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¡Alarmistas!

Minha introdução a leitura de jornais foram as tirinhas de humor. Quando eu era um pequeno guri eu lia somente as tirinhas e o horóscopo, não que eu me interessase pelos astros, ou soubesse o que tudo aquilo queria dizer, mas era só pra não dizer que eu só lia as tirinhas. Hoje em dia os jornais tem atrativos muito bacanas e inteligentes para o público infantil, por exemplo o ótimo Diário Gaúcho, que no ínicio das notícias tem o resumo, mesmo não sendo essa sua função principal (acho que é para o público adulto), serve para as crianças também. Mais tarde, a Zero Hora (se não me engano) fez o resumo exclusivo para as crianças, onde além de resumir o texto que pode parecer loooooongo para uma criança explica a notícia com palavras simples. Mas toda essa volta é pra falar de um tirinha em especial: Mafalda. Essa pequena garotinha, com pensamentos um tanto avançados para sua idade diga-se de passagem, esteve presente em diversos jornais argentinos (Primera Plana, Mundo, Siete Días Illustrados) por 9 anos comentando atualidades do mundo. Desde sua estréia em 29 de setembro de 1964, sua premissa pode parecer infantil, porém o enfoque dos seus textos é extramente político e sarcástico. Esse paradoxo funciona extremamente bem, pois nada melhor que uma criança e sua inocência para questionar com o máximo de sinceridade as questões que envolvem o mundo. Joquaim salvador Lavado, o - genial - autor, sempre tratou de atualidades nas histórias e um dos motivos pelo qual parou de escrever foi que no último jornal ele precisava entregar as tiras com muita antecedência, impedindo de tratar das últimas notícias e acontecimentos, mas reza a lenda que ele cansou de seus desenhos e parou de os achar bonitos. Quando se lê as tiras você percebe que na verdade, mais que político, o texto é filosófico já que as questões sobre o assunto pulam na sua mente, seja pelas sacadas incríveis dos textos, seja pelo sarcasmo que engloba todo universo da mafalda, ou seja pela inocência da personagem mafalda quando ela se questiona os motivos da guerra no vietnã, por exemplo. É de se admirar que mesmo não sendo mais publicade desde 1973, o discurso não deixa de ser extremamente atual, ou a guerra no Iraque é tão diferente assim da guerra do Vietnã? Bem, para reflexão segue dois exemplos (escolhidos a dedo por se tratarem do mundo da publicidade), ambos retirados daqui (um blog mais que recomendado).



E não se esqueçam, toda segunda feira, das oito horas até nove horas da noite, Programa Bugado no site: www.pucrs.br/radiofam

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