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Gre-Nal 380

Em jogo com cara de clássico Gaúcho - campo molhado, jogo pegado e alguns bate-bocas -, o Grêmio saiu-se vitorioso do primeiro jogo da final do Gauchão 2010, praticamente conquistando o caneco com o 2-0 de hoje, em pleno Beira-Rio.

Silas, sem nenhum lateral esquerdo disponível, optou pelo jovem zagueiro canhoto Neuton no setor. A mesma aposta fez Jorge Fossati, improvisando Juan na posição do lado vermelho.

No restante dos onzes iniciais, nada de muito diferente do que anunciava: Hugo substituiria Douglas, suspenso, e o Inter vinha completo, mesmo que o maior enfoque seja na Taça Libertadores da América.

No jogo, o primeiro tempo começou equilibrado até Borges perder um gol cara a cara com Abbondanzieri. O lance parece ter acordado o colorado, que dominou a metade final do 1º tempo. Wálter obrigou Victor a fazer grande defesa. Na sequência, o goleiro da seleção brasileira falhou na saída do gol e Edílson salvou o Tricolor em cima da linha fatal.

Na segunda etapa, Ferdinando deu lugar a Adílson, renovando o fôlego da marcação gremista e o lado azul tomou conta do jogo. D'Alessandro voltou a esconder-se na ponta direita, esquecendo de armar os vermelhos, enquanto Borges e Jonas tripudiavam em cima de um apático Juan.

Em escanteio da direita, Sorondo não alcançou a bola, Rodrigo ganhou de Sandro na velocidade e cabeceou pro gol: Grêmio 1-0.

A vantagem gremista obrigou Fossati a abrir o time colorado, tirando Sandro para a entrada de Edu. Com isso, um paciente Grêmio manteve a posse da bola e, no final, matou o confronto: falta da direita e o matador Borges cabeceou livre no segundo poste para ampliar: Grêmio 2-0.

O confronto - em consequência, o título - está definido. A vantagem construída pelo time de Silas é muito grande e permite ao Grêmio jogar como mais gosta historicamente: com o regulamento debaixo do braço.

Agora, mudança de foco para a dupla: no meio de semana, o desafio vale muito mais que a conquista regional.

-x- Bruno Cassali

Os 23 de Dunga

O clamour popular por jogadores que não irão à Copa começou com Ronaldinho, há dois meses.

Hoje, os focos da mendigância do povo para com Dunga são Ganso e Neymar, dupla de garotos formada na Vila Belmiro que está arrebentando no início de 2010.

Mas a coerência das convocações desses quase quatro anos da Era Dunga no banco de reservas me faz crer que exite apenas uma vaga em jogo entre os 23 que irão para o Mundial da África do Sul, que começa em 11 de junho.

Júlio César, Victor e Doni serão os goleiros. Gomes, em caso de lesão de algum dos três, é a opção #4.

Os melhores laterais direitos do mundo - Dani Alves e Maicon - são, hoje, inquestionáveis.

Na esquerda, a confiabilidade não é nem de longe a mesma que na direita. Mas Gilberto e Michel Bastos parecem ter garantido a vaga nos últimos jogos. Kléber? Marcelo? André Santos? Todos parecem ter queimado o filme com o professor.

Na zaga, Thiago Silva ficou com a quarta vaga depois desse início de 2010 desastroso de Miranda. Luisão, Lúcio e Juan estão sólidos em suas posições desde 2006.

Kaká, Júlio Baptista, Elano e Ramires são os meias - mesmo apenas um deles sendo armados por natureza.

O ataque, mesmo com os problemas de Adriano e a recente má fase de Robinho - obscura hoje em dia pela sua volta ao Brasil e o excelente time do Santos -, chegaram a colocar em cheque o quarteto escolhido. Mas os dois, junto com Nilmar e Luís Fabiano, representarão o Brasil na Copa 2010.

A vaga que sobra no grupo está volância: Felipe Melo - mesmo na obscuridade na Juventus -, Josué e Gilberto Silva são imutáveis, três homens de confiança de Dunga.

A outra vaga, recentemente ocupada por Kléberson, ainda está em jogo, muito em função das possibilidades de multifuncionalidade dos laterais e meias, que jogam tanto em suas posições de origem quanto quebram um galho como #5 ou #8.

Anderson já foi chamado mas está fora dos planos. Sandro, do Inter, foi convocado recentemente e pode ser surpresa. Mas esxite grande chance dessa quarta vaga mudar de função e aparecer um quinto meia ou atacante.

E aí mora a chance de UM ÚNICO JOGADOR ir à Copa.

Quem sabe um meia, como Ganso ou Ronaldinho.

Ou será um atacante, como Neymar - ou quem sabe o rechonchudo Ronaldo.

Mas creio mesmo que irão Kléberson ou Sandro, com maiores possibilidades para o colorado.

Como dizem por aí: anotem...

-x- Bruno Cassali