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Por que o Inter não joga bem fora de casa?

Eis no título uma questão que aflige a nação vermelha e branca do Rio Grande do Sul.

O Internacional como visitante, não só em 2009, mas desde 2007, depois do título mundial do ano anterior, parece ter desaprendido a jogar na casa de seus adversários.

Pegando os números somente da atual temporada, o colorado fez 12 jogos como visitante, venceu 8, empatou 3 e perdeu apenas para o União Rondonópolis, na primeira fase da Copa do Brasil.

Não há como negar: os números são bons. Bons não, ótimos. 75% de pontos conquistados - 3 em cada 4 disputados. Mas futebol é desempenho, como costuma dizer Tite, comandante do Inter.

Tite costuma jogar, com ou sem o mando de campo, com a mesma formação de titulares posicionada no esquema 4-3-2-1 destacado abaixo:

--------------------------------------------LAURO--------------------------------------------
BOLÍVAR--------------------ÍNDIO---------------------ÁLVARO--------------------KLÉBER
--------------------------------------------SANDRO-------------------------------------------
-------------------MAGRÃO--------------------------------------GUIÑAZÚ------------------
----------D'ALESSANDRO---------------------------------------------------TAISON----------
--------------------------------------------NILMAR-------------------------------------------

Mas o que incomoda o torcedor é a postura extremamente defensiva da equipe. Nesse esquema, como mandante, Tite solta mais os laterais Bolívar e Kléber, fazendo-os marcar o adversário no meio-campo, além de pressionar sempre a saída de bola do adversário com seus ditos volantes: Guiñazú e Magrão marcam no campo do adversário em busca da retomada de bola.

Com isso, o Inter torna-se automaticamente mais perigoso ofensivamente, já que sempre está mais perto do gol adversário. E a qualidade de seu trio ofensivo aparece mais, já que a bola fica em maior parte do tempo de posse do time colorado.

Como dito anteriormente, o esquema como visitante é o mesmo, mas a postura é totalmente oposta. Na casa do oponente, o Inter marca dentro de seu campo, postando sua linha defensiva (Bolívar, Índio, Álvaro e Kléber) dentro da área enquanto o adversário tem a posse da bola.

O trio de volantes, com a defesa postada dentro de sua própria área, obriga-se a recuar também afim de evitar a flutuação desempedida dos meio-campistas adversários entre essas duas áreas. Só que isso deixa um espaço gigantesco entra os 7 marcadores e os 3 mais avançados do time, já que D'Alessandro, Taison e Nilmar não podem voltar tanto senão não há movimentos ofensivos na equipe.

Se o ataque volta para marcar também, falta espaço para a saída de bola devido a superpopulação do campo defensivo. E assim é criado o clima de pressão por parte do adversário contra o Inter.

A questão a ser respondida é porque essa recuada em excesso ocorre. E tenho para mim que a responsabilidade é do treinador Tite. Se o meio-campo mostra-se capaz de jogar com a bola nos pés com qualidade e sabe marcar no campo do adversário para retomar mais rapidamente a posse da bola, isso não é feito como visitante por ordem do treinador.

Sim, nenhum clube aguentaria jogar todos os jogos da temporada com essa intensidade que o Inter mostrou até agora na temporada. Mas mudar a característica de maior qualidade do time não pode ser a solução. A marcação mais adiantada mostrou ser o fator fundamental para fazer o Inter jogar bem. A mudança fora do Beira-Rio tira o ímpeto vencedor desses jogadores, que preocupam-se claramente em não sofrer gols.

Ou acha-se um jeito novo de jogar na casa dos adversários ou aplica-se a maneira de atuar no Beira-Rio como padrão também para os jogos como visitante. Afinal um time que quer ser campeão vence onde tiver que vencer, seja com ou sem o apoio de seu torcedor.

-x- Bruno

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