e até os improváveis Carlos Eduardo e Cleiton Xavier estão na frente do ex-santista na luta por um lugar na África-2010.

3- A má fase de Robinho está garantindo o lugar de Nilmar e Adriano na Copa. Talvez por isso Little Robson está forçando a barra para sair do Manchester City rumo a Barcelona. Se Bellamy, Adebayor e Tevez já fazem Robinho perder o sono, não é no Barça de Ibrahimovic, Messi, Henry, Pedro e Bojan que ele vai achar espaço.

Abaixo segue a lista completa com os 24 selecionáveis da vez:

Goleiros: Julio César (Inter de Milão) e Doni (Roma);

Laterais: Maicon (Inter de Milão), Daniel Alves (Barcelona), Michel Bastos (Lyon) e Fábio Aurélio (Liverpool);

Zagueiros: Luisão (Benfica), Juan (Roma), Naldo (Werder Bremen) e Lúcio (Inter de Milão);

Volantes: Gilberto Silva (Panathinaikos), Josué (Wolfsburg), Ramires (Benfica), Felipe Melo (Juventus) e Lucas (Liverpool);

Meias: Julio Baptista (Roma), Kaká (Real Madrid), Elano (Galatasaray), Alex (Spartak Moscou) e Carlos Eduardo (Hoffenheim);

Atacantes: Luis Fabiano (Sevilla), Nilmar (Villarreal), Hulk (Porto) e Robinho (Manchester City).

-x- Bruno

Liga dos Campeões da Europa - Semana 3

Terça-feira:
GRUPO E - Lyon 9; Fiorentina 6; Liverpool 3; Debrecen 0.
Debrecen-HUN 3x4 Fiorentina
Liverpool 1x2 Lyon
- Franceses e italianos bem na foto nesse grupo. Lyon 100% mesmo com as perdas de Juninho e Benzema e contando com um gol aos 46' do 2º tempo. Liverpool precisa de um segundo turno perfeito para alçar a segunda fase. Os húngaros estão contentes em só particiar...

GRUPO F - Barcelona, Dínamo de Kiev e Rubin Kazan 4; Internazionale 3.
Internazionale 2x2 Dínamo de Kiev
Barcelona 1x2 Rubin Kazan
- Duas grandiosas zebras nesse grupo. Na Itália, Lúcio fez gol contra em Júlio César - dando motivo aos nacionalistas fanáticos vibrarem pela fatalidade não ter acontecido na Copa. Os russos do Rubin embolaram o grupo com o incrível resultado no Camp Nou, em mais uma noite onte o Barcelona não contou com Messi, mesmo ele estando em campo.

GRUPO G - Sevilla 9; Unirea 4; Stuttgart 2; Rangers 1.
Rangers 1x4 Unirea
Stuttgart 1x3 Sevilla
- Uma afirmação e uma grande zebra. Na Escócia, o Rangers pode não ter a força de outros gigantes da Europa, mas tomar de 4-1 em casa para o glorioso desconhecido Unirea - com o plus de 2 dois gols contra! - não dá pra aceitar. O Sevilla, com dois gols do zagueiro Squillaci, foi a Alemanha somar mais três pontos.

GRUPO H - Arsenal 7; Olympiakos 6; AZ Alkmaar 2; Standard Liège 1.
Olimpiakos 2x1 Standard Liège
AZ Alkmaar 1x1 Arsenal
- Gregos e ingleses - ou seleção mundial, como preferir, já que de inglês mesmo o Arsenal tem menos de um punhado - estão próximos da classificação. Na Holanda, o Az até buscou o empate nos acréscimos do 2º tempo. Pouco adiantou. Na Grécia, a emoção também foi até os 48 da etapa final, quando Stoltidis garantiu os 3 pontos diante do Standard.

Quarta-feira:
GRUPO A - Bordeaux 7; Juventus 5; Bayern 4; Maccabi Haifa 0.
Bordeaux 2x1 Bayern
Juventus 1x0 Maccabi Haifa
- Em um grupo onde italianos e alemães pareciam grandes candidatos, o Bordeaux lidera após virar o jogo em cima do time da Baviera, mesmo perdendo dois (sim, 2! :O) pênaltis! A pragmática Juventus fez seu papel em casa, mas a liderança e as duas vagas na próxima fase estão bem indefinidas.

GRUPO B - Manchester 9; Wolfsburg 4; CSKA 3; Besiktas 1.
CSKA 0x1 Manchester United
Wolfsburg 0x0 Besiktas
- No único gol do grupo, o equatoriano Valência de a vitória ao United na Rússia, faltando apenas 5 minutos pro final da partida. Tranquilos na ponta, os Red Devil's passearão nos jogos de volta, já que o Wolfsburg e o CSKA estão mais fracos do que em 2008.

GRUPO C - Real Madrid e Milan 6; Zurich e Olympique Marselha 3.
Zurich 0x1 Olympique Marselha
Real Madrid 2x3 Milan
- Dida falhou duas vezes de forma homérica. Ronaldinho Gaúcho esteve em campo por 90 minutos. Thaigo Silva teve um gol muito mal anulado pelo árbitro. Mesmo assim, contra tudo, todos e o Real Madrid na capital espanhola, o Milan venceu. Quem são os outros dois times da chave mesmo?

GRUPO D - Chelsea 9; Porto 6; Apoel e Atlético de Madrid 1.
Porto 2x1 Apoel
Chelsea 4x0 Atlético de Madrid
- O Chelsea goleou e o Porto confirmou seu favoritismo. Com a queda de desempenho do Atlético, a dupla de times já comandada por José Mourinho precisa manter a média no returno que estará nas oitavas-de-final. O Apoel apenas curte o passeio...

-x- Bruno

Futebol Feminino

Neste final de semana, o Santos, que conta com Marta e Cristiane, duas das 3 melhores jogadoras do mundo, sagrou-se campeão da Copa Libertadores da América de Futebol Feminino.

Na final, disputada na Vila Belmiro, estádio do Santos, o time paulista venceu a Universidad Autónoma do Paraguai por 9-0, gols de Maurine, Marta, Érika (2), Fran, Thaís, Suzana, Dani e Ketlen.

Parabéns ao Santos, que investiu e deu apoio as Sereias da Vila. Tomara que outros dirigentes de grandes clubes de futebol masculino sigam esse exemplo para tornar o futebol feminio no Brasil uma realidade.

-x- Bruno