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Z E B R A

FOTO: Chris Johns, da National Geographic

Zebras são legais. Particularmente, adoro-as, como animais e como sinais de que algo inesperado aconteceu.

Nunca vi uma de perto. Ou pelo menos penso que não vi, pois a última - e única - vez que fui em um zoológico tinha gloriosos 6 anos e pouco lembro da experiência.

Mas elas me passam uma sensação legal, de um animal esbeldo, gracioso e esperto, que sabe quando corre perigo e sabe a melhor forma de se prevenir.

No dia-a-dia, uma zebra não é tão legal assim como eu acho que é o animal. "Dar zebra", no linguajar do porto-alegrense da zona sul - habitat do qual faço parte há 23 anos -, é o dito popular usado quando algo imprevisto, geralmente negativo, acontece.

Muitas vezes não é favorável. Quase sempre te traz mais incomodação e trabalho. Mas não é de todo ruim quando se tem uma zebra a ser resolvida e não há nada a se fazer. Pelo menos dessa zebra surge uma ocupação...

No esporte, a zebra surge também de forma inesperada. É quando aquele mega-favorito a vitória não acaba em 1º lugar, seja por qual motivo for. Ou quando algum time ou algum atleta é apontado como provável vitorioso e acaba por perder a disputa.

Assim, a zebra também mostra seu lado divertido, já que é legal ver a reação surpresa de derrotados que eram favoritos e a emoção de vencedores antes desacreditados.

Hoje, em Bloemfontein, na África do Sul, alguém que já fora taxado de zebra agiu novamente.

Os EUA, que passaram no soar do gongo para as semifinais da Copa das Confederações, mostraram muita aplicação defensiva e uma saída de bola rápida para o ataque, surpreendendo os atônitos espanhóis, que davam o triunfo como certo.

Os gols de Altidore e Dempsey tiraram a chance que o mundo queria de ver Brasil x Espanha em campo um contra o outro. Mas a Espanha levou de barbada a partida e sucumbiu.

Foi praticamente o mesmo time norte-americano que tomou 3-0 do Brasil na primeira fase. Mas esse time de hoje jogou querendo provar ao mundo o seu potencial, mostrando que o jogo decide-se nos 90 minutos, não antes e nem depois deles.

A Espanha, que poderia quebrar o recorde brasileiro de partidas sem derrota (35 jogos para os dois países), reafirma a fama de seleção AMARELONA, conquistado justamente por eventos como o de hoje à tarde.

A Fúria tem sim muita qualidade e é melhor como equipe do que os norte-americanos. Mas entrou sobre o salto 15 e desfilou soberba na partida. Não aproveitou-se da sua melhor qualidade técnica em nenhum momento do jogo, ficou intranquila após estar em desvantagem e entregou os pontos com o golpe final de Dempsey, apenas aos 29 do segundo tempo.

Fica o exemplo, de civilidade, consciência e conservação do meio-ambiente: respeitem as ZEBRAS. De todos os tipos...


-x- Bruno

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