Busca

Pesquisa personalizada

A supremacia do eixo

Não leio muito a coluna do Paulo Sant'ana, de Zero Hora. Eventualmente quando há algum assunto polêmico eu o folheio pela ótica deste jornalista. Sant'ana conseguiu hoje, em poucas linhas, expressar a indignação de toda torcida gremista e quiçá do Rio Grande do Sul. Se nos acusam de bairrismo, por que os mesmos o cometem em órgãos que deveriam ser sérios?


O bairrismo cometido pelo eixo Rio-São Paulo está nas grandes corporações, nas coisas sérias. Aqui, o bairrismo habita eventualmente a crônica esportiva e, obviamente, os meios de comunicação. Não temos representantes gremistas ou colorados espalhados nos mais diversos caminhos do poder.

Já tentaram dizer isso, quando dois bons árbitros despontavam - Gaciba e Vuaden. Disseram que era bairrismo quando eles apitavam jogos do eixo, pois eram rivais do tricolor gaúcho.

Chega de hipocrisia. Não vamos amamentar essa teta de vaca gorda que é o STJD. Os cronistas desta nação riograndense estão muito calmos, ao dizerem que não se trata de conspiração e tudo mais.

Conspirações existem. Acredito que tenha sido assim em 2005, quando o Inter teve o título roubado. E acredito que esteja sendo assim também agora. Mas a alma gaúcha está de pé. E assim, mostraremos ao país que não é tão fácil nos derrubar. Se em campo não conseguiram, não é puxando o tapete que vão sabotar o imortal tricolor.

Segue a coluna de Paulo Sant'ana na Zero Hora de hoje:

Deus nos dê serenidade suficiente para suportar o cutelo frio da injustiça que foi cometida ontem contra o Grêmio na CBF.

Deus dê serenidade a todos os gremistas, a todos os esportistas, a todos os gaúchos para suportar a iniqüidade da decisão que mutilou o time do Grêmio na reta final do campeonato brasileiro.

Só é respeitável um tribunal que se faz respeitar. Este tribunal de justiça desportiva fez cair ontem sobre o peito do Grêmio o aço frio do punhal da prepotência, da astúcia misturada com a ma fé, não pode ser respeitado. Porque não se dá ao respeito. 

Os imundos escolheram a dedo os melhores jogadores do Grêmio e os afastaram não de um jogo, não os absolveram como estes dias aquela pocilga absolveu o jogador Diego Souza do Palmeiras, sério rival do Grêmio para o título.

Não. Condenaram o Léo, um dos mais expressivos valores do time líder do Brasileirão a 120 dias de suspensão. Isto é, não contentes em tirar o Léo dos próximos jogos, baniram-no do restante do campeonato.

Depois sentenciaram o Réver a três jogos. Mais adiante, como que sabedores do que aconteceu com o Grêmio nas duas últimas partidas, baniram também do campeonato o jogador Morales, o símbolo da reação gremista que devolveu a liderança para o tricolor gaúcho, conheciam que faltavam apenas nove jogos para o Grêmio. Nem sequer tinha sido expulso no jogo que originou a drástica punição o Morales.

Miseráveis! Malditos sejam por todos os tempos, seus assaltantes da esperança. E da liderança. Olhem-se nos espelhos e se envergonhem para sempre do fizeram ontem.

Os suínos penalizaram Morales com oito jogos de suspensão. E mataram no útero a esperança gremista no seu novo centroavante.

Aborteiros. 

Na sua sanha esportivo-homicida, que já tinha mostrado suas garras quando os irrespeitáveis juízes do TJD carioca, ou melhor, retiro essa expressão, não posso usar a expressão juízes para quem não se porta como juiz. Juízes são aqueles magistrados da Justiça Federal e da Justiça Comum, não se pode compará-los a este tribunal inferior de sujas decisões, a este conjunto solerte de flibusteiros que cometeu ontem a mais atroz injustiça e mais torpe violência contra o líder do campeonato, proibindo-o com uma série de sentenças desproporcionais e absurdas, de alcançar o título.

Mas eu dizia que o valhacouto de pérfidos julgadores que não se dão ao respeito já tinha mostrado suas garras quando condenou por dois jogos o jogador Tcheco, fazendo-o cumprir três jogos, junto com a suspensão, em face de uma simples expulsão no Gre-Nal, em que o jogador Edinho, que foi expulso no mesmo lance, foi absolvido.

Ou seja, Edinho foi absolvido, creiam, porque o Internacional não era mais candidato ao título. Se o fosse, Edinho seria condenado a vários jogos de suspensão, da mesma forma que o Internacional foi roubado de um título em 2005, na injusta expulsão de Tinga e não marcação de um pênalti escandaloso contra o Corínthians. 

Este monstruoso atentado à paixão clubística, ao esporte, esta sem-vergonhice aparatosa de poder discricionário não pode ficar assim.

Estes bunodontes de focinhos cartilaginosos têm de receber o repúdio da sociedade civil do nosso Estado, que por suas autoridades tem de tomar providência contra esta sujeira, contra este atentado ao bom senso e à justiça.

Chega de sermos roubados nos nossos maiores sonhos aqui no RS. Chega! Um basta a esta trama escarrada, a um rigor jamais visto em julgamentos esportivos.Vergonha! Sujeira!

Basta de imundície. Basta desta cáfila de salteadores.

0 respostas: