Escrever sobre elogios me parece coisa de egocêntricos incuráveis. Mas quando os elogios vem de pessoas que nunca te viram na vida e das que convivem contigo em quase todos os momentos, deve ser sinal de que o trabalho está sendo bem feito.
Há pouco mais de dois meses, um novo projeto consome boa parte de meus momentos livres. Mas tá sendo tão bacana e tão lisonjeante participar desse novo mundo, mesmo que ele não seja palpável, que todo o suor vale a pena.
Ainda mais quando essa dedicação é compensada com algumas frases que prestigiam teu trabalho.
Quem elabora textos sabe o quão difícil é acertar o ponto das críticas junto com os dados da informação. O resultado de um complexo trabalho de junção de ideias nem sempre é interessante. Diria que, às vezes, mal beira o satisfatório.
Mas, chegando ao terceiro produto dessa nova jornada, recebendo alguns gloriosos toques e palavras sinceras de parabenização pelo trabalho realizado, começo a achar que valha até mais esforço esse caminho recém desbravado.
Vai dar certo, ah vai..
Busca
Sobre escritas e elogios
quinta-feira, 25 de março de 2010 | Escrito por Bruno Cassali às 14:31 0 respostas
Marcadores: Reflexão
O Inter de Fossati
Me recusando a falar sobre o jogo em horário de balada de ontem (hoje?), me foquei em analisar os esquemas das equipes em campo, sem me preocupar com o que e quem fazia as coisas acontecerem no gramado.
Na Libertadores, o Inter joga com sua força máxima disposta pelo treinador, Jorge Fossati, em seu esquema favorito: 3-6-1. Mesmo com Edu, atacante do origem, em campo, a disposição das peças não muda nem por decreto.
O goleiro, Pato Abbondanzieri, foi contratado por dois motivos primordiais para o time/grupo: primeiramente por ser uma liderança nata, uma pessoa acostumada a ganhar, principalmente nos torneios continentais. "Segundamente" por ter uma saída de bola rápida e qualificada, capaz de armar contra-ataques ou se tornar a principal arma ofensiva (:O) da equipe - como foi agora há pouco, no Equador.
O trio de zagueiros está presente para dar segurança a zaga. Um é mais lento (Sorondo contra o Deportivo Quito, mas Bolívar é o titular da posição), sobra na marcação dos atacantes e é a segurança nas bolas aéreas. Os outros dois jogam um de cada lado e serviriam, na teoria, para desafogar a saída de jogo pelas laterais quando os espaços rarearem. No Equador, Juan foi muito bem defensivamente e Índio não comprometeu o sistema de retaguarda. Mas a parte da ajuda com a bola nos pés... Bem, esquece. A altitude não pode ser desafiada, dizem por aí.
A dupla de volantes também ajuda, no papel, a armar a equipe com a bola nos pés. Porém, a marcação é o forte real de Sandro e Guiñazú. Um é o #5 clássico, jogando com o estilo esguio de um #8 tradicional. O outro é o #8 pelo lado esquerdo, apesar da camiseta levar o #5 nas costas.
Nas laterais, o equilíbrio teórico de um esquema com 3 zagueiros faria com que, ordenadamente, sempre um deles tivesse no apoio. Bruno Silva já mostrou ter fortes limitações na questão ofensiva. Marcar é a dele, passando assim a obrigação de municiar os homens mais avançados do time para Kléber. Mas este tem a Síndrome de Riquelme: longíquos e frequentes sumiços em campo, como se o plug da tomada fosse desligado repentinamente e as pessoas demorassem a perceber o ocorrido.
Com esse excesso de gente na metade defensiva do gramado, o atque fica abandonado, com três almas penadas vagando sem sentido e rumo, como invasores em terras alheias.
Giuliano, centralizado ou mais à direita do campo, atua(ria) como elo criativo, realizados da função original de um #10. Seu porte físico e a marcação dos adversários o fazem sucumbir em meio a imensidão da intermediária adversária povoada por volantes inimigos. Criar, só se for dentro da área ou tocando a bola para trás, pois em progresso - sem nenhuma ajuda - só em lampejos de genialidade.
Edu é um novo Ronaldinho. Mais velho, tão experiente quanto, atuando na mesma posição, da mesma forma, com a mesma vontade que o #80 milinista: NE-NHU-MA. Parece lutar contra adversários de porte de um Maicon, um Daniel Alves, quando na verdade joga diante de um zagueiro/lateral direito qualquer e insignificante.
Na centroavância, Alecsandro só não morre de fome porque é voluntarioso. Se não voltasse para os escanteios e não se dispusesse a ajudar na marcação da saída de bola, tocaria na bola menos de 5 segundos por jogo. Ontem, preso entre três zagueiros, sua obrigação ainda sim foi quase cumprida a risco quando, após o único momento lúcido/criativo da equipe no jogo, inventou um remate de primeira da entrada da área e acertou a trave do goleiro equatoriano - ou seria argentino, já que eram muitos os "hermanos" no adversário do topo do morro.
O que mudar, antes que a vaca vá para o brejo? Fossati? Não. O jeito de jogar de Fossati? Talvez. O time do uruguaio tem que jogar mais, propor disputa, arriscar-se ofensivamente. Quer jogar com três zagueiros, tire Sandro ou Guiñazú do time, colocando mais um atacante de ofício na parada. Trocar a segurança do trio defensivo por alguém de mais criatividade me parece a discórdia pontual entre o que joga e o que pode jogar a equipe alvirrubra.
Soltar-se diante do Avenida, do São Luiz, mesmo atuando em potreiros do interior do Estado, nada mais é que impor sua grandeza diante dos outros clubes. E isso pode, deve, tem que ser feito também (e principalmente) em competições continentais como a Libertadores.
Porque vence quem joga bola, não quem tem medo de jogar.
-x-
Bruno Cassali
sexta-feira, 12 de março de 2010 | Escrito por Bruno Cassali às 09:46 0 respostas
Marcadores: Esportes, Inter, Libertadores, Opinião
Quem sou eu
Etiquetas
- Barcelona (2)
- BBB (3)
- Brasileirão (26)
- Brasileirão Série B (2)
- brinquedos (3)
- Caxias (1)
- Celebridades (2)
- Chelsea (1)
- Cinema (3)
- comportamento (6)
- Contato (2)
- Copa do Brasil (10)
- Copa do Mundo (9)
- Corinthians (3)
- Cruzeiro (2)
- customização (1)
- Desafio (2)
- Design (2)
- Design de Capas (2)
- download (1)
- Eliminatórias (6)
- Entrevista (1)
- Esportes (175)
- Ficção Científica (1)
- Flamengo (1)
- Fórmula 1 (1)
- Fotografia (3)
- Futebol Americano (1)
- Futebol Feminino (1)
- Futsal (1)
- Gauchão (4)
- Goiás (1)
- Grêmio (32)
- humanidade (2)
- Humor (11)
- Imagens (5)
- Inter (46)
- Isabella (1)
- Jornalismo (19)
- Libertadores (18)
- Liga dos Campeões (1)
- Música (2)
- Náutico (2)
- no mídia (1)
- Notícias Bizarras (5)
- O Apendiz (1)
- Opinião (60)
- Pais (1)
- Palmeiras (2)
- Perfil (5)
- Pérolas (3)
- Política (2)
- Preconceito (1)
- Publicidade (12)
- Quadrinhos (1)
- Rádio (1)
- Rankings (7)
- Real Madrid (1)
- Reflexão (9)
- Ronaldo (1)
- Santos (2)
- São Paulo (1)
- Seleção Brasileira (16)
- Sport (1)
- Televisão (9)
- TV Digital (1)
- Videogame (2)
- Violência (1)