Busca

Pesquisa personalizada

Cair

Cair é normal? Acho que é... Quem nunca ralou as canelas, o joelho, ficou com aquelas marcas lanhadas nos braços?

Não é legal, mas faz parte da existência.

Ao cair se aprende a levantar, a se reerguer. Caindo, você aprende a tomar mais cuidado, a prestar atenção maior onde aconteceu a queda pra que ela não se repita.

As vezes tu quase cai, dá aquele tropeção, se desequilibra, mas consegue retomar o equilíbrio. Talvez não aprenda que ali existe um perigo, já que o fato não se consumou. Mas uma balançada pode sacudir com as estruturas, obrigando uma parada para repensar.

No futebol, cair é sinônimo de demissão. Técnicos são os principais atingidos, já que o jogador é dispensado mesmo, sem eufemismos.

Muricy Ramalho, tri-campeão brasileiro com o São Paulo, caiu no sábado. Foram 3 anos e meio à frente da melhor estrutura do país. Mas nem ele, com o currículo que tem, foi firme o suficiente para aguentar a pressão de mais uma eliminação na Taça Libertadores da América.

O substituto de Muricy no São Paulo será Ricardo Gomes, que foi o técnico do Mônaco na última temporada europeia - entre os 20 participantes da Ligue 1, o time do principado foi apenas o 11º colocado, longínquos 35 pontos do campeão Bordeaux e apenas 8 à frente do primeiro time rebaixado, o Caen.

Mas outros treinadores também balançaram, só que recuperaram suas forças e mantiveram sua caminhada. Cuca, no comando do Flamengo, tomou 5-0 na cola em Curitiba e balançou como em um vendaval. Não caiu sabe-se lá porquê. Mas eis que, no final de semana seguinte, ganhou por 4-0 do desfalcado, porém, bom time do Internacional e o clima amenizou.

A caminhada é longa, principalmente no campeonato nacional, onde ainda faltam 31 rodadas. E os descuidos, ou desleixos, nos passos podem fazer mais vítimas. E pouco vai importar o currículo.

-x- Bruno

0 respostas: