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A volta do Futsal competitivo

Há mais ou menos 8 anos, discutia em família o quando se tornara chato assistir um jogo de futebol de salão, o moderno futsal para os mais novos.

O jogo tornara-se uma correria desvairada, onde o importante era movimentar-se rápido e girar em torno do adversário - uma hora ia aparecer o espaço e se não aparecesse não importava, pois acabaria 0-0 e ninguém perdia.

Os jogadores técnicos e habilidosos - não os firulentos exaltados pela mídia - realmente proporcionavam um jogo bem jogado.

Mas isso havia acabado. Os tempos modernos do futebol de preparo físico também sobressairam sob os tetos dos ginásios Brasil afora.

O Futsal, um esporte genuinamente brasileiro, antes era dominado pelo selecionado tupiniquim. Mas o endurecimento em quadra havia tornado o Brasil vencível, principlamente por italianos nascidos no Brasil e espanhóis.

Mas ontem vi algo que me reanimou a voltar a assistir o futsal brasileiro.

Jaraguá e ACBF fizeram um jogo final digno do grande futsal que me apaixonou na década de 1990.

Times competitivos, jogadas coletivas e individuais. Qualidade tática, mexidas dos treinadores. Tudo parecia um momento retrô.

Os "gaúchos" venceram o primeiro jogo e tinham a vantagem do empate no segundo - algo que acontecia até 46 segundos do final do segundo tempo.

Mas os "catarinenses", através do craque Lenísio, empataram em uma jogada coletiva digna de análise em tira-teima.

Na prorrogação, o time de Carlos Barbosa, talvez melhor preparado físicamente que Jaraguá - que jogara uma partida com prorrogação 6 dias antes -, fez 1-0 com Sinoê e 2-0 com uma pintura de Lavosier, um balão de área a área faltando apenas 12 segundos pro término do tempo extra.

Quarto título do time de Clóvis Tramontina, que nunca deixou de apostar no time que virou paixão da cidade muito mais que qualquer time de futebol de campo.

Jogão. Partidaço. Espetáculo. Genial. Como na década passada. E como poderá ser na próxima década...

-x- Bruno

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