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Antecipando

A comparação será feita no VT gremista de amanhã, no Bom Dia Rio Grande, pelo repórter Felipe Bueno. Mas o leitor do BUGADO saberá de antemão os números curiosos do principal reforço gremista para a Libertadores 09': Alex Mineiro.

Ao final da temporada 2008, os seis atacantes do elenco do Grêmio (Morales, Marcel, André Luiz, Perea, Soares e Reinaldo) marcaram 46 vezes. Apenas 44,2% dos gols tricolores na temporada.

Alex Mineiro chega ao Olímpico com números bem diferentes se compararmos com seus novos companheiros de time.

O atacante foi artilheiro do Palmeiras no Brasileirão 08' com 19 gols, 12 gols a mais que o vice-artilheiro, Kléber. Foi também o artilheiro do Paulistão, com 15 gols, 6 a mais que Valdívia. Foi também o artilheiro palmeirense na Copa do Brasil, com 3 gols, enquanto outros 4 jogadores fizeram apenas um gol cada.

Em quatro competições do Palmeiras, o atacante foi o que mais marcou em 3.

Tá aí as credenciais do matador. Numericamente, Alex se mostra muito melhor que as outras opções do Grêmio para 2009. A prática tem tudo para confirmar a teoria...

Natal é dia de...

... trabalho!

Jornalista é isso. Tanto hoje, 24/12, quanto daqui a uma semana, dia 31/12, terão várias pessoas que não estarão pensando no que fazer a noite antes de cumprir com seus compromissos profissionais.

A equipe de onde eu trabalho foi dividida em duas para que cada um tenha o prazer de passar pelo menos um desses momentos de forma tranquila, sem a preocupação que toma conta do nosso dia a dia.

E essa divisão fez com que hoje, 24/12, eu esteja trabalhando até agora, quase 19h...

Mas daí os leigos perguntam: "Amanhã é o dia do Natal, então tu também estará de folga, né?" E eu respondo: "Não. Amanhã cá estarei, novamente correndo atrás de novos fatos, produzindo e elaborando novos assuntos que estarão presentes nas reportagens dos dias subsequentes."

Jornalista vive o Jornalismo em todos os momentos. E foi ele que escolheu isso. E ele gosta disso, mesmo com todos os encargos que vem agregados a isso.

A informação que a gente faz para vocês é feita sempre da melhor forma, com a melhor das intenções, com a rapidez e a qualidade necessárias para que o espectador / público / ouvinte fique sempre interado dos fatos.

E a gente gosta muito de tudo isso.

O Natal é como uma quarta ou quinta-feira qualquer. Tem trabalho pela frente e a gente vai correr atrás...

Bom Natal pra todo mundo ;)

No soar do gongo

Se o Grêmio teve uma trajetória ascendente em 2008, o Inter foi o time brasileiro com maior irregularidade na temporada. Alternando altos e baixos, jogos extra-classe e atuações medíocres, o colorado, na soma de tudo, decepcionou. Altos investimentos, jogadores de renome e sendo convocados para seleções nacionais e grande elenco não foram suficientes e resultaram apenas no título da Copa Sul-Americana.
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Internacional

76 JOGOS NA TEMPORADA - 20 NO GAUCHÃO, 2 EM DUBAI, 6 NA COPA DO BRASIL, 10 NA SUL-AMERICANA E 38 NO BRASILEIRÃO
41 VITÓRIAS - 2 EM DUBAI, 5 NA SUL-AMERICANA, 15 NO BRASILEIRÃO, 15 NO GAUCHÃO E 4 NA COPA DO BRASIL
16 EMPATES - 5 NA SUL-AMERICANA, 9 NO BRASILEIRÃO E 2 NO GAUCHÃO
19 DERROTAS - 14 NO BRASILEIRÃO, 3 NO GAUCHÃO E 2 NA COPA DO BRASIL

CAMPANHA GERAL NO ANO
76 JOGOS, 41 VITÓRIAS, 16 EMPATES E 19 DERROTAS. 132 GOLS PRÓ E 75 GOLS CONTRA. SALDO: +57

* VALE LEMBRAR QUE O JOGO DE VOLTA DA FINAL DA SUL-AMERICANA FOI CONSIDERADO PELA CONMEBOL COMO EMPATE, JÁ QUE A PRORROGAÇÃO FAZ PARTE DO JOGO. ENTÃO O GOL DE NILMAR, AOS 8 DO SEGUNDO TEMPO DA PRORROGAÇÃO CONTRA O ESTUDIANTES, ENTRA NAS ESTATÍSTICAS TAMBÉM.

GOLEADORES (132)
1º - ALEX 32 - 13 NO GAUCHÃO (1 de cabeça, 3 de falta, 1 de pênalti e 8 com bola rolando), 1 EM DUBAI (bola rolando), 3 NA COPA DO BRASIL (1 de falta, 1 de cabeça e 1 com bola rolando), 5 NA SUL-AMERICANA (1 de falta, outro de pênalti e 3 com bola rolando) E 10 NO BRASILEIRÃO (3 de pênalti e 7 com bola rolando)
2º - NILMAR 21 - 1 EM DUBAI (bola rolando), 1 NO GAUCHÃO (bola rolando), 5 NA SUL-AMERICANA (1 de cabeça e 4 com bola rolando) E 14 NO BRASILEIRÃO (7 de cabeça e 7 com bola rolando)
3º - ÍNDIO 10 - 2 NO GAUCHÃO (cabeça), 1 NA SUL-AMERICANA (cabeça), 1 NA COPA DO BRASIL (cabeça) E 6 NO BRASILEIRÃO (ambos de cabeça)
4º - FERNANDÃO 08 - 5 NO GAUCHÃO (3 de cabeça e 2 com bola rolando), 1 EM DUBAI (bola rolando) E 2 NA COPA DO BRASIL (ambos de pênalti)
5º - ADRIANO 07 - 3 NO GAUCHÃO (1 de pênalti e 2 com bola rolando), 1 NA COPA DO BRASIL (bola rolando), 1 NA SUL-AMERICANA (bola rolando) E 2 NO BRASILEIRÃO (ambos com bola rolando)
5º - IARLEY 07 - 7 NO GAUCHÃO (2 de cabeça e 5 com bola rolando)
7º - MAGRÃO 06 - 2 NO GAUCHÃO (bola rolando), 2 NA COPA DO BRASIL (ambos com bola rolando), 1 NA SUL-AMERICANA (bola rolando) E 1 NO BRASILEIRÃO (de cabeça)
8º - MARCÃO 05 - 5 NO GAUCHÃO (1 de cabeça e 4 com bola rolando)
9º - ANDREZINHO 04 - 2 NA COPA DO BRASIL (ambos com bola rolando) E 2 NO BRASILEIRÃO (ambos com bola rolando)
9º - D'ALESSANDRO 04 - 2 NA SUL-AMERICANA (1 de falta e 1 de pênalti) E 2 NO BRASILEIRÃO (ambos com bola rolando)
9º - GIL 04 - 4 NO GAUCHÃO (2 de cabeça, 1 de pênalti e 1 com bola rolando)
12º - DANNY MORAES 02 - 2 NO GAUCHÃO (1 de cabeça e 1 com bola rolando)
12º - GUIÑAZU 02 - 1 NA COPA DO BRASIL (bola rolando) E 1 NO GAUCHÃO (cabeça)
12º - GUTO 02 - 1 NO GAUCHÃO (cabeça) E 1 NO BRASILEIRÃO (bola rolando)
12º - RAMÓN 02 - 2 NO GAUCHÃO (ambos com bola rolando)
12º - SANDRO 02 - 2 NO BRASILEIRÃO (1 de cabeça e 1 com bola rolando)
12º - SÍDNEI 02 - 1 NA COPA DO BRASIL (bola rolando) E 1 NO BRASILEIRÃO (de cabeça)
12º - TAISON 02 - 2 NO BRASILEIRÃO (ambos com bola rolando)
19º - ÂNGELO 01 - BRASILEIRÃO (bola rolando)
19º - BUSTOS 01 - GAUCHÃO (bola rolando)
19º - CLEMER 01 - GAUCHÃO (pênalti)
19º - DANIEL CARVALHO 01 - SUL-AMERICANA (pênalti)
19º - EDINHO 01 - BRASILEIRÃO (bola rolando)
19º - GUSTAVO NERY 01 - BRASILEIRÃO (cabeça)
19º - TALLES CUNHA 01 - BRASILEIRÃO (bola rolando)
19º - WELLINGTON MONTEIRO 01 - GAUCHÃO (bola rolando)
* 2 contra (Cadu, da ULBRA - GAUCHÃO / Maurício, do Coritiba - Brasileirão) - bola rolando

GOLS POR CATEGORIA:
- PÊNALTI - Alex (5), Fernandão (2),Clemer, D'Alessandro, Gil, Adriano, Daniel Carvalho (1)
- CABEÇA - Índio (10), Nilmar (8), Fernandão (3), Gil, Alex, Iarley (2), Marcão, Guiñazú, Magrão, Danny Moraes, Gustavo Nery, Sídnei, Sandro, Guto (1)
- FALTA - Alex (5), D'Alessandro (1)
- ROLANDO - Alex (20), Nilmar (13), Adriano (6), Magrão, Iarley (5), Andrezinho, Marcão (4), Fernandão (3), Ramón, D'Alessandro, Taison (2), Guiñazú, Gil, Danny Moraes, Sídnei, Sandro, Guto, Wellington Monteiro, Talles Cunha, Edinho, Bustos, Ângelo (1) e 2 Contra (Cadu, da Ulbra, e Maurício, do Coritiba).

ASSISTÊNCIAS (86):
Alex (18), Nilmar (9), Andrezinho (8), Marcão (7), Magrão, Fernandão (6), Bustos (5), Daniel Carvalho (4), Taison, Guiñazú, Iarley (3), Gustavo Nery, D'Alessandro, Ângelo, Wellington Monteiro (2), Adriano, GIl, Índio, Ramón, Rosinei e Wálter (1).

PARTICIPAÇÕES NO ANO - TOTAL - 76 jogos:
Marcão (60), Índio (55), Guiñazú (54), Magrão, Alex (51), Edinho, Nilmar (48), Andrezinho (47), Adriano (38), Taison (37), Orozco, Clemer (33), Danny Moraes (31), Ramón, Renan (27), Iarley (26), Bolívar (25), Fernandão (24), Wellington Monteiro (22), Bustos, Gustavo Nery, Ricardo Lopes (21), Jonas (20), Rosinei, Sidnei, Maycon, D'Alessandro, Daniel Carvalho (18), Lauro, Gil (16), Guto (15), Sandro (12), Ângelo, Wálter (11), Roger (10), Titi (9), Sorondo, Álvaro (8), Ji-Paraná, Luiz Carlos (6), Pessanha, Talles Cunha (4), Derley (3), Rodrigo Paulista (2), Éder, Tales e Agenor (1).

CARTÕES AMARELOS (188):
Guiñazú (17), Índio (13), Alex, Ricardo Lopes (12), Marcão (11), Orozco, Edinho (10), Magrão, Taison (8), Danny Moraes (7), Adriano, D'Alessandro, Fernandão (6), Bustos, Andrezinho (5), Jonas, Álvaro, Gustavo Nery, Ramón, Sídnei (4), Daniel Carvalho, Iarley, Bolívar (3), Titi, Ângelo, Clemer, Nilmar, Ji-Paraná, Maycon, Pessanha, Rosinei (2), Renan, Sorondo, Sandro, Roger, Lauro, Guto e Derley (1)

CARTÕES VERMELHOS (17):
Guiñazú, Sídnei (3), Edinho, Marcão (2), D'Alessandro, Renan, Alex, Jonas, Titi, Orozco e Magrão (1).
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O ano espetacular de Alex foi o destaque positivo. Goleador do time (32 em 51 jogos), marcando mais gols em 3 das 4 categorias (só perde em gols de cabeça para Índio, Nilmar e Fernandão), maior número de assistências (18), artilheiro do Gauchão (13 gols, ao lado de Mendes, do Juventude), artilheiro da Copa Sul-Americana (5 gols, ao lado de Nilmar)...

O mesmo Alex, há uns dois anos, chegou a manifestar sua vontade de atuar como lateral esquerdo no Inter. Serviria para ele conquistar uma vaga nos titulares e para, quem sabe, alçar vôos mais altos chegando na Seleção Brasileira. Eis que o jovem, contratado junto ao Guarani como promessa da meia cancha, estourou de fato na sua posição de origem, após alguns anos de insistência da direção e das comissões técnicas. Problemas crônicos de lesões não permitiam regularidade, jogos em seqüência. Mas Alez insistiu e deu certo. Chegou inclusive a Seleção. Agora, depende apenas de suas escolhas para estar na Copa 2010. Não pode é se esconder nas Arábias... Mas o garoto é esperto, sabe o que faz.

Contando com o ano encantado de Alex, o ataque colorado marcou 132 gols na temporada, média de 1,73 por jogo. Talvez este tenha sido mesmo o melhor ponto do time do Inter: o ataque. Nilmar começou devagar o ano, mas estourou no final e desandou a marcar gols. Fernandão e Iarley, no início do ano, cumpriram com a competência de sempre suas funções. D'Alessandro chegou e acrescentou mais poder ofensivo ainda.

O meio-campo mostrou regularidade durante o ano. Guiñazú e Magrão jogaram grande parte dos jogos, sempre com a tarefa de conduzir, dar ritmo ao jogo. Edinho teve uma consistência na marcação e ganhou mais destaque ainda ao se tornar capitão da equipe. Outros por ali atuaram mas não fizeram tanta diferença, seja positiva ou negativa.

A defesa certamente foi o calcanhar de Aquiles do colorado. Na zaga central, Índio foi o único regular durante todo 2008. Sorondo joga muito, mas lesiona-se demais. Álvaro chegou no final da temporada e deve ter um 2009 excelente. Danny recebeu poucas oportunidades e sempre foi bem quando chamado. Deve receber mais chances. Orozco e Bolívar decepcionaram. O primeiro falhou muito, tanto que está fora dos planos para 2009. O segundo jogou melhor na sua antiga posição, como lateral direito, do que como zagueiro. Marcão até jogou como zagueiro, mas terminou e começou o ano como lateral pela esquerda. Não comprometeu, mas não foi diferencial também. Na outra lateral, tirando os jogos feitos por Bolívar, o restante dos pretendentes teve um desempenho lastimável. Ricardo Lopes e Bustos foram inócuos. Bustos foi, pra mim, a grande decepção do ano. Contratado por uma alta grana, não jogou nada e já se foi. A busca por laterais para 2009 erá óbvia e necessária.

No gol, o problema foi a saída de Renan. Com ele na meta, a segurança era maior. Quando ele saiu, Clemer e seus 789654583468 anos de idade voltaram a ativa e as falhas clamurosas também. A contratação de Lauro em meio a temporada veio suprir uma grande necessidade. Lauro mostrou-se seguro nos jogos que disputou e garantiu o posto entre os 11 titulares que iniciam o ano do centenário. As jovens promessas Muriel e Luis Carlos, que sempre passaram pelas seleções brasileiras de base, devem compor o grupo do ano que vem, já que Clemer finalmente deve pendurar as luvas. No total, foram 75 gols sofridos em 76 jogos. Desempenho fraco se levarmos em conta que as defesas estão sendo o grande diferencial dos times de chegada.

O ano que (quase) terminou iria ser desastroso caso não viesse o inédito título da Sul-Americana. O Inter literalmente jogou o ano diante do Estudiantes. E ganhou. Sofrido, mas ganhou. E a conquista ainda valorizou a competição, levada nas coxas por muitos times, não só do Brasil. Para a próxima temporada, reforços pontuais para o ataque e para as laterais consertam as principais ineficiências de 2008. O ano do centenário promete tanto ou mais que o ano anterior, basta agir certo dentro e fora de campo.

GRÊMIO EM 2008

Números do Brasileirão 08' esmiuçados, agora é a vez das campanhas de todo o ano da Dupla Gre-Nal. Começamos com o Grêmio, pelo simples critério de ordem alfabética. Créditos para o repórter Fernando Becker, responsável pelo controle desses números abaixo...
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GRÊMIO

60 JOGOS NA TEMPORADA - 16 NO GAUCHÃO, 2 NA COPA SUL-AMERICANA, 4 NA COPA DO BRASIL E 38 NO BRASILEIRÃO

36 VITÓRIAS - 12 NO GAUCHÃO, 3 NA COPA DO BRASIL E 21 NO BRASILEIRÃO

14 EMPATES - 2 NA COPA SUL-AMERICANA, 3 NO GAUCHÃO E 9 NO BRASILEIRÃO

10 DERROTAS - 1 NO GAUCHÃO, 1 NA COPA DO BRASIL E 8 NO BRASILEIRÃO

CAMPANHA GERAL NO ANO: 60 JOGOS, 36 VITÓRIAS, 14 EMPATES E 10 DERROTAS. GOLS: 104X53. SALDO: +51.

GOLEADORES (104)
1º - PEREA (17) - 4 NO GAUCHÃO (todos com bola rolando), 1 NA COPA SUL-AMERICANA (com bola rolando), 4 NA COPA DO BRASIL (bola rolando) E 8 NO BRASILEIRÃO (1 de cabeça e 7 com bola rolando)
2º - REINALDO (12) - 3 NO GAUCHÃO (2 de cabeça e um de pênalti) E 9 NO BRASILEIRÃO (1 de cabeça e 8 com bola rolando)
3º - ROGER (10) - 4 NO GAUCHÃO (2 de pênalti e 2 com bola rolando), 2 NA COPA DO BRASIL (1 de pênalti e 1 com bola rolando) E 4 NO BRASILEIRÃO (4 de pênalti)
4º - MARCEL (09) - 9 NO BRASILEIRÃO (7 de cabeça e 2 com bola rolando)
5º - WILLIAN MAGRÃO (08) - 4 NO GAUCHÃO (1 de cabeça e 3 com bola rolando), 1 NA COPA DO BRASIL (bola rolando) E 3 NO BRASILEIRÃO (todos com bola rolando)
6º - SOARES (06) - 1 NO GAUCHÃO (de cabeça), 1 NA COPA DO BRASIL (bola rolando), 1 NA SUL-AMERICANA (bola rolando) E 3 NO BRASILEIRÃO (2 de cabeça e 1 com bola rolando)
7º - LÉO (05) - 1 NO GAUCHÃO (bola rolando), 1 NA SUL-AMERICANA (de cabeça) E 3 NO BRASILEIRÃO (todos com bola rolando)
7º - PAULO SÉRGIO (05) - 4 NO GAUCHÃO (todos de falta) E 1 NO BRASILEIRÃO (bola rolando)
7º - TCHECO (05) - 5 NO BRASILEIRÃO (2 de pênalti e 3 de bola rolando)
10º - TADEU (04) - 3 NO GAUCHÃO (1 de pênalti, um de cabeça e um com bola rolando) E 1 NA COPA DO BRASIL (de cabeça)
11º - ANDERSON PICO (03) - 2 NO GAUCHÃO (1 de falta e 1 de bola rolando) E 1 NO BRASILEIRÃO (bola rolando)
11º - JONAS (03) - 3 NO GAUCHÃO (1 de cabeça e 2 com bola rolando)
11º - PEREIRA (03) - 2 NO GAUCHÃO (ambos de cabeça) E 1 NO BRASILEIRÃO (de cabeça)
14º - JEAN (02) - 1 NA COPA DO BRASIL (de cabeça) E 1 NO BRASILEIRÃO (de cabeça)
14º - RÉVER (02) - 2 NO BRASILEIRÃO (1 de cabeça e 1 de bola rolando)
14º - RODRIGO MENDES (02) - 2 NO BRASILEIRÃO (ambos de cabeça)
14º - SOUZA (02) - 2 NO BRASILEIRÃO (ambos de falta)
18º - ANDRÉ LUIZ (01) - GAUCHÃO (bola rolando)
18º - DOUGLAS COSTA (01) - BRASILEIRÃO (bola rolando)
18º - HÉVERTON (01) - BRASILEIRÃO (bola rolando)
18º - MORALES (01) - BRASILEIRÃO (bola rolando)
18º - WILLIAN THIEGO (01) - BRASILEIRÃO (bola rolando)
* 1 Contra (Anderson Martins, do Vitória) - bola rolando

GOLS POR CATEGORIA:
- PÊNALTI - Roger (7), Tcheco (2), Reinaldo, Tadeu (1)
- CABEÇA - Marcel (7), Pereira, Soares, Reinaldo (3), Tadeu, Rodrigo Mendes, Jean (2), Willian Magrão, Perea, Jonas, Léo, Réver (1)
- FALTA - Paulo Sérgio (4), Souza (2), Anderson Pico (1)
- ROLANDO - Perea (16), Reinaldo (8), Willian Magrão (7), Léo (4), Soares, Tcheco, Roger (3), Jonas, Andrson Pico, Marcel (2), Paulo Sérgio, Réver, André Luiz, Morales, Héverton, Tadeu, Willian Thiego, Douglas Costa (1) e 1 Contra (Anderson Martins, do Vitória).

ASSISTÊNCIAS (59):
Paulo Sérgio (11), Anderson Pico (6), Tcheco, Roger (5), Marcel (4), Willian Magrão, Souza, Soares, Reinaldo, Perea (3), Hélder, Jean (2), Réver, Rafael Carioca, Morales, Makelele, Léo, Julio dos Santos, Hidalgo, Eduardo Costa e André Luiz (1)

PARTICIPAÇÕES NO ANO - TOTAL - 60 jogos:
Victor (47), Paulo Sérgio (46), Léo (44), Perea (43), Willian Magrão (42), Pereira, Rafael Carioca (39), Réver (36), Anderson Pico (33), Reinaldo (31), André Luiz (29), Marcel (27), Tcheco, Eduardo Costa (25), Jean, Hélder (24), Soares (23), Roger, Souza (22), Makelele, Willian Thiego (18), Felipe Mattione (17), Tadeu (16), Jonas (14), Marcelo (13), Adílson, Amaral (12), Orteman (9), Rudinei, Hidalgo, Julio dos Santos, Nunes, Maylson, Peter (8), Rodrigo Mendes (7), Douglas Costa, Morales (6), Júnior, Vágner (4), Bruno Telles, Héverton, Danilo Rios (2), Itaqui (1).

CARTÕES AMARELOS (138):
Willian Magrão (13), Eduardo Costa (12), Paulo Sérgio (11), Léo (10), Pereira, Hélder (7), Réver (6), Tcheco, Jean, Marcel, Perea (5), Anderson Pico, Rafael Carioca, Nunes (4), André Luiz, Maylson, Orteman, Reinaldo, Roger, Soares, Willian Thiego (3), Jonas, Amaral, Vágner, Victor, Souza, Julio dos Santos, Adilson (2), Hidalgo, Júnior, Makelele, Marcelo e Rodrigo Mendes (1)

CARTÕES VERMELHOS (11):
Léo (3), Tadeu, Maylson, Anderson Pico, André Luiz, Eduardo Costa, Amaral, Tcheco e Jonas (1).
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Perder apenas um a cada seis jogos é uma excelente média. Mas o Grêmio teve algumas partidas que perdeu e não poderia ter sido derrotado. As duas primeiras derrotas do ano foram muito significativas: 2x3 para o Juventude, no jogo de volta das quartas-de-final do Estadual 08'; e, três míseros dias depois, a vitória por 2x1 diante do Atlético/GO, que levou a disputa pela vaga na terceira fase da Copa do Brasil para os pênaltis, onde o futuro campeão da Série C 08' levou a melhor em pleno Olímpico Monumental. Duas derrotas que liquidaram com os objetivos gremistas no primeiro semestre.

O ataque marcou 104 vezes no ano e esteve longe de ser diferencial positivo. Perea Reinaldo e Marcel, os três principais homens de frente do Tricolor, fizeram 38 gols no ano. Apenas um a mais que Alex Mineiro, novo reforço para a Libertadores 09'. Ok, o desempenho é fraco, mas o Grêmio agiu certo na hora de mudar. Além disso, na temporada, não poderia ter apostado de outra maneira, já que as finanças não permitiam e os disponíveis no elenco não fizeram mais que os citados acima.

Os 53 gols sofridos pelos goleiros Victor e Marcelo Grohe nos 60 jogos da temporada resultam na excelente média de apenas 0,88 por partida. Os números defensivos dos times de ponta no Brasil cada vez mais ganham destaque, já que marcar é mais fácil que criar e os jogadores com algum extra de qualidade voam alto logo que podem.

Se os goleiros são destaque no setor defensivo, vale dizer o mesmo dos zagueiros. Réver foi, junto com Victor, a melhor das contratações da temporada. Rápido, alto e bom no jogo aéreo, o zagueiro ex-Paulista de Jundiaí revelou-se TOP de linha entre os que disputaram o certame nacional da primeira divisão. Léo foi mais irregular do que seus meses de estréia em 2007, mostrando-se muitas vezes até inseguro - vide o número de expulsões do atleta em 2008, o maior do elenco. Outro que foi bem era o último remanescente da "épica" Batalha dos Alfitos. Pereira jogou em 2008 mais que se somarmos o desempenho dele nos outros 3 anos de Grêmio. Valorizado fora do clube, não acertou-se com a direção e foi embora. Jean foi uma alternativa durante o ano, depois de ter sido contratado para ser titular absoluto. Não deixará saudades também. Héverton chega ao profissional com destaque depois de desempenhos seguros na reta final do Brasileirão. Já Wágner, alçado precipitadamente no início do ano, perdeu espaço e deve apenas compor grupo durante o próximo ano.

Mas a principal deficiência do grupo e dos 11 titulares tricolores na temporada foi as laterais. Tanto na esquerda, com os inócuos Anderson Pico, Hélder e Bruno Telles, quanto na direita, com o esforçado Paulo Sérgio, o talentoso Felipe Mattione e o improvisado Souza, nada deu certo. Felipe mostra até talento, mas sofreu com a irregularidade. Souza deve jogar no meio na próxima temporada. É cria daquele lugar, não deve ser colocado às margens do campo. Ruy foi contratado para disputar posição no ano que vem pela direita, diferente de Fábio Santos, que deve tomar a #6 e deixar os antigos donos lutando pelo banco de reservas.

O meio-campo teve a firmação de dois garotos nas funções mais defensivas - Rafael Carioca e Willian Magrão. Rafael, com apenas 18 anos, inclusive já fez suas malas e jogará na Rússia a partir de janeiro. Pouco para o petencial do garoto. Magrão e suas passadas largas marca e sabe chegar na área adversária como poucos segundos-volantes no Brasil (presença ofensiva talvez comparável apenas com a de Ramires, do Cruzeiro). Com a saída de Carioca e Makelele, além da eminente não-renovação de Amaral, o setor fica enfraquecido, mas devem chegar contratações. Na parte ofensiva, Roger e Tcheco, sem jogar juntos, cumpriram com suas funções. Douglas surgiu muito bem na equipe principal, mas foi malandramente "escanteado" por Celso Roth no final do ano, preservando o garoto dos holofotes e fazendo com que sua presença na Libertadores 2009 seja mais que garantida.

O Grêmio, ao contrário do que a alguns pregavam, não foi um time violento durante o ano. A média de uma expulsão a cada 5,45 jogos é bastante razoável. O time de Roth marcou muito, fez da defesa a parte sólida da equipe, mas não abusou de violência, apesar de seus 138 cartões amarelos.

O saldo da temporada é amplamente positivo. Apesar de precoces eliminações na Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e no Gauchão, a campanha no Brasileirão, que classificou o clube para a principal competição da América Latina, a Libertadores, foi exímia e digna de aplausos. O Grêmio de Mancini, lá nos primeiros seis jogos do ano, era promissor. O início da era Roth, até o quarto mês do ano, era contestado. Ao final, o grupo limitado e o time razoável sofreram uma grande valorização. O Grêmio superou a crise e planeja vôos mais altos...

Visitas nem tão indigestas

Na última - e atrasada... :( - parte da retrô numérica do Brasileirão 08', vamos saber como foi o desempenho dos clubes da Série A fora de seus domínios. Os números dos visitantes, dizem os ditos e os entendidos, são os que definem o campeão, já que a obrigação dos melhores é fazer pontos seja dentro ou fora de seus domínios. Em 2008, a tese confirmou-se...
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5º - CLASSIFICAÇÃO DOS VISITANTES

O melhor time nos pontos corridos, falando historicamente, foi também o melhor fora de casa na edição 08'. O São Paulo de Muricy somou 29 pontos em 19 jogos longe de seus domínios, aproveitamento de absurdos 50,8%. O Flamengo, vice-líder, ficou com 27 pontos, enquanto o Grêmio somou 26 pontos fora do Estádio Olímpico. O Botafogo vem em quarto, com quatro pontos a menos que o Tricolor Gaúcho. O Palmeiras somou 21 pontos, enquanto o outro classificado à Libertadores, o Cruzeiro, foi o 6º melhor fora de casa, com 20 pontos na conta. O Fluminense foi o sétimo com 18 pontos, mesmo número do Figueirense, que acabou por ser rebaixado - certamente não pela sua camapanha fora de casa e sim pelo desempenho pífio no Orlando Scarpelli. Coritiba (17) e Goiás (16) completam os 10 primeiros. Outro time rebaixado aparece relativamente bem na classificação de visitantes: O Vasco terminou como o 11º melhor time fora de casa, com 15 pontos em 19 jogos sem o mando de campo. O Vitória somou 14 pontos enquanto Sport e Atlético/MG fizeram 13 pontos apenas. Náutico e Santos, como na tabela geral, rondaram a zona de rebaixamento no quesito pontos como visitantes: apenas 12 para cada agremiação. O Inter (:O) abre a zona da degola com 11 pontos em 19 jogos, campanha patética para quem conseguiu acabar em 6º lugar o campeonato. O Atlético/PR foi o antepenúltimo com 9 pontos, enquanto a Portuguesa somou 6 e o Ipatinga apenas 5 pontos durante o certame.

Os três primeiros neste quesito (São Paulo, Grêmio e Flamengo) foram os que tiveram maior número de vitórias: 7 vezes. Já o Ipatinga, não venceu nenhum dos seus 19 jogos fora do Ipatingão. A Lusa venceu apenas uma vez fora de casa, contra o Botafogo no Engenhão.

Nos números de empates, o líder foi o líder (perdão pela redundância proposital) São Paulo. Foram 8 em 19 partidas. Só o Goiás chegou próximo a esta marca: empatou 7 vezes fora do Centro-Oeste. Vitória e Cruzeiro, com 2 empates, foram os que menos empataram longe de casa.

Com acachapantes 15 derrotas, a Portuguesa foi o maior destaque no quesito sair de campo sem pontuar. CAP e Ipatinga perderam 14 vezes nessa tabela e comprovam o porquê dos péssimos desempenhos nesta temporada. Com apenas quatro derrotas, o líder é sempre o mesmo: o São Paulo.

O melhor ataque foi o do Grêmio, que marcou 30 vezes. Desses 30 tentos, 23,3% foram feitos apenas na vitória diante do Figueirense, em Florianópolis, por 1x7. O último colocado Ipatinga também levou o prêmio de pior ataque fora de casa: marcou apenas 9 vezes em 19 jogos.

Nos números defensivos, o destaque é de Rubro-Negros cariocas e Tricolores paulistas. Flamengo e São Paulo tomaram 24 gols cada e foram as melhores defesas fora de seus domínios no Brasileirão 08'. o Grêmio, com 25 gols sofridos, ficou com a terceira colocação. O pior desempenho defensivo foi da Portuguesa que tomou 47 gols em 19 jogos: média de 2,47 gols a cada jogo.
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Cada uma das 5 classificações diferentes exemplificou a superioridade de São Paulo e Grêmio no Campeonato Nacional. Da mesma forma, o fraco desempenho dos rebaixados foi claro, principalmente nos jogos em casa e nos números de gols tomados, indícios de fracas defesas que, aliadas ao nervosismo e a pressão de jogar em casa e obter o resultado positivo, sucumbem diante de times menos pressionados.

Ano qe vem tem mais Brasileirão, mas o futebol não pára... Nessa semana ainda tem as finais do Brasileirão Sub-20 e do Mundial de Clubes. E daqui a 4 semanas, voltam os estaduais, Copa Libertadores e Copa do Brasil...

Como dizem os "loucos" pelo Corinthians: Não pára, não pára, não pára...

Ranking de aproveitamento

Mais um ranking que merece destaque aqui nesse espaço. O jornalista Mauro Beting, em seu blog (http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/), listou os campeões brasileiros* desde 1971 e os colocou em ordem de aproveitamento.

* Para não gerar confusão, Mauro dividiu o título do Brasileirão 87 entre Sport e Flamengo, colocando ambos na lista. Concondo com o relator e acho que é a saída que deve ser tomada pela CBF para terminar com o imbróglio.

Segue então a lista abaixo:

Campeão….. aproveitamento….. saldo
Coritiba-85….. 49%….. -2
Flamengo-92….. 54%….. 13
Grêmio-96….. 55%….. 20
Atlético-MG-71….. 56%….. 17
Vasco-00….. 56%….. 5
Flamengo-87….. 57%….. 7
Bahia-88….. 57%….. 10
Vasco-74….. 57%….. 15
Corinthians-90….. 58%….. 3
Santos-02….. 58%….. 18
Vasco-89….. 61%….. 11
São Paulo-91….. 62%….. 13
Flamengo-83….. 62%….. 27
São Paulo-86….. 62%….. 40
Grêmio-81….. 63%….. 11
Corinthians-98….. 63%….. 19
Palmeiras-72….. 64%….. 27
Corinthians-05….. 64%….. 28
Santos-04….. 64%….. 45
Botafogo-95….. 65%….. 21
São Paulo-08….65%……30
Atlético-PR ….. 67%….. 23
Corinthians-99….. 67%….. 23
São Paulo-07….. 67%….. 36
São Paulo-77….. 68%….. 25
São Paulo-06….. 68%….. 34
Fluminense-84….. 69%….. 26
Palmeiras-94….. 70%….. 28
Vasco-97….. 70%….. 32
Guarani-78….. 70%….. 35
Flamengo-80….. 72%….. 26
Palmeiras-73….. 72%….. 39
Inter-75….. 72%….. 39
Cruzeiro-03….. 72%….. 56
Flamengo-82….. 73%….. 19
Palmeiras-93….. 78%….. 23
Inter-79….. 79%….. 27
Inter-76….. 84%….. 46
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Os três títulos do Inter foram de uma superioridade gigantesca em relação ao adversários. Tanto que ocupam 3 das 6 primeiras posições. No mesmo blag do Mauro http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting/) tem uma grandiosa entrevista com Rubens Minelli, técnico colorado nos dois primeiros títulos nacionais e um dos maiores responsáveis pelas grandes conquistas.

Completam os 6 primeiros o Palmeiras de Luxemburgo de 1993, que goleou o Corinthians na final por 4x0; o Flamengo de 1982, sob a batuta de Zico e Cia.; e o sensacional Cruzeiro de 2003, primeiro campeão da era de pontos corridos, comandado por Alex Cabeção.

Na outra ponta, o Coritiba de 1985 é o "pior" do campeões nacionais. Com menos de 50% de aproveitamento e saldo negativo de dois gols, valeu-se de um regulamento de fases eliminatórias e chegou ao título em um campeonato onde os grandes ficaram pelo caminho (o Bangu foi o vice-campeão e o Brasil de Pelotas foi o terceiro colocado).

Os outros "piores" são o Flamengo de 1992, comandado por um experiente Júnior e campeão diante do favorito Botafogo; Grêmio de 1996, que chegou em 5º no turno e triunfou no mata-mata; e o Atlético/MG, que venceu o primeiro Brasileirão em 1971 empatando o jogo final de um triangular.

Nada como os números pra ratificar a condição de que time foi melhor ou pior, independente de sua época...

A força do PPV

Grêmio e Inter são quinto e sexto maiores consumidores de pay-per-view
Globosat apresenta dados da pesquisa ao Clube dos 13 e Fábio Koff comemora

Os filiados do Clube dos 13 tiveram acesso nesta segunda-feira à primeira pesquisa realizada entre torcedores-consumidores dos canais pay-per-view do Campeonato Brasileiro. Os números, apresentados pela Globosat em conjunto com os institutos Ibope e Datafolha, serão utilizados como referência para a distribuição de cotas do PPV a partir de janeiro de 2009.

O Grêmio ficou em quinto lugar e o Inter em sexto, entre os times brasileiros que mais vendem pay-per-view. — Pela primeira vez, os clubes terão ferramentas para atingir melhor seus torcedores e aumentar a arrecadação do PPV. É um avanço extraordinário, pois os fãs saberão que, comprando os pacotes de transmissão, estarão ajudando diretamente seus times de coração — afirmou o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff.

De acordo com o contrato assinado para o triênio 2009-2011, haverá uma nova rodada da pesquisa em junho. Os parâmetros serão utilizados para a divisão das cotas entre julho de 2009 e junho de 2010. Na pesquisa, os dois institutos ouviram 8.193 pessoas em 11 capitais do país.

Confira a lista dos percentuais dos 10 clubes mais citados pelos entrevistados em outubro apenas entre assinantes do canal PFC:

1º Flamengo - 13,84%
2º Corinthians - 9,77%
3º São Paulo - 9,21%
4º Palmeiras - 8,23%
5º Grêmio - 8,17%
6º Inter - 6,87%
7º Cruzeiro - 6,56%
8º Vasco - 6,46%
9º Atlético-MG - 5,94%
10º Fluminense - 5,55%

FONTE: ClicRBS
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É inegável a força do sistema de jogos em casa. O Pay Per View é a alternativa contra as confusões do estádio, contra a insegurança das ruas. Esse, infelizmente, é o novo jeito de se reunir para "ir ao jogo" do seu time.

E essas dados do canal PFC mostram a força econômica do Rio Grande do Sul, que mesmo tendo menos da metade da população de RJ e SP consegue chegar a números altos como esses.

Quem não tem condições fica meio a "ver navios" nesse sistema moderno de distribuição das imagens dos jogos. Mas a tendência é de domínio do PPV em relação aos estádios.

Os mandantes que mandam

Na quarta parte da análise númerica do Brasileirão, vamos aos números dos mandantes na edição 2008.
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4º - CLASSIFICAÇÃO JOGOS EM CASA

Um dos times que mais venceu no Brasileirão 08' foi o Cruzeiro. E 15 das suas 21 vitórias durante o certame foram com mando de campo a favor. Com 47 pontos, 15 vitórias, dois empates e duas derrotas, o time de Adílson Baptista teve a melhor campanha em seus domínios, um ponto a frente de São Paulo e Grêmio, que disputaram o título do torneio até a última rodada. O Palmeiras, completa o time dos 4 primeiros com 43 pontos. Comprovando a superioridade na tabela, os times classificados à Libertadores ao final da disputa foram os de melhor campanha como mandante, fazendo da força de seus domínios um trunfo na competição. A primeira das surpresas dessa classificação é o Inter com a quinta posição. Com 43 pontos somados em 57 possíveis, o colorado teve uma excelente campanha em casa, brigando sempre pelos primeiros lugares. Outra surpresa é o Sport, sexto nesta tabela com 39 pontos. Vitória (38), Goiás (37), Flamengo (37) e Coritiba (36) completam os 10 primeiros na tabela de mandantes. O Atlético Paranaense também fez 36 pontos em casa, certamente o motivo de sua salvação do rebaixamento ao final do Brasileirão. O Atlético Mineiro acabou somando 35 pontos no Mineirão, enquanto o Santos fez 33 na Vila Belmiro. Náutico e Portuguesa somaram, cada um, 32 pontos em seus domínios. A terceira grande surpresa dessa tabela é o Botafogo, que aparece apenas na 16ª posição entre os 20 clubes da Série A, somando 31 pontos em 19 jogos como mandante. Na zona de rebaixamento, o Ipatinga foi o 17º, com 30 pontos, o Fluminense terminou em 18º, com 27 pontos, o Figueirense foi o 19º, com 26 pontos, e o Vasco terminou com a pior campanha entre os clubes da Série A em casa, com apenas 25 pontos.

Três dos quatro rebaixados estão na zona da degola nos números em casa, o que comprova que quem ambiciona algo nos pontos corridos precisa fazer sua parte quando joga com torcida a favor.

O Vasco, pior aproveitamento em casa entre todos clubes da Série A 08', teve mais derrotas do que vitórias. Na Série B do ano que vem precisa melhorar esse aproveitamento se dejesa retornar à elite do futebol nacional. O Vasco, junto com Fluminense e Figueirense, foram os que menos venceram em casa: apenas 7 vezes em 19 jogos.

A Portuguesa, também rebaixada de volta a segunda divisão, foi o time com o maior número de empates: 8 vezes. Mesmo perdendo apenas 3 jogos em casa, a Lusa já estava rebaixada antes da última rodada por não ganhar os jogos diante de sua torcida. Cruzeiro e Palmeiras empataram apenas duas vezes jogando em casa e acabaram entre os 4 primeiros na tabela dos mandantes.

São Paulo e Grêmio souberam muito bem como utilizar a força do mando de campo: ambas equipes perderam apenas 1 de seus 19 jogos como mandantes. Os paulistas perderam para o próprio Grêmio, na primeira rodada da competição, por 1x0. Já os gaúchos perderam para o Goiás, por 2x1, no segundo turno. O Vasco, com 8 derrotas, liderou pelo menos nesse quesito no campeonato...

O melhor ataque como mandante foi do Flamengo, que marcou 42 gols. Goleadas contra Figueirense (5x0), Coritiba (5x0) e Palmeiras (5x2), alavancaram os números do ataque rubro-negro. Já o ataque menos eficiente foi o do Fluminense, que fez apenas 24 gols como mandante.

O título não veio, mas a defesa do Grêmio tem do que se orgulhar. Consagrada como a melhor do campeonato, foi também a melhor como mandante, tomando 10 gols em 19 jogos, média de pouco mais de 0,5 por partida. Já os números da defesa do Figueirense não são nada animadores: 32 gols sofridos e a alcunha de pior defesa como mandante. Mais um que pelo menos liderou em algum quesito...

É sempre a mesma coisa...

Com o final dos cameponatos esportivos do ano, já que temos um calendário que inicia no meio de janeiro e termina entre a primeira e a segunda semana de dezembro, a escassez de assuntos predomina em redações de esportes.

Mas eis que em 2008 algo mudou - talvez até para pior...

Ronaldo foi especulado pelo Flamengo durante 4 meses. Sua recuperação física foi notícia, em média, a cada 20 dias, geralmente ligado a uma notícia de treinamento do Flamengo, onde o "fenômeno" realizava tratamento médico.

O Corinthians procurou Ronaldo em novembro. O atacante preferiu esperar o ano acabar. Então, logo após o término das atividades futebolísticas no país do futebol, ele resolveu em 3 dias a negociação com o time paulista.

Como foi tudo muito bem escondido da mídia, a negociação só foi tornar-se de conhecimento público quando Ronaldo já podia se considerar jogador do Timão.

E aí a mídia fez a festa...

Quarta o burburinho começou na hora do almoço. Renata Fan no Jogo Aberto, da BAND, fazia o patético "daqui a pouco mais detalhes com o craque Neto". O Globo Esporte, pego talvez com as calças na mão, apelou para uma simples nota, lida com entusiasmo ferrenho pelo ex-repórter Tino Marcos. No Jornal Nacional na mesma quarta, Ronaldo já era tema de VT com entrevista especial e exclusiva, feita por Cliton Conservani.

Na quinta, Ronaldo no Timão já tinha virado briga na internet entre o Lance! e a Placar, que desdenhou do jornal quando este publicou, lá em novembro, um possível interesse corinthiano pelo maior artilheiro em Copas do Mundo. Chico Lang, da Gazeta, entrou na briga e, como um autêntico e descarado corinthiano, desceu a lenha na revista Placar.

Renata Fan dividia-se entre os merchans e o "gordito". Se o Corinthians já ganhava mais destaque que qualquer outro na Série B, imagina agora na Série A e com Ronaldo. Já o Globo Esporte apelou (e não foi a única vez nesta semana...): trouxe nos estúdios o ícone esportivo da casa: Galvão Bueno. Foram duas matérias no primeiro bloco nacional, depois mais duas com a participação do narrador. Em uma delas, a produção do jornal pediu a Galvão a narração de um fictício gol de "Ronnie" pelo Coringão. LA-MEN-TÁ-VEL.

Mas daí tu pensa: chegamos ao fim, né? Nãããooo... Tudo que tá ruim pode piorar mais um pouquinho...

Eis que a BAND resolve anunciar que transmitirá, amanhã pela manhã, a chegada e apresentação do novo reforço ao vivo. Não bastasse Ronaldo virar assunto único no esporte, o seu retorno ao futebol brasileiro mudou a grade de programação de uma emissora de porte nacional.

Mas não pode ser mais patético, né... Não, pode sim...

Usando de todo seu poderio no âmbito televisivo e procurando inovar cada vez mais, já que não tem assunto mesmo, a Globo traz Ronaldo (sim, ele próprio! funf..) nos estúdios do GE para uma entrevista. Como tudo que é diferente tem mais risco de dar errado, Ronaldo chega atrasado e entra em meio ao bloco inicial da rede nacional, colocando a prova o talento de improviso dos apresentadores, visivelmente abalados com a chegada repentina do convidado. Movimentos fora dos previstos, improvisos dos apresentadores... Digamos que a edição do Globo Esporte virou uma conversa informal entre conhecidos famosos, tipo aquelas que acontecem na Luciana Gimenez...

A falta de assunto provoca a falta de qualidade? Não, nem sempre. O que deixa os produtos com baixa qualidade é a confusão entre o jornalismo e o "parceirismo" - aquela prática onde as pessoas deixam de lado os compromissos éticos e profissionais e fazem qualquer fato virar uma bomba de tamanho imensurável. Ronaldo é importante? É sim. Mas o seu retorno não pode virar a televisão de cabeça para baixo...

Atualizando...

A CBF atualizou hoje o seu ranking de clubes brasileiros nas competições nacionais. Vejamos a nova lista:


RANKING DA CBF
01 - Grêmio 2.039 pontos
02 - Corinthians 1.998
03 - Vasco 1981
04 - Flamengo 1974
05 - São Paulo 1939
06 - Atlético-MG 1922
07 - Palmeiras 1900
08 - Inter 1863
09 - Cruzeiro 1834
10 - Santos 1695
11 - Fluminense 1608
12 - Botafogo 1567
13 - Guarani 1.429
14 - Goiás 1423
15 - Sport 1422
16 - Coritiba 1419
17 - Portuguesa 1329
18 - Bahia - 1287
19 - Atlético-PR - 1.270
20 - Vitória - 1238
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Dos 20 listados, 4 estarão na Série B em 2009 (Vasco, Guarani, Portuguesa e Bahia). Os outros 16 jogarão a Série A no ano que vem.

O Grêmio mantém a liderança com folga, 41 pontos a frente do 2º colocado.

O Inter é apenas o 7º, muito em função do desempenho nas décadas de 80 e 90.

Os 12 grandes (4 do RJ, 4 de SP, 2 de MG e 2 do RS) estão nas 12 primeiras posições. Dois oito restantes, dois são paulistas (Lusa e Bugre), dois são paranaenses (Coxa e Furacão), dois são baianos (Bahia e Vitória). O pernambucano Sport e o goiano Goiás completam a listagem.

A diferença de 801 pontos entre Grêmio, 1º, e Vitória, 20º, colocaria um clube fictício na 28ª colocação.

A única troca de posições foi entre Coritiba e Sport. Os pernambucanos descontaram 23 pontos de desvantagem e ainda abriram mais 3 de vantagem sobre os paranaenses.

Em um ranking no qual a maior diferença de pontos é na Copa do Brasil, é entendível que o Sport seja o que mais subiu. Mas beira o descaso diferenciar em um mísero ponto a diferença entre cada colocação na Série A do Brasileirão.

2º Turno e a virada do campeão

Continuando com o resumo do Campeonato Brasileiro, vamos ao segundo turno, terceiro modo de explicitar o que aconteceu no nacional de 2008.
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Se o Grêmio fez incríveis 41 pontos no 1º Turno, o São Paulo do returno conseguiu ser ainda melhor. O time de Muricy Ramalho perdeu apenas um jogo dos 19 disputados. E foi logo na estréia, diante do adversário que seria o único rival ao título nas últimas rodadas: o Grêmio. Com 12 vitórias e 6 empates, 18 jogos de invencibilidade, o tricolor paulista obteve os melhores números do 2º Turno. Foram 9 pontos de vantagem para o Flamengo, segundo colocado; duas vitórias a mais que o segundo maior vencedor, o terceiro colocado Cruzeiro; e 3 derrotas a menos que os que menos perderam, Flamengo e Fluminense. O Rubro-Negro carioca fez um bom returno, conquistando 33 pontos e sendo o segndo melhor time, seguido de perto por Cruzeiro, Grêmio e Palmeiras, ambos com 31 pontos. o Goiás, que foi o líder do returno até a sua metada, acabou em 6º lugar. O Fluminense saiu da zona de rebaixamento no 1º Turno para uma honrosa 7ª colocação no returno, o que garantiu ao time de Rêne Simões vaga na próxima edição da Copa Sul-Americana. Inter e Santos fizeram 28 pontos: ambos começaram o returno bem mas acabaram tranquilizando-se nas últimas rodadas e perdendo espaço nesta classificação. Atlético/PR e Sport marcaram 25 pontos no returno, enquanto o Galo mineiro, o Atlético, somou 24 pontos. O Náutico fez 23 pontos no returno, a grande maioria na reta final do certame, onde perdeu apenas 1 dos últimos 9 jogos. O Botafogo foi de candidato a Libertadores para mero figurante no torneio graças a sua campanha na segunda metade do campeonato, onde somou apenas 22 pontos. Mesmo motivo do Coritiba, que por somar 21 pontos no returno, não manteve-se na disputa pelo torneio continental de maior importância na América do Sul. O Vasco também somou 21 pontos no returno e não atigiu pontuação sufuciente para permanecer na Série A em 2009. Os times que seriam rebaixados se valesse apenas o segundo turno seríam o Vitória da Bahia (20), Figueirense, Ipatinga (ambos com 19) e a Portuguesa (16 pontos).

São Paulo, Grêmio e Cruzeiro dominaram durante todo o campeonato. Tanto que ficaram entre os 4 primeiros no turno inicial e no turno final. Superioridade técnica, física e emocional que manteve os times de Muricy, Adílson e Roth na ponta de cima da tabela. Na parte baixa da tabela, a "regularidade" ficou por conta dos mineiros do Ipatinga: último no primeiro turno, o time do vale do aço foi penúltimo no 2º. O torcedor do Tigre viu seu time cair duas vezes em 2008 (no estadual de MG, o Ipatinga foi penúltimo e disputará a 2ª divisão do Campeonato Mineiro em 2009).

Se o São Paulo teve o maior número de vitórias, 12, a Portuguesa "garantiu" a lanterna graças as suas gloriosas 3 vitórias no returno (3x1 no Botafogo e 2x0 em Grêmio e Ipatinga). Em ambos os casos (Lusa e SP), a diferença para o time mais próximo foi de dois triunfos. Digamos que ambos mereceram seus postos.

O rei dos empates foi o Náutico. Invicto nas últimas nove rodadas, o Náutico sou ao longo do returno 8 empates em 19 jogos, 5 nos últimos 9 jogos. Salvou-se por isso mais se tivesse ganho 2 dos 5 jogos que empatou nessa série final estaria livre do risco de queda para a Segundona antes. O Fluminense também empatou 8 vezes, mas ganhou 2 jogos a mais que o Timbú Pernambucano. O Cruzeiro venceu 10 vezes (2º no número de vitórias), mas o destaque por aqui é o único empate no returno da competição: na quarta rodada (23ª no total), diante do Coritiba, no Mineirão.

O número de derrotas foi o grande trunfo do São Paulo no returno. Perdeu apenas para o Grêmio, na primeira rodada. Fluminense e Flamengo perderam 4 vezes em 19 rodadas. Seriam os times com o menor número de derrotas facilmente, se não existisse o time de Muricy e sua defesa quase intranponível. Vasco, Figueirense e Ipatinga perderam 10 vezes no returno e decretaram assim o descenso.

O melhor ataque foi do Flamengo (37 gols pró). O Goiás fez 34, graças ao bom desempenho de Iarley e Paulo Baier no returno. Paulo Baier fez 12 de seus 14 gols no campeonato na segunda metade do torneio. O pior desempenho foi do ataque do Ipatinga, que marcou apenas 17 vezes. Menção honrosa neste quesito para o ataque do Vitória, que também teve média inferior a um gol por jogo no segundo turno (18 marcados em 19 jogos).

No quesito melhor defesa, o São Paulo liderou o segundo turno com vantagem de 4 gols para Goiás e Fluminense (15 contra 19). O trio Miranda, André Dias e Rodrigo mostrou muita qualidade, tanto que Miranda (o melhor deles) é frequentemente convocado para a seleção brasileira. O Figueirense, com 38 gols sofridos, teve a pior defesa do 2º Turno, cinco gols a frente de Atlético/PR, Vasco e Ipatinga. Muito por isso aconteceu o rebaixamento...

Ronaldo no Corinthians

Se foi um bom negócio, saberemos apenas quando a bola rolar em 2009.

Ronaldo é um fenômeno no marketing. Já foi fenomenal também dentro de campo. E já mostrou ter uma capacidade absurda de se recuperar quando todos acham que ele não volta mais.

Ronaldo é rentável financeiramente se souber se explorar esse lado humano, heróico, mitológico, genial do craque.

Ronaldo tornará-se um fracasso caso não se ajude, se mantiver o comportamento extra-campo de 2008, onde travestis e festas fizeram parte da sua recuperação física.

Ronaldo já foi Rei. E chega ao Corinthians para recuperar sua majestade. E contará com a ajuda de seus fiéis para isso.

Sem dúvida, foi o desfecho de ouro para o projeto do ano no futebol nacional.

Mais um ranking!

Ranking agora dos clubes que participaram do Brasileirão de pontos corridos (2003 a 2008). Contagem por pontos e valem apenas as participações na Série A:

1. São Paulo - 448 pontos
2. Santos - 406 pontos
3. Cruzeiro - 396 pontos
4. Inter - 394 pontos
5. Goiás - 364 pontos
6. Atlético/PR - 355 pontos
7. Flamengo - 352 pontos
8. Fluminense - 338 pontos
9. Figueirense - 335 pontos
10. Vasco - 317 pontos
11. Palmeiras - 316 pontos
12. Corinthians - 311 pontos
13. Grêmio - 286 pontos
14. Paraná - 281 pontos
15. Atlético/MG - 275 pontos
16. Botafogo - 269 pontos
17. Juventude - 266 pontos
18. Coritiba - 237 pontos
19. São Caetano - 215 pontos
20. Ponte Preta - 204 pontos
21. Vitória - 156 pontos
22. Paysandu - 146 pontos
23. Fortaleza - 142 pontos
24. Criciúma - 110 pontos
25. Guarani - 110 pontos
26. Sport - 103 pontos
27. Náutico - 93 pontos
28. Bahia - 46 pontos
29. Brasiliense - 41 pontos
30. Lusa - 38 pontos
31. Ipatinga - 35 pontos
32. Santa Cruz - 28 pontos
33. América - 17 pontos
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Definitivamente, antes que se volte ao assunto, o Ipatinga não foi o "novo" América de Natal. Foi muito melhor e merece respeito.

O Inter é o melhor dos que não ganharam este modo do Brasileirão, em quarto lugar. Mostra a organização do clube nos últimos anos.

Surpreendem o Goiás em quinto, o Atlético/PR em sexto e o Figueirense em nono lugar. Mas esses clubes disputaram as seis edições dos pontos corridos, diferente de grandes como Corinthians, Grêmio e Palmeiras, que estão depois da décima colocação.

Avaí, Santo André e Grêmio Barueri estreiarão neste ranking em 2009. E palpito que não alcançam a 30ª posição nesta tabela.

E mais! Me arrisco a dizer que clubes estruturados como São Paulo, Cruzeiro e Inter jamais cairão para a Série B se o campeonato de pontos corridos permanecer.

Opinião é opinião...

Tópico nº 2

Como dito antes, traçarei neste espaço durante a semana uma retrô do Brasileirão através do números. Agora, a análise é da cdlassificação do 1º Turno.
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2º - CLASSIFICAÇÃO 1º TURNO

O primeiro turno foi azul, preto e branco. O Grêmio dominou amplamente o Brasileirão nas primeiras 19 rodadas, fazendo o turno com melhor aproveitamento na história dos pontos corridos: ganhou 71,9 % dos pontos em disputa (41 em 57). Time que mais venceu (12 vezes) e que menos perdeu (apenas 2 derrotas, para Vasco e Botafogo, ambos jogos no RJ), o Tricolor dos Pampas abriu 5 pontos de vantagem para o Cruzeiro, à época na segunda colocação. Os mineiros faziam uma boa campanha, ofuscada porém pelo desempenho quase perfeit0 do time de Celso Roth, que conseguia repetir a escalação rodada após rodada e mantinha a liderança desde a goleada de 7x1 contra o Figueirense, em Santa Catarina, 14º jogo do Grêmio na competição. O Palmeiras vinha em 3º lugar, seguido pelo São Paulo, 7 pontos atrás do líder Grêmio. Duas surpresas ocupavam a 5ª e 6ª posições: Vitória e Coritiba, respectivamente. O Flamengo, que postulou o título no segundo turno, era apenas o sétimo colocado, com 31 pontos, empatado com o rival carioca Botafogo. Sport, com 27, e Inter, com 26 pontos, completavam os 10 primeiros da tabela. O Figueirense, rebaixado ao final do torneio, ocupava o 11º lugar, com 25 pontos. Se repetisse a campanha do 1º Turno, os catarinenses livrariam-se da Segundona com facilidade. O Atlético/MG era o 12º e o Goiás ocupava o 13º lugar, após iniciar muito mal a competição apresentava claros sinais de recuperação. Portuguesa com 22, Náutico, com 21, e Atlético/PR com 20 pontos, beiravam a zona de rebaixamento. Na Zona da Degola, três campeões brasileiros e um virtual rebaixado antes do torneio começar: o Vasco tinha 19 pontos, o Santos tinha 17, e o Fluminense dividia a lanterna com o Ipatinga, somando apenas 16 pontos.

Os números da ponta de cima da tabela comprovam que 4 times foram regularmente os melhores durante todo o torneio: Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras e São Paulo ocupavam os 4 primeiros lugares ao final do primeiro turno e terminaram na mesma zona da Libertadores ao final do Brasileirão. Se o Grêmio foi o mais vitorioso, com 12 triunfos, os três últimos (Santos, Fluminense e Ipatinga) tiveram apenas 4 vitórias.

O Figueirense mantinha-se no meio da tabela graças ao alto número de empates. Os catarinenses empataram 7 vezes nos primeiros 19 jogos. O Vitória, 5º colocado, ganhou muito, mas perdeu muito também. Teve 10 vitórias e 7 derrotas, tornando-se assim o time com o menor número de empates do 1º Turno: apenas dois, contra Sport e Coritiba, ambos em 0x0.

Nas derrotas, o Grêmio foi absoluto: perdeu apenas duas vezes, contra 4 do São Paulo. Fluminense e Ipatinga perderam 11 em 19, segurando firme a ponta de baixo da classificação. O melhor ataque era do líder, com 35 gols a favor, assim como a melhor defesa, que havia sido vazada apenas 12 vezes. O Atlético Paranaense tinha o pior desempenho ofensivo, com 17 gols pró, enquanto o outro Atlético, de Minas Gerais, ostentava o título de pior defesa, sofrendo 37 gols em 19 jogos.

Dois dos quatro rebaixado ao final do certame já ocupavam a zona de rebaixamento no final do turno inicial: Vasco e Ipatinga. O Fluminense recuperou-se após duas trocas de técnico: Renato Gaúcho por Cuca e depois Cuca por Renê Simões. O Santos, após demitir o mesmo Cuca, efetivou o interino Márcio Fernandes e salvou-se da degola.

Aliás, o desempenho negativo de dois técnicos chamou muita atenção nesse Brasileirão. Cuca afundou os dois times que treinou no campeonato (Fluminense e Santos), assim como Renato Gaúcho, depois de quase levantar a Taça Libertadores com o Fluminense, afundou a equipe rumo a 2ª divisão e foi demitido, para depois ser contratado pelo Vasco e terminar o serviço, levando o Gigante da Colina para a Série B pela primeira vez na história - agora, Flamengo, Cruzeiro e Internacional são os únicos clubes brasileiros a disputar todas as edições da primeira divisão nacional.

Números e mais números

Adoro números. Enumerar fatos, classificar, catalogar. É um hábito de infância. E agora, ao final da Série A do Brasileirão, queria comentar alguns números, baseados em cinco tabelas de classificação. São elas: Classificação Geral, 1º Turno, 2º Turno, Em Casa e Fora de Casa. Até o final da semana, em posts diários, pretendo analisar uma por uma, no intuito de desvendar os mistérios numéricos que levaram o São Paulo ao hexacampeonato, o Grêmio à Libertadores e o Vasco à Série B
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1º - CLASSIFICAÇÃO GERAL

Na classificação geral, o São Paulo como campeão não tem nenhuma surpresa. Time copeiro e sabe jogar campeonatos de pontos corridos. Muricy comprova a cada dia porquê é o melhor técnico em atividade no Brasil. O Grêmio foi a surpresa do campeonato. De possível rebaixado no início da competição a 2º colocado e com vaga na Libertadores 09'. Cruzeiro e Palmeiras completam com justiça os classificados à Libertadores. Os mineiros passaram 37 das 38 rodadas do Brasileirão entre os 4 primeiros. O Flamengo caiu muito na reta final. Somou apenas 1 dos últimos 9 pontos. Planejou mal o ano. O Inter foi talvez a maior decepção do campeonato. Time forte, elenco numeroso, mas o resultado final foi ruim. Botafogo, Goiás, Coritiba e Vitória especularam até uma vaga na Libertadores durante o torneio nacional, mas acabaram sucumbindo a melhor qualidade dos ponteiros do campeonato. O Sport, time de maior sangue doce da competição, por ter ganho a Copa do Brasil no primeiro semestre, figurou sempre na metade da tabela. E por ali ficou, na 11ª posição. O Galo mineiro não fez nada demais no Brasileirão, mero figurante. O Furacão, que escapou na última rodada, melhorou muito no fina, após a chegada de Geninho. Outra decepção foi o Fluminense, que de vice-campeão da Libertadores passou a lutar contra o rebaixamento no campeonato nacional. O Santos teve um dos artilheiros, Kléber Pereira fez 21 gols, mas não teve nenhum destaque mais. O Náutico teve um bom início, mas caiu de produção e quase foi rebaixado. Ipatinga e Portuguesa lutaram bravamente, e até mostraram alguma qualidade, mas foram rebaixados como era previsto. O Figueirense, que sempre foi apontado como exemplo de organização, montou um time ruim e trocou inúmeras vezes de técnico. Acabou na Segundona. E o Vasco... Ah o Vasco. Grande time do Rio de Janeiro, com muita história e muitos títulos. Mas sem um time qualificado, abalado no meio do campeonato pela troca de presidente, deixou a Série A e terá que planejar enfrentamentos diante de ABC's e Duque de Caxias's.

Costuma-se dizer que o empate, em campornatos de pontos corridos, não é um bom negócio. Mas o ano de 2008 comprovou exatamente o contrário. São Paulo, Grêmio e Cruzeiro tiveram 21 vitórias. E o número de empates foi o diferencial para definir os 3 primeiros colocados. Enquanto o São Paulo empatou 12 vezes, o Grêmio ficou em igualdade com seus adversários em 9 ocasiões. O Cruzeiro foi o time que menos empatou no Brasileirão 08': apenas 4 vezes. Ao lado do Atlético/MG, o São Paulo foi o time com o maior número de empates. E sagrou-se campeão. Definitivamente não é o número de empates que decide nada, já que o Cruzeiro terminou em 3º e foi o que menos empatou.

O que importa, em pontos corridos, é o número de vitórias. Quanto maior, melhor. E isso foi diferencial também na ponta de baixo da tabela, onde Portuguesa e Ipatinga, último e penúltimo colocados, respectivamente, foram os únicos times que não fizeram mais de 10 vitórias em 38 jogos. Ambos venceram apenas 9 vezes, o que decretou o retorno a Série B para essas duas equipes.

Todos desejam ter um baixo número de derrotas. E o campeão São Paulo foi rei nesse quesito: perdeu apenas 5 vezes no Brasileirão 08'. Foram duas derrotas para o Grêmio, ambas por 1x0, e uma derrota para Inter, Náutico e Fluminense, essas todas fora de seus domínios. O grande número de derrotas foi marcante na Zona da Degola: os três maiores perdedores do campeonato (Ipatinga - 21, Vasco - 20 e Portuguesa -19) foram parar na Segundona.

No quesito pontuação, percebe-se a grande diferença entre São Paulo e Grêmio dos outros participantes. Três pontos separaram os dois, mas a diferença entre Grêmio e Cruzeiro terminou em 5 pontos. Entretanto, a maior diferença de pontuação foi do quinto para o sexto colocado: O Flamengo terminou com 64 pontos e o Inter fez apenas 54: 10 pontos de diferença. Isso exemplifica o domínio dos 5 primeiros colocados no torneio em relação aos outros 15 oncorrentes.

Os números do gols também fazem parte da definição do campeonato. O Naútico, 16º ao final da competição, não foi rebaixado graças a sua defesa. Explicando: em comparação com o concorrente direto, o Figueirense, o Timbú tomou 19 gols a menos: 54 contra 73 dos catarinenses. No saldo de gols (-10 a -24), os pernambucanos mantiveram-se na primeira divisão.

O melhor ataque, que até 2006 sempre fez o campeão, mudou de mãos novamente em 2008. Em 2007, o campeão São Paulo ganhou o título pelo belo desempenho de sua defesa, que tomou apenas 19 gols em 38 jogos, enquanto o Cruzeiro, 5º colocado, teve o melhor ataque com 73 gols. Em 2008, também o 5º colocado teve o melhor ataque: o Flamengo marcou 67 vezes no Brasileirão. O São Paulo, campeão, teve o 2º melhor ataque, com 66 gols feitos. A falta de gols também foi motivo pelo qual o Ipatinga desceu de divisão: 37 em 38 jogos.

Na questão defensiva, o destaque fica novamente com a dupla Grêmio e São Paulo. Cada um tomou apenas 35 e 36 gols sofridos, respectivamente. A diferença de 8 gols para a 3ª melhor defesa, honraria dividida entre Cruzeiro, Botafogo e Vitória, mostra o poder de marcação dos sistemas defensivos de Celso Roth (Réver, Pereira ou Jean, Léo, Carioca e Magrão) e Muricy Ramalho (André Dias, Miranda, Rodrigo ou Anderson, Jean e Hernanes). O número de gols sofridos marcou os times rebaixados. Ipatinga (67), Portuguesa (70), Vasco (72) e Figueirense (73) tiveram as piores defesas da edição 2008 do campeonato nacional.

O Grêmio teve dois destaques importantes ao final da competição. Se o Cruzeiro foi o time que mais permaneceu entre os 4 primeiros, o Grêmio foi o que mais liderou: 17 rodadas. E o goleiro gremista, Victor, foi um dos quatro jogadores que atuaram nas 38 partidas de seus clubes no Brasileirão 08'. Os outros três também são goleiros: Fábio, do Cruzeiro, Wilson, do Figueirense e Harley, do Goiás.

Em um campeonato que teve 27 trocas de técnicos, Figueirense, Náutico e Atlético/PR foram recordistas de treinadores: 5 pessoas diferentes passaram pelo comando desses times. Contrariando esses números, Vitória (Vágner Mancini), São Paulo (Muricy Ramalho), Sport (Nelsinho Baptista), Palmeiras (Vanderlei Luxemburgo), Grêmio (Celso Roth), Flamengo (Caio Jr.), Cruzeiro (Adílson Baptista) e Coritiba (Dorival Jr.) mantiveram suas comissões técnicas durante todo o torneio. Essas 8 equipes, curiosamente, não correram nenhum risco durante toda a competição.

Forte, aguerrido e bravo

Esse foi o lema do Grêmio.

Não foi campeão, mas jogou como campeão, honrando as cores e a tradição que fez do Grêmio o que é hoje.

Hoje, o Grêmio venceu pela 21ª vez no Brasileirão, em um jogo tenso diante do galo mineiro.

Mas o São Paulo também venceu pela 21ª vez, e por ter 3 empates a mais, sagrou-se campeão brasileiro pela sexta vez, terceira de forma consecutiva.

O time comandado pelo contestado Celso Roth foi o que mais liderou a competição - por 17 rodadas -, o que mais venceu - ao lado de São Paulo e Cruzeiro - e o que menos gols tomou - 35.

O Grêmio foi muito alés das expetativas mais otimistas. Garantiu vaga na Libertadores 09' e tornou-se vice campeão nacional, apesar de estarmos em um país que não comemora e não congratula os segundos colocados.

A torcida tricolor deve e tem que estar orgulhosa do desempenho de seus jogadores.

O Grêmio foi o Grêmio de sempre: Forte, aguerrido e bravo.

Importância da preparação física

Segue abaixo a íntegra de uma gloriosa curiosidade feita pelo pessoal do UOL Esporte:

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05/12/2008 - 08h00
Desempenho nos 45min iniciais daria 1º lugar ao Inter no Brasileiro
Renan Prates e Thales Calipo, Em São Paulo


Se o Campeonato Brasileiro deste ano fosse disputado somente até o fim do primeiro tempo de uma partida de futebol, a disputa pelo título ficaria para a posteridade de uma forma diferente. Em um levantamento feito pelo UOL Esporte, o Inter e o Grêmio travariam a disputa pelo título nesta competição hipotética, na análise do desempenho das equipes nas 37 partidas realizadas até o momento.

CINCO PRIMEIROS DO BRASILEIRÃO

Levantamento colocaria o Inter no primeiro lugar do Brasileirão 2008

Tabela hipotética dos 45 minutos

1º Inter - 66

2º Grêmio - 66

3º São Paulo - 61

4º Flamengo - 60

5º Cruzeiro - 58

Tabela atual

1º São Paulo - 72

2º Grêmio - 69

3º Palmeiras - 65

4º Cruzeiro - 64

5º Flamengo - 64

De acordo com o levantamento, o Inter teria 66 pontos (doze a mais do que tem atualmente), mesma pontuação do Grêmio. Só que o clube colorado levaria vantagem no número de vitórias (18, contra 17 do principal rival). Atual líder da competição nos moldes atuais, o São Paulo não estaria garantido nem na Libertadores do ano que vem. Com 61 pontos (onze a menos do que tem atualmente), o time tricolor apareceria na 3ª posição e precisaria de um empate contra o Goiás para se garantir na competição sul-americana, independente do resultado do jogo do Cruzeiro (que teria 58 pontos). A ascensão do Inter neste levantamento contrasta com o declínio do Palmeiras no mesmo critério. Com 56 pontos (nove a menos do que tem atualmente), o time do técnico Vanderlei Luxemburgo ficaria na sexta colocação, sem chances de vaga na Libertadores - no Brasileirão deste ano, o clube alviverde (3º) precisa apenas de uma vitória para se classificar para a competição sul-americana. Além do São Paulo, o Coritiba seria outro clube bastante prejudicado se esse levantamento entrasse em vigor. O time alviverde perderia 11 pontos, e cairia da 8ª para a 13ª colocação do certame nacional. Se o cenário hipotético seria bom para o Inter e ruim para São Paulo, Coritiba e Palmeiras, curiosamente três times não teriam nenhuma mudança de pontuação: Vitória, Figueirense e Vasco. Coincidência ou não, os três ganhariam uma posição, o que para o time de Santa Catarina seria ótimo, já que sairia da zona do rebaixamento. E esta seria a única mudança na parte de baixo da tabela, com o Náutico ocupando a vaga do Figueirense. Os outros três times não sairiam da zona de rebaixamento: Vasco em 17º, Portuguesa em 19º e Ipatinga em 20º.

Mudança na briga da artilharia

A briga pela artilharia do Campeonato Brasileiro ganharia novos adeptos se o levantamento fosse colocado em prática. O atacante Kleber Pereira, do Santos, continuaria na liderança com 11 gols, mas seguido de perto pelos atacantes Alex Mineiro (Palmeiras), Nilmar (Inter), Borges (São Paulo) e do meia Paulo Baier (Goiás), todos com 10 gols. Rivais de Kleber Pereira na atual formatação do Brasileirão, os atacantes Keirrison, do Coritiba, e Washington, do Fluminense, perderiam espaço se levássemos em conta apenas os gols marcados nos primeiros tempos de cada partida do Brasileiro. Keirrison teria quatro gols, e Washington oito.

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O Inter trocou o preparador físico no meio da temporada. E Fábio Mahseredjian chegou com o status de TOP na preparação física no Brasil. Objetivou deixar o time na ponta dos cascos em Setembro. E, a partir desse momento, o futebol do Inter cresceu.

Mas o "estrago" no Brasileirão era grande demais para ser recuperado. Então apostou-se, corretamente, na única competição onde o título era palpável: a Copa Sul-Americana.

Os números, por mais curiosos, comprovam o grande potencial do time colorado. Ano que vem, mantendo a base, a promessa é de muito esforço sendo recompensado com sucesso...

Ganhar é uma m****

Sim. A frase acima é a "verdade verdadeira", a constatação final, o ponto de encontro das minhas opiniões sobre a noite de ontem.


Sair-se vitorioso em uma partida como esta glorifica o clube, os atletas, mas mascara todas as falhas, que não foram poucas, do time.

O Inter foi mal tecnicamente pois a grande maioria dos lances terminavam favoráveis ao time argentino.

O Inter foi mal taticamente pois Tite, depois de achar o time e o posicionamento ideal, na hora de substituir um titular que não poderia atuar - Guiñazú -, colocou um jogador que não serve para jogar jogos como o de ontem à noite. Andrezinho não pode jogar com a responsabilidade de levar o time da defesa para o ataque. Ele tem que ser o 4º da meia cancha. Jogando mais atrás, ele atrasa o andamento do ataque e prejudica o time na marcação.

O Inter foi mal individualmente. Jogadores acostumados a decidir, como Alex e Magrão mal apareceram no jogo. D'Alessandro e Nilmar brilharam somente depois de 105 minutos jogados.

Nada funcionava a favor. E, para ajudar, Verón desfilava todo seu talento desmarcado em campo. Braña combatia, batia e distribuia aliado a toda garra argentina. Angeleri e sua vasta cabeleira apoiavam com muito vigor físico e disposição. Boselli ciscava, protegia, empurrava, brigava em meio aos zagueiros.

Este bravo Estudiantes fez muito bem o seu papel. Após a atuação decepcionante em seus domínios, onde perdeu por 1x0 jogando com um a mais, o time de La Plata jogou infinitamente melhor que o Colorado. Boselli, no primeiro tempo, teve um gol mal anulado pelo bandeirinha uruguaio Wálter Rial, referendado pelo juiz Jorge Larrionda. Na segunda etapa, o futebol do time comandado por Leonardo Astrada era tão superior que o sistema defensivo colorado sucumbiu ao ditado: "Água mole, pedra dura. Tanto bate...". E a bola, chutada por Alayés após o centro de Benítez, estufou as redes do gol de Lauro.

Prorrogação... Nervos em alta tensão. Mas aí o imponderável, o incalculável, os causos inexplicáveis do futebol começaram a tomar forma.

Eis que "La Bruja", até então melhor em campo, passa a se arrastar pelo gramado verde do Gigante. D'Alessandro pareceu sentir que o bom momento pode mudar de lado. O gringo, mesmo bufando de cansaço, chamaou o jogo para si, assim como alguns grandes camisas 10 fazem - e como Alex, o 10 do Inter, devia fazer ontem e não fez.
A saída de Verón, aos 5 minutos do primeiro tempo da prorrogação, acabou com o Estudiantes.

Bolívar obrigou Andujar a fazer milagre em um chute de dentro da pequena área. E o Inter passou a ter as rédeas do jogo. Até que Nilmar, após outras duas grandes intervenções de Andujar, bateu com o bico da chuteira esquerda na bola para dentro do gol.
O Beira-Rio, que não pulsava desde o início do jogo, voltou a rugir. A torcida, ainda apreensiva, sabia que o golpe era forte. E o Estudiantes, bravo e aguerrido, voltou pra casa sem o objetivo cumprido, mas com a certeza de ter feito o que pudia.

Não que não seja merecido. Foi bastante até. Se contasse apenas o último jogo, Astrada e seus comandados mereciam levantar a taça. Mas como o que prevalece é a campanha, coube a Edinho e sua trupe o título.

Em dois anos, o Inter justificou a junção do prefixo com o nacional. Nos resta dar parabéns ao mais novo Rei de Copas...
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Fotos: Alexandre Lops e Marcelo Campos

Dividindo a atenção

Dez jogos no mesmo horário mata de trabalhar quem atua na imprensa esportiva. Foram 3 longas horas (das 16:30 às 19:30) de muito corre-corre, mas tudo deu certo. Trabalho de qualidade, com rapidez e precisão. Jornalismo é isso...

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O Inter C (não é o "B" pois alguns reservas foram poupados), contando com o reforço de Guiñazú, venceu o Cruzeiro com um gol de Gustavo Nery.
O lateral, jogando com a 10 e de articulador, fez bem o seu papel na sua melhor partida no ano. Bustos, contratado pela qualidade com a bola no pé, cruzou na medida para o gol colorado. Parece ter ganho confiança com as atuações no time reserva, pena que saiu machucado.

O Cruzeiro é tão pífio fora de casa quanto o Inter no Brasileirão. Não mete medo em ninguém porque joga com medo do adversário e não impõe seu estilo de jogo.

Tá certo que hoje Fernandinho desperdiçou um pênalti, feito de forma inocente pelo lateral Ramón e bem defendido por Lauro, e ainda acertou o travessão em uma cobrança de falta. Mas um time que pretende chegar à Libertadores tem que ser mais incisivo fora de seus domínios.

Pro time de Minas Gerais, resta vencer a rebaixada Portuguesa, no Mineirão, para conquistar a vaga na Libertadores 09'. Acho que a missão da raposa é fácil, como a missão colorada no meio da semana. O Inter tem a vantagem na final da Sul-Americana contra o Estudiantes. Venceu o jogo de ida por um a zero e pode até empatar no Beira-Rio. Sairá campeão.
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O Grêmio fez seu papel. Venceu, goleou e rebaixou o Ipatinga, jogando fora de seus domínios. Jean foi o grande destaque tricolor no jogo, dando o passe para o primeiro e o quarto gol, além de marcar o segundo da vitória gremista por 4x1.
O Ipatinga, que para muitos - inclusive para mim - subiu fadado ao decenso, confirmou a expectativa após lutar muito. Mas a limitação do clube e do time era evidente. Volta a Série B após um ano de muita luta, mas pouco resultado.

O Grêmio, graças ao Fluminense - que empatou com o líder São Paulo em 1x1, no Morumbi -, chega à última rodada com chances de conquistar seu terceiro título do Brasileirão.

Apesar do susto inicial, quando o boliviano Pablo Escobar fez 1x0 para o Ipatinga, o tricolor foi soberano na partida. Marcel empatou na sua especialidade, o cabeceio, após centro de Jean. E, cinco minutos depois, Souza colocou a bola de volta na área após falta cobrada por Tcheco e o zagueiro Jean desviou do goleiro Fred para virar o jogo. Ainda na primeira etapa, Willian Magrão lançou Marcel que tocou na saída do goleiro: 3x1.

No segundo tempo, quando o Ipatinga tentava reagir, Souza alçou na área de novo, Jean cabeceou para o meio e Léo completou para o gol vazio.

O tricolor fez o que os times que jogam contra o último colocado devem fazer: vencer. E se possível, com autoridade. Na última rodada, o Grêmio joga no Olímpico contra o Atlético/MG, enquanto o São Paulo enfrenta o Goiás, em Gama/DF - devido a punição do esmeraldino por causa de brigas na torcida no jogo contra o Cruzeiro.

A Libertadores 09' está garantida, mas acho difícil o Grêmio sair campeão. Nunca foi tão necessário provar a imortalidade, Tricolor...
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Fotos: VIPCOMM e Wolmer Ezequiel / LancePress

Simon injustiçado

Se fosse contra qualquer outro time, essa questão seria abafada e o suposto erro deixado de lado. Mas foi contra o Flamengo. O time possuidor de muitos adeptos e simpatizantes entre os postos mais altos do poder no Brasil. Foi assim que Simon, o então árbitro da partida, foi parar no sorteio para apitar a Série B. Os "experts" da comissão de arbitragem da FIFA aceitaram o vídeo enviado pelo Flamengo (que coisa de time sem moral pra ganhar o jogo com a bola rolando) e puniram Carlos Eugênio Simon.


Porém, nesta semana, apareceu um vídeo da ESPN com um ângulo diferente do mostrado na TV. E mais uma vez percebemos como tudo é questão de ponto de vista. Simon acertou, e isso prova que é o melhor árbitro do Brasil disparado. E não é só ele. Já pararam para perceber quantos gaúchos foram indicados ao prêmio de melhor árbitro do Brasileirão? Vuaden, Gaciba e Simon. Os três indicados são daqui.

Olhe atentamente o vídeo e perceba o mau-caráter do flamenguista Diego Tardelli. Ele obviamente se joga, briga com o juiz e ainda reclama. Que a justiça seja feita!

Batalha de La Plata²

Um por todos e todos por um.

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Nunca um dito foi tão verdadeiro como este foi hoje, em La Plata. O Inter foi vibrante, heróico, guerreiro y peleador, como dizem.

Guiñazú fez uma grande burrada ao fazer sua segunda falta passível de cartão amarelo e ser expulso pelo paraguaio Carlos Amarilla - que aliás conduziu de forma perfeita a partida - aos 25 minutos do primeiro tempo.

Se antes da expulsão o jogo era equilibrado, a partir desse lance tornou-se um jogo de ataque contra defesa por 70 longos minutos.

Aí apareceu a qualidade dos grandes jogadores colorados. D'Alessandro descobriu Nilmar que foi derrubado na área por Desábato. Alex converteu o pênalti e o Inter tinha a vantagem no placar. E mesmo com menos um em campo, o Inter foi o único a ter chances no primeiro tempo depois do gol, quando D'Alessandro bateu falta no capricho e a bola bateu na trave.


No segundo tempo, o Estudiantes postou-se a alçar bolas para a grande área colorada. E aí apareceu o sistema de marcação defensiva montado por Tite. Bolívar, Índio, Álvaro e Marcão formam uma sólida linha de quatro zagueiros, onde todos sabem dar chutão quando precisa e todos sabem subir em apoio ao ataque quando é necessário. Os dois volantes, Edinho e Magrão, deram a consistência que um time com um a menos em campo precisa ter na marcação e, principalmente, na saída com a bola do campo defensivo.

O Inter, com 10, jogou como se tivesse 20 homens em campo. E o omisso Estudiantes precisará fazer milagre para tirar a taça do Beira-Rio.
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Com todo o respeito histórico, mas Batalha com B maiúsculo foi essa. Um time que está ganhando o jogo por 3x1 e deixa o adversário, que tinha 4 jogadores a menos, empatar em 3x3 não pode considerar esse jogo como batalha.

Não adianta lutar e não vencer. E o futebol não é guerra, é jogo. E é jogo jogado na bola, não na pancadaria, tornando heróis os que saíram vivos de uma batalha campal.
FOTO: ALEXANDRE LOPS

É amigo...

Acabou a moleza!

Achei que celebraria mais esse momento, mas enfim. Passou quase como um dia normal - fora o fato de eu ter domido meio mal.

A arte do discurso foi dominada, a palavra escrita deu um maior trabalho, a apresentação encaixou-se com as intervenções verbais.

Foi interessante, recompensador - poderia ter sido até mais, mas fazer o quê - e estimulante. Dá vontade de fazer de novo.

Não o mesmo assunto. Experimentar algo parecido, mas focado de forma diferente.

Como me disseram hoje: "Parabéns, colega jornalista!".

Dias nervosos

Um domingo de alta tensão.

Tô aqui, em minha casa, tenso até agora. Cada vez mais.

O dia foi tenso, daqueles que demoram a passar.

A noite então arrastou-se.

Agora, início de madrugada, o relógio passa um minuto a cada cinco. Quando não demora mais.

Aflição é um sentimento foda.

Teu lado racional sabe que não há o que fazer a não ser esperar.

Mas tu não aguenta aquele aperto, aquela sensação que pesa tuas pernas, tuas costas.

Muitos fãs de futebol passaram por isso hoje. Alguns acabaram o domingo de forma mais tranquila, com a certeza que o objetivo será alcançado. Outros quase perderam as esperanças de que algo bom ainda venha a acontecer.

Eu continuo aqui. Tenso. Digitando tenso.

Mas isso tem hora para acabar.

E todos saberão disso...

Seis vezes Brasil

Fabuloso foi fabuloso.

Luís Fabiano é O CARA, no momento, da camisa 9 canarinho.

Adriano, Pato, Nilmar, etc, etc, etc... São reservas.

Ele decidiu a goleada brasileira diante de Portugal.

Ok, era um amistoso que nada valia. Mas mesmo assim a derrota poderia causar estragos (DUNGA que o diga...).

Colocação, precisão no remate, faro de gol. Todas as características de um 9 clássico estão em Luís Fabiano.

Joga muito e merece o momento que vive. Tá mais que na hora de um dos grandes da Europa contar com seus sefviços.
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Foto: Ary Moura

Chivas é para beber...

Passeio. Lavada. Baile. Patrola.


Podem chamar do que quiser. Mas o constatável da noite foi a fraquesa do Chivas Guadalajara.

Esse time mexicano faria papelão estilo Juventude na Série B desse ano. O goleiro é ruim. A zaga apanha em todas no homem-a-homem. Os laterais não marcam e nem apoiam. Os volantes são limitadíssimos. Os meias inexistem. Os atacantes ou cansam de perder gols, como no primeiro jogo, ou não criam nada, como hoje à noite.

O Inter jogou pro gasto e tem que ter noção de que deve jogar muito mais para vencer os argentinos na final. Seja qual argentino for, Estudiantes ou Argentinos Juniors.

D'Alessandro, enfim, mostrou mais uma de suas virtudes: a bola parada. Nilmar fez dois gols de oportunismo. E o Chivas, para completar o serviço, entregou os pontos antes do final do primeiro tempo, quando Medina acertou Marcão após tomar um glorioso drible da vaca.

Repito o que disse antes: O Inter vai sair campeão.
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Foto: Alexandre Lops

Brasil x Portugal

Amanhã tem Brasil x Portugal, em Brasília.

Cristiano Ronaldo x Kaká, duelo dos maiores jogadores dos últimos 3 anos.

Depois do reinado de Ronaldinho Gaúcho, é ingável a superioridade deles diante dos outros.

Apenas Messi tem igualado as apresentações da dupla, mas de forma inconstante.

E o Bezerrão, reformado, receberá 20 mil pessoas para o duelo.

Aposto no conjunto português, mas os brasileiros contam com o apoio da torcida e podem sair com a vitória.
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Aqui no Sul, a morte de Arthur Dallegrave comoveu o lado vermelho. O ex-presidente era uma pessoa muito simpática e solícita, querido por todos no Beira-Rio. Vai deixar saudades...

Inter vai sair campeão.

Tô bancando, sem medo de errar.

O Chivas é o melhor dos outros três times que, além do Inter, continuam na sul-americana.

Estudiantes e Argentinos Juniors são limitados, batem bastante mas falta qualidade.

E os mexicanos doem de tão ruins.

O Inter, por força da obrigação, sairá campeão.

Nilmar e Alex, em dois lampejos, aniquilaram as chances mexicanas na Sul-Americana. Alex pode ir para a seleção na quarta que vem tranqüilo, já fez sua parte.

Destaque para a atuação irreparável de Álvaro na defesa. Preciso, seguro e simples, como deve ser um zagueiro. Torna-se a cada dia um dos principais nomes desse novo Inter.

Do lado negativo, Tite e suas substituições retranqueiras. O Inter, que iniciou o jogo no 4-4-2, acabou ao final jogando no 4-6-0, com incríveis 5 volantes.

Domingo, contra o Santos, é Sindicato dos Bancários mesmo. Mas a vaga na final já está encaminhada.

É fácil criar burburinho

Texto da Zero Hora de hoje, 12 de novembro, publicado na íntegra pelo ClicRBS:

Inter 12/11/2008 04h40min
Sul-Americana vira caminho à Libertadores
Campeão disputará vaga com a LDU, do Equador
Wianey Carlet

Os patrocinadores da Sul-Americana pediram e foram atendidos: no dia 25 deste mês, a Conmebol anunciará que este torneio já é passagem para a Libertadores da América. O vencedor deste ano disputará com a LDU, do Equador, atual campeã da Libertadores, uma vaga para a edição 2009 da principal competição da América do Sul.

De onde saiu esta vaga? Simples. O vencedor da Libertadores da América não terá mais vaga assegurada para a edição do ano seguinte. Terá que disputá-la em uma repescagem com o campeão da Sul-Americana. Se a LDU ganhar esta disputa e também tiver classificação assegurada através do campeonato equatoriano, abrirá espaço para outro clube do Equador, país que tem direito a três vagas na Libertadores.

Como o novo critério já está valendo na Sul-Americana desta temporada, o Inter, que enfrenta o Chivas na semifinal, é um dos candidatos a se beneficiar da alteração. Fica aberta, também, a possibilidade de o Rio Grande do Sul contar com dois representantes na Libertadores, como ocorreu em 2007.

A decisão da Conmebol é uma resposta ao pouco caso que algumas equipes fizeram da Sul-Americana deste ano. Clubes como São Paulo, Palmeiras, Grêmio e Atlético-PR optaram por escalar reservas. Com o objetivo de valorizar a Sul-Americana, a Conmebol e os patrocinadores decidiram abrir ao campeão a perspectiva de participar da Libertadores.
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É muito fácil virar notícia assim.

Do nada, devido a burburinhos alheios, alguem opina sobre algo que talvez, quiçá, torne-se realidade e isso vira a principal nota do dia.

Como pode alguém saber de algo duas semanas antes dele ocorrer?

Desculpem-me, mas não consigo crer na veracidade das informações.

Domingo de vitórias

Ao esperar, escrever deve ser o melhor remédio para o tempo passar.

Enquanto a hora não chega, penso sobre o que o dia já me mostrou.

Corrida emocionante na Stock Car. Mas só do segundo colocado para trás. Ricardo Maurício mostrou maturidade ao vencer a quinta prova em 11 na temporada. A briga sensacional pelo segundo lugar durou 12 voltas. SEN-SA-CIO-NAL. Marcos Gomes, claramente com pneus muito gastos, defendeu como pode a segunda colocação e garantiu a dobradinha da equipe de Andreas Matteis.

Na seqüencia, o jogo entre Inter e Udinese não foi nada bom. Mourinho mandou a campo uma Inter fechada no meio - com Vieira, Cambiasso e Zanetti na marcação - e pouco inspirada na frente - graças as péssimas atuações de Ibrahimovic e Balotelli - sofreu muito nas mãos do time de Udine. Mas eis que, aos 47 minutos da segunda etapa, brilha a estrela de Júlio Cruz: após o escanteio da esquerda, o argentino acerta a cabeçada após o desvio na primeira trave. Mourinho é muito bom, mas às vezes tem uma sorte...

Depois, atenções voltadas para a Fórmula Truck, em Tarumã. Geraldo Piquet venceu de novo e agora vai para a última prova na sua casa, em Brasília, no autódromo que leva o nome de seu pai, Nelson Piquet, com uma vantagem de 15 pontos sobre seu companheiro de equipe, Wellington Cirino. A Mercedes, depois de ser dominada amplamente pela Wolksvagen em 2007, mostrou poder de reação e colou na pista os dois melhores caminhões durante todo o ano.

Grêmio e Palmeiras era a atração da tarde de domingo, de toda a rodada do Brasileirão. Era o jogo do título até dois meses atrás. Mas daí apareceu o São Paulo, bicho-papão clássico, e diminuiu um pouco a importância do jogo de hoje a tarde. Mas nem por isso deixou de ser um jogo importantíssimo para a disputa do título.

O Grêmio foi melhor durante todo o jogo. Os desfalques na defesa tiveram substitutos eficientes: o volante Amaral foi muito bem jogando como zagueiro pela esquerda, enquanto o jovem Héverton mostrou-se muito seguro pela direita - diferença infinita em relação às partidas feitas por Wágner no início do ano. Mas o destaque foi Jean. Melhor em campo, o zagueiro fez desarmes, marcou implacavelmente Alex Mineiro e segurou o ímpeto palmeirense nas bolas alçadas na área do Grêmio depois do 1º gol. Foi expulso ao final, mas isso não tira o brilho de sua atuação.

O gol foi MUITO sem querer. Mas foi gol. E é isso que entra para a história. Tcheco cruzou a bola em direção à área para que alguem a tocasse de cabeça. Ninguém foi capaz de tocar na bola, matando o goleiro Marcos no lance. O improvável aconteceu, o Grêmio voltou a vencer fora de casa depois de 3 meses e o torcedor voltou a acreditar que o título é possível. Mas ainda é difícl assustar o bicho-papão...

Depois de um jogo que valia muito, um jogo que nada valia. Inter e Ipatinga era o jogo menos atrativo da rodada. O Inter, decepção do campeonato, já está garantido na Copa Sul-Americana do ano que vem e não alcançará os pretendentes a Libertadores. O Ipatinga é o maior dos candidatos ao rebaixamento, apontados por muitos ainda antes do Brasileirão como integrante da Série B em 2009. O Inter vinha com um time de reservas - só o goleiro Lauro, hoje titular, jogou - e o Ipatinga não tinha seu destaque no torneio, o atacante Adeílson.

Mas até que os reservas colorados alegraram o fim de domingo. O juiz expulsou, corretamente, o zagueiro do Ipatinga Léo Oliveira e isso praticamente terminou com as chances mineiras no jogo. Cinco minutos depois, Andrezinho recebeu livre, no lugar onde Léo Oliveira deveria estar, e marcou o primeiro. E assim, fácil fácil, o Inter seguiu no jogo. Taison, em uma bela arrancada, e Sandro, após falha do goleiro mineiro, fizeram 3x0 ainda na primeira etapa. No segundo tempo, Guto recebeu cruzamento rasteiro e, livre na pequena área, fez de tudo para errar, mas não conseguiu e fechou a goleada.

Agora, por mais incrível que possa parecer, o Inter é sexto, a duas posições do famoso G4. Mas a diferença de 10 pontos para o Palmeiras, com quatro rodadas restando para o término do campeonato, tira qualquer pensamento positivo da cabeça dos colorados.

O tempo passou. Já está quase na hora de ir embora. E escrever valeu a pena. Faz passar o tempo com mais um dos prazeres de domingo...

Novo em 2008, presente apenas em 2020

Ontem, a RBSTV lançou-se em definitivo na era da comunição digital.

O pioneirismo na área foi consolidado hoje, com a apresentação do Jornal do Almoço em alta definição, o primeiro programa produzido por inteiro nesse mundo novo da TV Digital.

A comemoração em torno do assunto, destacando as inovações e vantagens que a nova forma de fazer televisão traz para o público, era evidente.

Mas me pergunto: quando realmente a população comum estará utilizando-se dessas inovações?

Penso eu que dificilmente antes de 2020.

A tecnologia é muito cara, específica. Em um primeiro momento, chega a custar mais do dobro do que a forma atual, já que necessita de um aparelho televisivo mais moderno, atual, além de um conversor - que custa beeem caro - ou uma televisão a cabo do último tipo.

Fora isso, com a transmissão em alta definição, quem não tem esses requisitos básicos também perde por não possuir os aparelhos adequados. Vendo o JA de hoje em uma televisão de 20 polegadas, notei várias vezes que o enquadramento do repórter ou do entrevistado fugia da tela, já que o padrão digital é de 16x9, enquanto o padrão antigo é de 4x3.

A modernidade é bacana, cheia de novas inovações. Abre portas, sem a menor dúvida. Mas a TV Digital inaugurada para o povo gaúcho ontem, chegará para a população daqui a muito tempo.

Desculpas pela ausência

Alertado de que eu não comparecia aqui desde 14 de outubro, eu volto ao BUGADO para relaxar da monografia...
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O Grêmio NÃO vai sair campeão.

Ao contrário do que prega a música entoada pelos adeptos.

E o Grêmio perdeu o título no fator que todos apontavam desde o início da temporada: faltou GRUPO.

Quando era líder, ao final do primeiro turno, o Grêmio contava com a repetição do time e do esquema para superar os adversários. O conjunto gremista era muito forte. Mas quando começaram as inevitáveis lesões e suspensões, o grupo gremista não correspondeu.

Faltaram gols aos atacantes. Perea, Marcel, Reinaldo, Morales, Soares. TODOS erram demais. E não é permitido errar tanto.

Paulo Sérgio nunca foi lateral-esquerdo. E nem nunca vai ser algum dia. E digo isso por uma única e simples razão: ele é destro. E o único lateral-esquerdo destro que se deu bem no futebol foi o GÊNIO Júnior.

Léo não tem mais as atuações brilhantes do 1º turno. Tcheco, que chegou jogando mais bola que Roger, hoje não assume a responsabilidade de ser a liderança técnica do time.

O Grêmio caiu na tabela pela sua queda de rendimento. E o jogo de hoje, diante do Figueirense, foi o reflexo disso. Os catarinenses tiveram 3 chances cara a cara com Victor para definir o jogo e não conseguiram.

Porém faltam ainda 5 rodadas. O São Paulo é o novo líder, mas o tricolor gaúcho tem apenas 2 pontos de desvantagem. Dá pra chegar ainda, mas precisa melhorar. Urgente.
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Já o Inter foi o mesmo de sempre.

Como de costume, jogando fora de casa, onde tem míseras duas - sim, eu disse DUAS - vitórias em 16 jogos - :OOO -, foi facilmente abatido pelo favoritísimo ao título, o São Paulo.

A qualidade individual de Alex, Álvaro, Guiñazú e Walter - melhor em campo e grata surpresa da tarde-noite no Morumbi - não foi páreo para o time paulista.

Absoluto em campo, o São Paulo não teve a menor dificuldade de vencer o Inter. Impressionante como joga fácil o time de Muricy Ramalho. A movimentação de Hugo, Dagoberto, Borges, Jorge Wágner e, principalmente, Hernanes anulou todas as possibilidades ofensivas coloradas.

O Inter é um time previsível e sem imaginação alguma. Tite parece não ter o menor comando sobre as ações em campo. E o time parece jogar com medo fora de seus domínios.

Antes caracterizado como um time que dava valor a posse da bola, o Inter de hoje olha o adversário jogar e especula lances esporádicos em lançamentos para Nilmar. Quando ele não joga, como hoje, a única alternativa ofensiva passa a ser Alex e seus chutes de média e longa distância. Como hoje nenhum chute encaixou, o Inter não levou perigo em nenhum momento ao gol de Rogério Ceni.

O Brasileirão acabou para os colorados. Agora, as forças todas estão concentradas na Sul-Americana, diante do Boca. A vantagem obtida em casa foi boa, mas as perspectivas levam a crer em um jogo duro. A classificação, se vier, será suada.
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See ya!