Não entendo de publicidade. Até sei de algumas coisas, mas prefiro me ater no que realmente domino, deixando a parte que ganha dinheiro nas comunicações para outros integrantes do blog.
Aliás, dinheiro pode ser o link desse início de conversa. Pois esse é o principal motivo que faz do brasileiro um povo tão sofrido. E a falta desse artefato, nada mais que um simples pedaço de papel que alguém, em um momento de suma inspiração, resolveu dar uma importância gigantesca, reduz o sonho de inúmeras famílias a dois raros acontecimentos. O primeiro é ganhar na Mega-Sena, a loteria que pagou recentemente mais de R$ 54 milhões para dois bilhetes, um de Santa Catarina e outro de Rondônia.
Já o segundo sonho foi motivo de pauta para os jornalistas que participam desse espaço. O futebol é uma das saídas que muitas famílias vêem para melhorar suas condições de vida. Isso faz pais e responsáveis apostarem fundo em pequenos projetos de gente, muitos ainda nem chegados na adolescência, dando a esses pequenos garotos a responsabilidade de carregar a família nas costas.
Partindo desse pressuposto, eu e o Rodrigo, acompanhados dos colegas de jornalismo Lílian Baptista, Manuela Macagnan, Rodrigo Ribeiro e Rafael Terra, embarcamos nesse projeto: mostrar o mundo dos peneirões. Tão árduo quanto uma disputa de vaga no mercado de trabalho, o peneirão é realizado pelos clubes como forma de selecionar os jovens talentos que podem render frutos num momento futuro. Carlos Eduardo, Ronaldinho Gaúcho e Ânderson, por exemplo, saíram dos campos de terra da Escolinha do Cristal, lugar que visitamos por duas vezes no último mês em busca de material para o documentário televisivo que estamos produzindo.
Mas muitos não têm o talento que esses mostraram ter. E ficam pelo caminho, sem chance de vingar nessa dura seleção, onde nem sempre passam os melhores, pois são apenas três dias de teste, onde cada garoto tem meia hora para mostrar tudo que sabe. Pressão do tempo curto, dos familiares, de si próprios. Ás vezes esquecemos, mas lidamos com pessoas que mal pararam de brincar de Lego, de carrinho de rolimã. Guris que tratavam o futebol sempre como momento de diversão e são obrigados a aceita-lo como profissão.
Esperamos terminar o trabalho de edição de imagens e produção dos textos de off do documentário em breve, até para que ele possa ser visto pelos leitores desse prezado blog. Enquanto isso, a expectativa paira em todos à espera do produto final.
Crédito da foto: Manuela Macagnan
4 respostas:
a parte que ganha dinheiro da comunicação?
qual?
=S
São três: Eu faço parte da que trabalha e estuda muito sobre tudo.
Existe a que serve os outros(:P), organiza o ambiente
A que ganha dinheiro tá aí, sobrando...
ótimo post
Podíamos juntar todas não?? Talvez um dia então os blogs passem a ser mais formadores de opinião, tornando nosso trabalho mais difundido.
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