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Crônica de um lugar arruinado

A situação chegou aos níveis do insustentável nos bastidores do Inter.

Nilmar não fala mais com ninguém do vestiário, passou o vôo de volta do Recife sem falar com ninguém, isolado do grupo.

Fora isso, a direção de futebol teve que PROIBIR, isso mesmo, proibir a entrada de telefones celulares na concentração, já que atletas como Nilmar e Alex, pra citar só os mais relevantes, passavam horas ligando para empresários e agentes a fim de negociar transferência para o mercado europeu.

E não são só Nilmar e Alex. Eram cinco, seis jogadores com a mesma expectativa: a saída pra Europa.

Todos criando expectativas mil sobre os milhões de euros. E ao fim, nada.

O vestiário no Inter é desolador, com atletas frustados a rodo... Lamentável.

Os milhões mexeram com Índio e Wellington Monteiro, que sonhavam com a Europa. Mexeram com Alex, que queria sim os petrodólares das Arábias. Mexeram tanto com a cabeça de Nilmar que ele resolveu se calar com todos.

A grana mexeu até com o mais novo símbolo de garra e vontade da torcida: Guiñazú. Resolveu ficar em Porto Alegre pela família, senão seu destino era o Oriente Médio.

Aliás, Guiña merece um capítulo a parte. A torcida pode venerá-lo como mártir, mas a direção de futebol encontra nele um dos maiores problemas do time. Guiñazú e seu jeito apressado de jogar, querendo sempre estar em todos os lugares do campo, é apontado como problema tático para o esquema defensivo, responsável pela maioria das falhas de marcação, já que não guarda posição para ir atrás de todos os que estão com a bola.

Há até uma coerência nesse pensamento, mas tudo é muito confuso. O Inter está em turbulência e precisa subir na tabela em meio a tudo isso. Senão, a tranqüilidade pousará longe do Beira-Rio...

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