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Frustação ou alegria?

Sentimentos opostos contemplam os amantes do ludopédio no Rio Grande do Sul. Após uma temporada de altos e baixos por parte da dupla Gre-Nal, coube aos vermelhos e azuis dos pampas a tarefa de encaminhar o destino de um dos gigantes clubes do futebol nacional. Na última rodada do certame, Grêmio e Internacional jogavam contra dois clubes que brigavam diretamente pela sobrevivência na elite do futebol brasileiro: Goiás e Corinthians.

O lado vermelho era para estar de sangue doce, como se diz na linguagem popular, pois nada mais lhe importava no campeonato. O lado azul ainda pleiteava uma classificação à Libertadores da América em 2008, mas após uma queda inesperada e grande de rendimento nas rodadas finais, via suas chances muito reduzidas, pois dependia de uma combinação de resultados onde o último colocado, os potiguares do América - que fizeram apenas míseros 17 pontos em todo certame -, deveria conquistar um triunfo sobre o Cruzeiro, nas Minas Gerais.

Porém, nada disso tinha maior importância diante do fato do Corinthians, um grande clube de grande torcida de um grande centro do País, estar tentando escapar da degola. Redes de televisão paga transmitiam os treinos da equipe em Porto Alegre, torcida vindo em peso de São Paulo para acompanhar o jogo, briga por vaga no maior torneio das Américas em segundo plano. O mundo parecia ter parado em torno do time do Parque São Jorge. E o futuro desse assunto de imensa importância dependia dos arqui-rivais gaúchos.

Nunca eles se uniriam de tal forma como nesse final de semana que passou. Torcedores se engajavam pelo mesmo objetivo, tal era o sentimento negativo em torno desse protecionismo, dessa atenção exagerada ao extremo que o clube paulista gerava. E o inevitável, o momento tão esperado por muitos em todo o Brasil, aconteceu.

O Corinthians não foi rebaixado ontem, não foi prejudicado por ninguém de fora, não sofreu com erros de ninguém. O Corinthians sucumbiu a ele próprio, aos erros que sua diretoria cometeu e vem cometendo durante esses últimos dois anos. Verbas mal explicadas, falta de comando, jogadores de baixa qualidade. Tudo isso contribuiu para que acontecesse o que estava desenhado desde o começo da parceria com uma multinacional cuja procedência não era de conhecimento de ninguém.

A dupla Gre-Nal só cometeu o último ato, o crime do final do filme. E os torcedores, por diversos e diferentes motivos, apreciaram a cereja do bolo.

(Sim, eu tenho planos de fazer um blog sobre esportes. Posto aqui quando o projeto for colocado no ar. :D)

Agora sim, sem mais. Bruno Cassali.

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