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Fecharam-se os 32!

A rodada de ontem pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010 definiu os 32 países que terão direito a uma vaga na fase final do torneio, a ser disputada na África do Sul na metade do ano que vem.

Emoção, transpiração, nervosismo, qualidade. Nada disso faltou nos últimos 6 confrontos de repescagem.

França 0-1 Irlanda (1-0 na prorrogação): Dois momentos distintos marcaram o confronto mais impróprio para cardíacos da repescagem.

No tempo normal, a Irlanda surpreendeu os franceses ao fazer 1-0, ainda na primeira etapa, com Robbie Keane, após grande jogada do winger esquerdo Damien Duff.

A França foi um time atabalhoado, mal organizado e sem jogadas de ataque eficientes, apesar de Raymond Domenech escalar Henry ao lado de Gignác e Anelka (Cadê o Benzema, professor?!?!).

Na prorrogação, Giovanni Trapatonni optou por colocar a Irlanda a se defender e foi castigado com o lance mais polêmico do ano futebolístico. A falta cobrada pelo lado direito atravessava a área rumo à linha de fundo. Mas henry, encoberto por inúmeros jogadores, companheiros e adversários, dominou a bola com a mão e ajeitou-a com um leve tapa para conseguir cruzá-la em direção a Gallas, que marcou o gol da classificação dos bleus para a África 2010.

A França poderia se classificar com outro gol na prorrogação, ou até nos pênaltis, mas ficará sempre na memória o gol irregular que eliminou a Irlanda da fase final do Mundial.

Argélia 1-0 Egito - O confronto extra entre os africanos do norte foi realizado em campo neutro, no Sudão, mas não teve nada de amistoso. Bombas, foguetórios, brigas e tumultos foram corriqueiros na reedição do jogo do último final de semana, onde o Egito havia vencido por 2-0 e forçara o jogo extra.

Yahia, no finalzinho do primeiro tempo, deixou o argelinos com a vantagem para retornar à Copa depois de 28 anos. Apesar da vantagem de jogar mais perto de casa, os egípcios não conseguiram superar as dificuldades e ficaram fora da Copa, apesar do bom time.

snia 0-1 Portugal - Foi menos difícil do que se esperava. Diante de um adversário nervoso, os portugueses mostraram maior tranquilidade para manter a vantagem. E ainda ampliá-la na segunda etapa, com um gol do meia Raúl Meireles, após intensa disputa de Nani e Liédson contra a zaga bósnia.

Ibisevic e Dzeko pararam em Ricardo Carvalho e Bruno Alves, que contaram com mais uma grande atuação de Pepe como primeiro volante. Liédson fechou como o #9 como ninguém desde Pedro Pauleta. E, mesmo com a vitória, ficou claro que o time depende demais de Cristiano Ronaldo.

Ucrânia 0-1 Grécia - Dois times que deixam muito a desejam e fariam figuração na Copa, qualquer um que passasse. Porém a Ucrânia tinha a vantagem de ter empatado fora de casa, jogava ao lado de sua torcida. Mas nem Shevchenko foi capaz de segurar o contra-ataque grego, que culminou a finalização cruzada de Salpingidis.

Sheva não vai a Copa, mas os campeões da Euro 2004 vão pela primeira vez em 16 anos. Nos EUA, em 1994, a Grécia fez fiasco mas marcou nome na história: foi o sparring de Maradona em seu último jogo em Copas: 4-0 Argentina, com direito a gol do gênio.

Eslovênia 1-0 Rússia - Decisivo neste confronto foi o gol esloveno no final do segundo tempo do primeiro jogo - marcado por Pecnik-, quando a Rússia caminhava tranquilamente para um 2-0 e trabalharia para sustentar essa vantagem fora de casa.

Na volta, precisando da contagem mínima para chegar a sua segunda Copa do Mundo (a primeira foi em 2002), Dedic completou cruzamento da direita e deixou a ex-colônia na frente de seus antigos colonizadores.

Guus Hiddink, que fez bom trabalho com a Coreia do Sul no último mundial e com o Chelsea no final da última temporada européia, não classificou Arshavin e sua trupe para a Copa do Mundo, na melhor geração do futebol russo desde a separação das colônias soviéticas.

Uruguai 1-1 Costa Rica - Os costarriquenhos ficaram no quase de novo. Após entregar a classificação na fase final das Eliminatórias da Concacaf, quando deixaram os EUA empatar o último jogo após estar vencendo por 2-0, permitindo assim que Honduras os ultrapassasse na tabela, não fizeram o resultado em casa e quase reverteram fora, mas faltou um tanto de competência no final.

Lugano tinha dado a vantagem no confronto após o primeiro jogo. Loco Abreu fizera 1-0 na partida de volta aos 25 do segundo tempo. Parecia tudo definido, até porque a celeste jogava com um a mais em campo.

Mas Centeno, pegando o rebote de um cruzamento, contou com a grandiosa colaboração do goleirão uruguaio e empatou o jogo, reavivando o drama no estádio Centenário. Foi assim até o final do jogo, mas ficou a certeza de que os melhores, momentânea e historicamente, passaram.
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Agora temos 32 selecionados já definidos para a 19ª Copa do Mundo de futebol. Todas seleções campeãs mundiais estarão na primeira Copa a ser disputada no continente Africano (Uruguai - 30 e 50; Itália - 34, 38, 82 e 06; Alemanha - 54, 74 e 90; Brasil - 58, 62, 70, 94 e 02; Inglaterra - 66; Argentina - 78 e 86; e França - 98).

Daqui a duas semanas, dia 04/12, 15h, é o sorteio dos grupos. Vem aí, de novo, a maior competição da Terra!

-x- Bruno

A regularidade que fará o campeão

"Equílibrio", diria Tite. Se olharmos do ponto positivo, sim.

"Equílibrio", enfatizaria Tite. Também é encontrado se observarmos negativamente

O fato é que o Brasileirão mais equilibrado dos pontos corridos premiará o mais regular, constatando que o equilíbrio demonstrado na tabela é decorrente da irregularidade dos times durante o campeonato.

Vejamos, em 5 pontos de análise diferentes, os números dos 6 primeiros colocados:

São Paulo - O primeiro colocado no geral após 35 rodadas vai ser o campeão por ser o único time regular do certame.

Líder no geral com 62 pts., é o segundo melhor mandante e o terceiro melhor visitante. Depois de terminar o turno em 4º, é o 3º no returno.

Na soma, aparece no 1º lugar por ser o único regular em alto nível, apesar de não figurar em 1º em nenhuma das 4 análises parciais.

Flamengo - Em segundo lugar, o time de Adriano e Petkovic soma 60 pts. em 35 jogos.

Os cariocas pecaram no 1º turno, onde ficaram apenas com o 10º lugar. A recuperação do returno, onde é o primeiro colocado, deixou o rubo-negro na vice-liderança geral.

O quarto lugar como mandante contrasta com a sexta melhor campanha como visitante

Palmeiras - Em terceiro lugar, com 59 pontos, o time de Muricy parece estar em queda livre, sendo este o motivo pelo qual não deve lutar pelo caneco.

Após o 2º lugar no turno, o Verdão é apenas o 8º colocado no returno, muito em função das últimas 8 rodadas, onde fez 6 de 24 pontos (1 vitória, 3 empates e 4 derrotas)

Quinta campanha como mandante, os comandados de Muricy tem o quarto melhor desempenho longe da Turma do Amendoim.

Internacional - O pós-Tite é certamente fator determinante para o Colorado não estar mais disputando o título brasileiro.

Campeão do 1º turno, o Inter ocupa a gloriosa 13ª colocação no returno, campanha pífia em relação aos objetivos na temporada do centenário.

Terceiro melhor mandante, apesar de tropeços diante de Botafogo, Corinthians e Cruzeiro, o Colorado é apenas o sétimo melhor visitante, com 19 pontos.

Atlético/MG - Quinto colocado atualmente, com os mesmos 56 pts. do Colorado, o Galo Mineiro é fraco dentro de seus domínios: apenas a 11ª melhor campanha.

O resultado fraco em casa é compensado com o desempenho como visitante (2º melhor), já que as campanhas do 1º e do 2º turno são iguais em colocações - 5º lugar em ambos.

Cruzeiro - O último a chegar na briga da ponta de cima é o mais irregluar de todos seis ponteiros.

A grande campanha como visitante, melhor entre os 20 participantes, contrasta com o 5º pior desempenho como mandante - 27 pts. em 18 jogos.

Da mesma forma, o turno foi inversamente proporcional ao returno. Se na ida os mineiros ficaram em 14º, na volta tem a segunda melhor campanha.

* OBS.: Vale ressaltar que os pontos positivos do campeonato estão centralizados nesses times, exceto pelo fato do Grêmio ser o time de melhor campanha atuando ao lado de seu torcedor - 41 pts. em 17 jogos e nenhuma derrota até aqui.

-x- Bruno

Chuva

Como a chuva mexe com a rotina de todo mundo.

Foram 40 minutos de diferença em um mesmo trajeto de aproximadamente 300 km por causa da chuva.

Foram quase dois meses de troca de sala por causa das goteiras causadas pela chuva.

Foram os 5 minutos mais apavorantes que passei dentro de um carro por causa da chuva.

Antes, quando mais jovem, gostava de sair na chuva. Hoje, não é que não goste, mas gosto menos.

Espero que não chova amanhã...

-x- Bruno

A volta do Futsal competitivo

Há mais ou menos 8 anos, discutia em família o quando se tornara chato assistir um jogo de futebol de salão, o moderno futsal para os mais novos.

O jogo tornara-se uma correria desvairada, onde o importante era movimentar-se rápido e girar em torno do adversário - uma hora ia aparecer o espaço e se não aparecesse não importava, pois acabaria 0-0 e ninguém perdia.

Os jogadores técnicos e habilidosos - não os firulentos exaltados pela mídia - realmente proporcionavam um jogo bem jogado.

Mas isso havia acabado. Os tempos modernos do futebol de preparo físico também sobressairam sob os tetos dos ginásios Brasil afora.

O Futsal, um esporte genuinamente brasileiro, antes era dominado pelo selecionado tupiniquim. Mas o endurecimento em quadra havia tornado o Brasil vencível, principlamente por italianos nascidos no Brasil e espanhóis.

Mas ontem vi algo que me reanimou a voltar a assistir o futsal brasileiro.

Jaraguá e ACBF fizeram um jogo final digno do grande futsal que me apaixonou na década de 1990.

Times competitivos, jogadas coletivas e individuais. Qualidade tática, mexidas dos treinadores. Tudo parecia um momento retrô.

Os "gaúchos" venceram o primeiro jogo e tinham a vantagem do empate no segundo - algo que acontecia até 46 segundos do final do segundo tempo.

Mas os "catarinenses", através do craque Lenísio, empataram em uma jogada coletiva digna de análise em tira-teima.

Na prorrogação, o time de Carlos Barbosa, talvez melhor preparado físicamente que Jaraguá - que jogara uma partida com prorrogação 6 dias antes -, fez 1-0 com Sinoê e 2-0 com uma pintura de Lavosier, um balão de área a área faltando apenas 12 segundos pro término do tempo extra.

Quarto título do time de Clóvis Tramontina, que nunca deixou de apostar no time que virou paixão da cidade muito mais que qualquer time de futebol de campo.

Jogão. Partidaço. Espetáculo. Genial. Como na década passada. E como poderá ser na próxima década...

-x- Bruno